26/10/2011

ÁRVORE HUMANA

Eis uma árvore humana
Que de bom grado deixa
Que lhe comam os frutos

Eis uma árvore humana
Que de bom grado deixa
Que lhe contemplem a beleza

Eis uma árvore humana
Que de bom grado deixa
Que se sentem à sua sombra

Eis uma árvore humana
Que de bom grado deixa
Balançar - se pelo vento

Eis uma árvore humana
Que de bom grado sente
Prazer em agradar

Eis uma árvore humana
Que de bom grado deixa
Que lhe façam a poda

Eis uma árvore humana
Que de bom grado curva-se
À fúria da tempestade

Eis uma árvore humana
Que de bom grado aceita
A chegada do outono

Eis uma árvore humana
Que de bom grado espera
A renovação da primavera

Maria Geralda Moreira Santos,
Probacionista da Fraternidade Rosacruz
Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz – Sede Central do Brasil em Março de 1999

18/10/2011

A Fé ( e a Cura)


A fé sem obras é morta e em todos os casos em que Cristo realizou uma cura, Ele pedia alguma colaboração ativa por parte da pessoa curada, dizendo, por exemplo: “Toma o teu leito e anda” ou “Estende a tua mão”, etc.

No caso da mulher que sofria de uma hemorragia durante doze anos, ela antecipou sua colaboração, e ajoelhando-se, tocou a orla do manto de Cristo Jesus, que ao sentir parte de Sua força curadora liberada, voltou-se para a mulher e disse: “Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou.”

Max Heindel nos fala que durante certas enfermidades prolongadas, o Ego fica dominado de tal forma pelo sofrimento, que deixa de vivificar as células e, então a enfermidade provoca uma inatividade mental que pode tornar impossível o restabelecimento da saúde, a menos que seja dado um impulso especial para dissipar a névoa mental e estimular novamente a atividade celular. É isto que a Panacéia Espiritual faz e a fé, por sua vez, torna a pessoa receptiva a atuação desse poder curador.

10/10/2011

Do Polimento Dos Dias


AIguém disse que "só mãos verdadeiras escrevem poemas verdadeiros". Eu que nem sempre serei autêntico, embora de mãos limpas, entrei neste epi­sódio verdadeiro: simples mas significativo. Regressando da escola, de mais ou­tra reunião, vinha acompanhado de uma colega. E o assunto, claro está, proble­mas com os alunos, ia prolongando na viagem. Dizia ela:
-Mas também é verdade que nem sempre estamos atentos aos sinais deles.
Concordei inteiramente. E, fugindo-me a boca para a força do hábito, acrescentei:
Ainda um dia destes quando fazia a minha retrospecção noturna, reparei que, nesse dia eu tinha feito "força contra força", e a aula não rendeu grande coisa.
O colega fez o quê, retrospecção...?
Expliquei-lhe, acrescentando, que a fazia para trás, isto é, dos acontecimentos do fim do dia para o começo. A colega achou graça e ao mesmo tempo encheu-se de curiosidade em saber o motivo deste pormenor (importante) de rever e julgar os acontecimentos pela ordem inversa.
Aqui surgiu o momento difícil do episódio para um dos interlocutores, neste caso a minha pessoa. Eu sabia que a colega não estava familiarizada com a filosofia Rosacruz e provavelmente nem com outra. Passaram dez longos segun­dos. Respondi-lhe:
-Olhe, eu faço assim porque os acontecimentos mais recentes, os da hora de jantar e de fim de tarde, enfim, recordo-os melhor. A memória está mais fresca. Contudo, já me habituei, e lembro-os todos até aos do levantar da cama.
A professora que me acompanhava, por coincidência ou não, lecionava História. Completei, não sei como, a minha instintiva resposta:
Então não existe o método retrospectivo do estudo da História?! Tive um professor que era adepto deste método.Ficou-me este jeito. E também já li um livro.
Sim. -responde ela. -Embora os acontecimentos da atualidade e do passado recente sejam mais difíceis de analisar objetivamente.
Concordei com ela, acrescentando que, talvez por isso, é que devemos exercitar a visão objetiva, imparcial, e de juízo de valor no caso da retrospecção.
Moral desta pequena história: não tem. Talvez alguma pedagogia, instinti­va, ou levemente inspirada, de tentar dar uma explicação de um modo indireto sobre o alcance inimaginável deste exercício, como incansavelmente aconselha Max Heindel. A pedagogia não é uma moral, mas serve como uma espécie de salvação em casos de emergência. E se tivéssemos que tirar alguma lição, poderia ser esta: há uma maneira de aprender que, não sendo a mais desejável (por ser menos consciente), pode todavia dar alguns frutos. E talvez assim seja se a isto jun­tarmos o mote do poema introdutório do ConceitoRosacruz do Cosmos: amor e simpatia.
Quando me despedi da colega, à porta de casa, perguntou-me:
- Em que livro é que leu essa maneira de se lembrar das coisas ao contrário?
Publicado na ECOS da Fraternidade Rosacruz- Sede Central do Brasil – Set-Out, 2002

04/10/2011

Divulgando O Essencial

Domingo próximo passado, estando na Fraternidade para minha palestra mensal, recebi de um irmão cópia de uma previsão astrológica publicada em um jornal de grande circulação em São Paulo.
 
O texto do astrólogo, além de conter algo dos ensinamentos rosacruzes, utilizava a expressão Irmãos Maiores, exatamente como usamos em nossa literatura. Não me lembro de ter visto esta expressão em nenhuma publicação que não fosse relacionada com os ensinamentos da filosofia ocidental, muito menos na mídia. O autor do texto de forma alguma cita a Filosofia Rosacruz ou algo que nos remeta a ela, salvo evidentemente, para aqueles familiarizados com a terminologia de Max Heindel.
Mas, não é o texto do astrólogo a questão. A questão é o que o texto me fez lembrar.
Lembrei-me de uma costumeira citação do irmão José Gonçalves Siqueira, que aliás, de tão costumeira, sei de cor  (nada como a repetição).
Dizia o amigo Siqueira, já com seus noventa e poucos anos: “Eu, com certeza não verei, mas você (dirigindo-se a mim), pode ser. Aos poucos, conceitos da Filosofia Rosacruz aparecerão aqui e ali, no momento preciso, provavelmente sem o nome Rosacruz. Daí a importância da vivência de nossos ensinamentos e do discernimento”.
Max Heindel, em sua Carta aos Estudantes de Maio de 1912, mostra-nos como podemos, nas circunstâncias do dia a dia, divulgar nossa Filosofia.
Resta-nos aprimorar o discernimento para distinguirmos com que divulgação nos comprometemos exatamente, a fim de aproveitarmos as oportunidades que surgirem na nossa rotina diária, como fez o autor do artigo: Do Polimento Dos Dias. 
Postagens da semana:
Aqueles que chegam no momento precisoJosé Gonçalves Siqueira
Do Polimento dos DiasEduardo Aroso


02/10/2011

Nove Passos para a Cura Espiritual (III)

CONDIÇÕES DE CUMPRIR é o sétimo passo "Amarás o Senhor teu Deus"de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito". "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mateus 22:37:39).

Aprendemos a ser fiéis à consciência de Cristo, achamos bom e fácil cumprir as condições de amar a Deus e ao próximo e isto também tem sua importância para a saúde. O amor interno que sentimos e que pregamos tem seu efeito sobre tudo que nos cerca. Tem um efeito ainda maior sobre nós. É um fato bastante conhecido que a raiva afeta, de maneira adversa, a digestão e muitos males físicos começam ou são agravados por sentimentos de ódio. Perguntamo-nos, freqüen­temente, como podemos amar aquele que parece tão desagradável? Se ponderarmos isso, procurando sinceramente uma resposta, descobriremos que mesmo tendo em vista somente a auto-preservação, não temos escolha. Conhecedores de nossa unidade mútua, uns com os outros, descobriremos que o objeto do nosso ódio está no nosso interior e, em consequência, estamos odiando parte de nós próprios.

Quando alguém comete um erro que nos afeta, ele é quem precisa sofrer as conseqüências de ter feito o mal. Se recebemos o ato com ressentimento, discutindo-o com ou­tros e divulgando-o, pensando na maneira da desforra, fazemos esse problema entrar em nós e ser nosso também. Se, ao contrário, abençoamos aquele que nos ofendeu, dando-lhe amor, não só estaremos nos protegendo como também estaremos dando condições para que nosso irmão ou irmã se erga. Que maior ajuda podemos dar? Um alívio pequeno e temporário é só o que podemos esperar quando recorremos a uma cura espiritual se não estivermos dispostos a realizar as condições delineadas para nós, por Cristo.

SILÊNCIO E SAÚDE é o oitavo passo. No passado, quando a vida era vivida menos intensamente do que agora, muitas pessoas compreendiam o valor de se manter o silêncio, pelo menos, por um certo período do dia. Sabiam que era necessário para o Ego penetrar, periodicamente, em seu interior e isolar-se de tudo o mais. Nos dias de hoje, cada vez mais atribulados, o barulho é a ordem do dia e o silêncio torna-se uma recompensa. Hoje, mais do que nunca, precisamos descansar do clamor do mundo. Podemos analisar, mais efetivamente, nossos pensa­mentos, o mapa do curso de nossas aspi­rações, comunicando-nos com o que há de superior em nós, quando estivermos sozinhos e tudo for silêncio ao nosso redor. Elias não recebeu qualquer resposta para seus problemas em meio a uma tempestade violenta ou durante a turbulência do terremoto ou fogo. Somente quando os sons da destruição e desarmonia cessaram foi que a "firme e suave voz" deu suas ordens para salvar a vida de Elias. Pessoas adoentadas têm necessidade ainda maior de silêncio, que é tão necessário espiritualmente, pois, o paciente que, conscientemente, está tentando desempenhar seu papel no processo de cura acha importantíssima uma meditação diária. Quietude é uma condição essencial para o pensamento criador, e quando necessitamos cura é particularmente importante nos comunicarmos com o CRISTO INTERNO, a fonte de nossa criatividade. As "perspectivas eternas" essenciais a um modo de vida mais amplo e mais abundante são descobertas e conservadas somente em ambientes tranqüilos. Se somos perturbados pelo barulho do mundo, estamos aprisionados a ele. Somente os "sons do silêncio" oferecem-nos a saudável mobilidade que aspiramos e a serenidade para começarmos a reconstruir - e a manter - nossa saúde.

GRATIDÃO é o nono passo no caminho da cura. Gratidão é essencial para a cura, porque se aceitamos humildemente tudo que vem a nós sem questionar, recebemos a ajuda que procuramos. Esta é a porta aberta para o perdão, se conseguirmos ser fiéis e gratos à Sua vontade.

Max Heindel nos diz que toda a nossa vida deveria irradiar gratidão, toda condição e lugar em que estamos deveria ser um testemunho de nossa gratidão.

Algumas pessoas pedem por saúde perfeita e julgam-se no direito de a ter. Esquecem-se, porém, que nesta ou em uma vida anterior não deram importância ao direito divino, desobedecendo as Leis da Natureza. Através do sofrimento têm que aprender a respeitar essas Leis. Quando aprendem suas lições, seu direito à saúde será restaurado.

O QUE É A CURA ESPIRITUAL?
A cura espiritual consiste em aumentar as vibrações dos vários veículos de uma pessoa, a tal ponto que toda cristalização seja interrompida e estes veículos se tornem capazes de desempenhar suas funções de maneira apropriada. Há vários métodos de se conseguir isso.
O contato com uma pessoa altamente espiritualizada pode proporcionar isto, visto que essa pessoa pode agir como um canal para as forças espirituais superiores serem introduzidas no organismo do paciente.
O método Rosacruz é realizado através dos Auxiliares Invisíveis que trabalham nos planos invisíveis manipulando os veículos mais sutis do paciente e dirigindo a força de cura a ele, conforme o pedido formulado. A oração acrescentada por um intenso sentimento e desejo de cura, entra em contato com a Força Curadora de Cristo no mundo.