Pecado é uma ação contrária à Lei. São Pedro afirmou "O que
o homem semear isso mesmo ele colherá". Não obstante, do ponto de vista
oculto nem sempre o homem sofre o efeito das faltas que cometeu, porquanto o
perdão dos pecados é uma realidade. Há, porém, pré-requisitos para que ele
opere e um deles é a vontade aliada à iniciativa, através do ARREPENDIMENTO, REFORMA
E RESTITUIÇÃO.
Arrependimento é uma
mudança do coração e da mente em relação ao ato considerado pecaminoso, como
resultado de uma insatisfação ou remorso.
Reforma significa restauração, renovação do caráter, transformação da
consciência Envolve discernimento. é uma prova de valor e paciência. Quando o
indivíduo se transforma internamente tudo se modifica em sua vida
Restituição é a compensação devida a alguém que de alguma forma
prejudicamos Se não pudermos restituir ao ofendido podemos fazê-lo servindo
outra pessoa.
O indivíduo se liberta dos pecados quando, em sua consciência,
admite ter errado e propõe-se a não mais repetir a falta A evolução é
fundamentalmente uma questão de consciência. O desenvolvimento dessa
consciência ocorre principalmente através do exercício de retrospecção o qual oferece
uma visão objetiva de nós mesmos. Isso evita o sofrimento purgatorial pois
acaba limpando o átomo-semente.
Se o indivíduo se conscientizar de seus erros, partindo para o arrependimento, reforma e
restituição, demonstrará ter aprendido as lições nesta encarnação, não necessitando
fazê-lo futuramente. Isso é o "perdão dos pecados".
O ensinamento alusivo ao karma, disseminado pelas Escolas
Orientais, não satisfaz completamente as necessidades humanas. Os ensinamentos
cristãos, por sua vez, abrangem tanto a lei de causa e efeito como o perdão dos
pecados.
Essa reforma interior, esse ato volitivo, começa com o corpo
vital. No Pai Nosso temos uma oração exclusiva para o corpo vital:
"Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem
ofendido". Através da repetição forma-se a alma intelectual, importante no
processo de criação de bons hábitos. Um bom hábito é não reagir emocionalmente diante de uma situação ou
circunstância desequilibrante ou de uma provocação. Se não reagirmos
emocionalmente não estaremos implicados na questão e em suas consequências.
Portanto, todo ser humano tem
a prerrogativa de erigir seu destino futuro.