08/09/2024

MEDITAÇÃO E PODER ESPIRITUAL - Uma Jornada Interior - Libra: O Equilíbrio

Imagem: Revista Rays from the Rose Cross (veja nota final)

 Por Jonas Taucci
Neste mês de setembro, dia 22 (09h45m horário de Brasília) o Sol ingressa no signo zodiacal de Libra, nos convidando a uma profunda reflexão sobre o equilíbrio entre mente e coração.

Possa o artigo abaixo, nos trazer subsídios para isto.

Max Heindel (Conceito Rosacruz do Cosmos, capítulo XVII – Método para adquirir conhecimento direto) nos orienta a sete exercícios: concentração, retrospecção, meditação, observação, discernimento, contemplação e adoração.

Dois deles: meditação e concentração foram temas de palestras realizadas nos Centros Rosacruzes de São Paulo e Santo André, no mês de setembro (Sol em Libra) do ano de 1982, pelos irmãos probacionistas Antônio Munhoz e José Gonçalves Siqueira, baseado na Lição Mensal do Estudante (The Rosicrucian Fellowship) de fevereiro do mesmo ano, intitulada “Meditação e Poder Espiritual”.


A meditação consiste no método de obter-se, por meio do Poder Espiritual, conhecimentos de fatos com os quais ordinariamente não estamos familiarizados, sendo esta definição encontrada na obra Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Volume II - pergunta #135 de Max Heindel.

O principal objetivo da meditação e concentração é o de entrar em comunicação com Deus e seus Mensageiros, objetivando que a Vida e a Luz Divina possam nos ser derramadas, nos iluminando e permitindo que possamos crescer à sua imagem e semelhança.

Estaremos em íntima sintonia com Deus, canalizando nossa memória, sentidos, emoções e mente consciente para Vida Interna e suas realidades. A partir disto, aprenderemos a formar vívidas imagens em nosso interior e finalmente, quando tivermos aprendido por meio da concentração a evocar uma imagem tão real e animada como algo do mundo físico, começaremos a ter entendimento desta imagem mediante a meditação.

O desenvolvimento de nossas capacidades imaginativas não será obtido facilmente, contudo Max Heindel nos exorta que a persistência – sempre ela – triunfará finalmente.

Se levarmos em conta que quando obtivermos êxito neste quesito iremos ter acesso à maior biblioteca do mundo (Memória da Natureza) isto nos auxiliará a conseguirmos a determinação necessária para prosseguir durante meses, anos, se tal for o tempo requerido para o desenvolvimento das nossas aptidões para a concentração.

Finalmente chegará o tempo em que poderemos imaginar um objeto de modo que nos venha nítido para nos ensinar e, nesta ocasião, necessitaremos a mesma vigilância que devemos possuir no plano físico.

Nossa memória deve ser robusta e exata se desejarmos recordar o que aprendemos e nosso Corpo de Desejos deve estar isento do egoísmo, caso contrário, iremos apenas flutuar passivamente num mundo de “agradáveis fantasias”.

Max Heindel nos informa que todo pensamento se reveste de material de desejos, de acordo com sua natureza; isto aplica-se nos pensamentos formados na concentração e expressados na oração, assim como nas imagens de pensamentos-forma investigados na meditação. Caso os pensamentos sejam egoístas, atraem a si mesmos uma envoltura composta da substância das regiões inferiores do Mundo de Desejos. Contudo, se forem nobres (altruísmo e amor desinteressado aos semelhantes) vibram com o Superior Diapasão das Regiões Luminosas.

Facil a dedução que – espiritualmente - torna-se extremamente benéfico investigar assuntos e objetos que promovem o bem-estar comum e ao servir a humanidade; a consciência pictórica meditativa pode ser comparada a consciência pictórica jupiteriana citada por Max Heindel.

Desde já, podemos utilizar nosso próprio Poder Espiritual para projetar ideias provenientes da Memória da Natureza para nossas mentes com o propósito de aprender sobre o objeto desejado que tenhamos imaginado. Algumas vezes teremos uma melhor capacidade de aprendizado se imaginarmos que estamos dizendo a alguém o relativo à nossa experiência meditativa de aprendizagem: isto podemos realizar, imaginando que estamos falando com alguém em voz alta, nesta experiência.

Devido a nossa vida ser uma fonte produtiva do aprendizado, abaixo descreveremos uma meditação de exemplo que pode ser utilizada por qualquer pessoa, com o intuito de nos lapidarmos espiritualmente e conseguirmos – paulatinamente – o equilíbrio entre e mente e coração.

Vamos imaginar – vivamente – um enorme corpo humano deitado com as costas para o chão, sobreposto pelo Tabernáculo do Deserto (do mesmo tamanho deste corpo humano) e com os pés voltados no sentido leste e a cabeça no sentido oeste. Assim:

Imaginemo-nos adentrando pelos pés do Tabernáculo/Corpo, sendo recebido por dois Sacerdotes que sublima nosso Eu Inferior no Altar de Sacrifícios (órgãos reprodutores), sacrificando nossos desejos egoístas em favor do altruísmo e posteriormente estes mesmos dois Sacerdotes nos conduz mais adiante, até o Lavabo da Purificação, onde somos banhado na Luz: esta parte da meditação relaciona-se com o exercício noturno da retrospecção que em sua realização fervorosa e constante nos capacita no auxílio da formação do Dourado Manto Nupcial.

O irmãos Munhoz ressaltou, em sua palestra, que podemos representar estes dois Sacerdotes, como sendo nossas glândulas endócrinas Pineal e Pituitária.

Uma experiência como esta, pode tornar-se intensa e há que lembrar-se da necessidade de permanecermos abertos para assimilarmos os conhecimentos que se supõe iremos aprender.

A menos que perguntemos – a nós mesmo – qual o significado disto para mim, continuaremos a realizar a referida meditação até que possamos estarmos suficientemente desprendidos para que tenhamos uma resposta através do ver, ouvir ou sentir uma ideia que nos informe como podemos nos melhorar; podemos meditar a respeito do Altar de Sacrifícios e o Lavabo da Purificação várias vezes antes de continuar nossa viagem meditativa até a Sala do Serviço.

Quando adentramos pela porta do aposento oriental do Tabernáculo/Corpo, notamos que o braço que temos a nossa esquerda, corresponde ao Candelabro de Sete Braços que representa o conhecimento adquirido mediante os Sete Mensageiros Planetários de nosso Sistema Solar (Diagrama 06 do Conceito Rosacruz do Cosmos) e também os Sete Períodos (Saturno, Solar, Lunar, Terrestre, Júpiter, Vênus e Vulcano) no Diagrama 08 da mesma obra.

O braço que temos a nossa direita, representa os Pães da Proposição, e a meditação de como podemos SERVIR em cada uma das Doze Casa Zodiacais de nosso Tema Natal (horóscopo) pode produzir conhecimentos do que necessitamos para efetivamente expressar este SERVIR.

Intuitivamente podemos ser enviados para a Luz ou vibração planetária que pode nos auxiliares na sublimação de nossas vidas. Mediante a contemplação da natureza e essência de cada planeta, pode-se aflorar nossa intuição para que possamos aprender qual deles pode nos auxiliar (nosso Tema Natal concede subsídios para isto, portanto a meditação sobre o Tabernáculo/Corpo, apesar de ser descrita aqui a todos, torna-se individual, como individual é nosso horóscopo).

Próximo da garganta, há o Altar de Incenso e representa a “fragrância” que exalamos como resultado do serviço prestado. Como canais mais eficientes – auxiliando verdadeiramente os necessitados - nossa voz tornar-se-á acrescida da referida “fragrância” e nossas palavras serão mais agradáveis e permeadas de Luz, para nós e demais pessoas.

Um correlato disto vem do Evangelho de João (10:27): “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem”.

O resultado desta parte da meditação será o de proferirmos palavras menos ofensivas aos nossos semelhantes e num futuro – ainda que longínquo – vivenciarmos os primeiros versículos do primeiro capítulo do mesmo Evangelhos de João:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava com princípio do Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito de fez. A vida estava nele a vida era a luz dos homens, A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”.

Prosseguindo em nossa viagem meditativa, quando estivermos na Sala Oeste (cabeça), imaginemos a Arca da Aliança (crâneo): sabemos que dentro dela há “três órgãos de energia espiritual”, que correspondem:

- Tábua das Leis, a parte exterior do Tabernáculo, as leis terrenas.

- O Dourado Pote do Maná, o Corpo Alma, nossa identidade espiritual e origem divina.

- A Vara de Arão, corresponde a abertura de doze nervos cranianos que – se desenvolvidos – proporcionam visão e intuição espiritual, simbolizados pela Sala Oeste do Tabernáculo.

Concluindo sobre esta jornada meditativa no Tabernáculo/Corpo: Ela refere-se a um método de aprendizado direto dos Planos Internos e por meio dela poderemos acesso a Memória da Natureza, que contém a história da vida na Terra.

Neste Ciclo de Palestras, os irmãos probacionistas Munhoz e Siqueira utilizaram (nos Centros Rosacruzes de São Paulo e Santo André) de uma lousa e giz, para desenhar o Tabernáculo/Corpo, e houve a distribuição – gratuita – da obra “Iniciação Antiga e Moderna” de Max Heindel, para pessoas que visitaram os referidos Centros Rosacruzes pela primeira vez, visto que no referido livro, o Tabernáculo no Deserto é amplamente detalhado e estudado.


Importante informação ao final desta Lição da TRF: O aprendizado pela meditação não significa – absolutamente – a Iniciação, mas um passo importante para alcançá-la e um poderoso método de usar nosso Poder Espiritual para nos automelhorarmos e principalmente, SERVIR AMOROSA E DESINTERESSADAMENTE NOSSOS SEMELHANTES.


CELEBRAÇÃO NATALINA - foto acima:  Sábado à tarde, 22 de dezembro do ano 1990, Centro Rosacruz de São Paulo. Na primeira fila, os probacionistas Antônio Munhoz (gravata) e José Gonçalves Siqueira que – somados os anos de prestação de serviços de ambos na divulgação dos Ensinamentos Rosacruzes - perfaz quase um século. Estes irmãos (também) foram os fundadores dos Centros Rosacruz de São Paulo, Santo André e Lapa. No final da fila, fazendo anotações Maria Lázara Franzini.

Nesta Celebração Natalina, sempre iniciadas as quatro horas da tarde, oficiou-se o Ritual Rosacruz de dezembro (com Hinos Rosacruzes de Abertura, Encerramento e Signo Astrológico do mês), e a programação incluiu, intercaladamente, saudações dos representantes de vários Centros e Grupos Rosacruzes, poesias e músicas alusivas ao Natal (não faltando “Noite Feliz” cantado por todos os presentes, num Coral maravilhoso).

Recordo-me que numa destas Celebrações, antes de passar a programação para Antônio Munhoz (apresentador do cerimonial), a probacionista Maria Lázara Franzini dirigiu-se aos presentes, informando que haveria a necessidade de uma pessoa ocupar a tribuna e representar dois ou três Centros ou Grupos Rosacruzes, pois de outra forma “nossa Celebração Natalina terminará por volta das oito horas da noite, tal a quantidade de representantes, pessoas declamando poesias e executando números musicais. Parabéns a toda Comunidade Rosacruz pela irmanada participação!“

Clique aqui para o Ritual Rosacruz de setembro, que por orientação da The Rosicrucian Fellowship, será oficiado no dia 21 de setembro nos Centros Rosacruzes, podendo também ser realizado nos lares.


NOTA: Imagem da revista "RAYS" utilizada como cabeçalho da seção ATIVIDADES DOS CENTROS E GRUPOS  durante a década de 1940 e esporadicamente em outras seções. 

2 comments:

Anônimo disse...

Excelente época para o serviço !

Anônimo disse...

Fica claro pelo artigo que devemos nos deitar(dormir); o mais próximo possível(dependendo da posição do quarto) com a posição do corpo no sentido Leste/ Oeste. Porém; as vezes sinto 'mais confortável', com a cabeça no Leste- os primeiros raios solares do dia chegando primeiro na cabeça.

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