02/06/2018

Sobre a Fraternidade, Signo Solar e Citação do Evangelho de Lucas

por Jonas Taucci
Com certeza as pessoas que se filiaram à Fraternidade Rosacruz, o fizeram por uma identificação com os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental.

Comigo não foi diferente.

Contudo houve outro fator – determinante - para a minha frequência em suas reuniões: o clima da verdadeira amizade e companheirismo entre seus membros.

A alegria refletida no semblante de cada pessoa - quando do encontro entre os irmãos - era algo extremamente fácil de ser notada. Havia uma egrégora de estou feliz por te ver”, entre todos, e isto estendia-se para muito além das portas da Fraternidade; as visitas entre os irmãos eram frequentes em suas respectivas residências, para um lanche, almoço etc. e principalmente em hospitais quando alguém adoecia.

Há uma passagem, narrada no evangelho de Lucas (24:41), onde – após a crucificação – Cristo aparece a seus discípulos que se manifestam alegres e admiradosao vê-Lo.

Guardada as devidas (e espirituais) proporções, era – exatamente – essa a tônica do encontro entre os irmãos em reuniões de estudos, palestras e rituais. Ao começar a frequentar as reuniões do Conselho Diretor, Auditor e Esotérico, presenciei também que todas elas eram norteadas pelo decida-se o melhor para a Fraternidade, e não para interesses particulares”.

Irmãos visitando pessoas enfermas em suas casas, oferecendo-lhes os votos de pronto reestabelecimento, assim como o custeio de consultas médicas e remédios, eram praticas corriqueiras. No início dos anos 80, houve um índice de desemprego muito grande: vários irmãos perderam seus trabalhos e ficaram sem condições de frequentar a Fraternidade, pelo fato de não terem dinheiro para o transporte público, e mesmo para o combustível de seus automóveis.

Entrou em cena (mais uma vez) a solidariedade; o vamos juntos à Fraternidade”: irmãos bancaram a condução de ônibus, trens, metrô etc. fazendo possível assim a presença de todos. Às pessoas de idade avançada, eram oferecidas caronas de automóvel.

A citação acima de Lucas, alegres e admirados, era – marcantemente – vivenciada pelos membros da Fraternidade, ao (re) ver um irmão.

Uma destas pessoas era a Sra. Antonieta Pinola.

Sempre com sorriso, recebia as pessoas com cordialidade, incentivando-as a participarem dos rituais e a fazerem os cursos; durante anos nunca a vi fora de uma expressão amável para com as pessoas. Sua face revelava seu interior com certeza.

Certa vez, disse-me estar em dúvida: no domingo seguinte faria aniversário; parentes seus iriam visita-la – à tarde - em sua residência (bairro da Lapa, na cidade de São Paulo) para lhe felicitar, e neste mesmo domingo haveria reunião de cura e palestra no Centro Rosacruz de São Paulo. 

Confidenciou-me a dúvida: Deveria estar em casa, para receber os parentes, ou ir à Fraternidade? O dia e os horários seriam os mesmos...

Fiquei curioso sobre qual decisão iria tomar, minha querida amiga.


Não há – imagino – pessoa que desconheça o seu signo solar, ainda que desacredite na astrologia; o signo em que o Sol está localizado, no momento de seu nascimento, é conhecido por todos. Contudo, há um interessante Ensinamento Rosacruz sobre o Sol (Elmam Bacher – Estudos de Astrologia – Volumes VII e VIII), pouco conhecido, mesmo pelas pessoas que a estudam.

Tomemos como exemplo o horóscopo #09 do livro A Mensagem das Estrelas de Max Heindel e Augusta Foss de Heindel, computadorizado pelo irmão Allen Edwall, abaixo.


Imaginemos agora, este horóscopo sem as linhas das cúspides (e respectivas numerações) das casas zodiacais. Veremos, facilmente, o símbolo do Sol: um ponto central circunscrito por um círculo perfeito, contendo todos os planetas.

É o que nos diz, Max Heindel no Conceito Rosacruz do Cosmos – capítulo XI – (Gênese e evolução de nosso Sistema Solar), onde o Sol – a uma enormidade de tempos passados - abrigava os planetas de nosso Sistema Solar.

Uma meditação sobre isso seria de enorme importância ao aspirante Rosacruz:
- O Sol (local de onde fomos emanados) simboliza -  em nosso horóscopo -afirma o Sr. Bacher -  a consciência de nossa origem divina.

Essa divindade, todos nós – por herança espiritual – a possuímos. (“...servir a Divina Essência neles oculta, o que constitui a base da Fraternidade – Ritual Rosacruz do Serviço do Templo), e a obra do aspirante rosacruz é a de identificação com este princípio, vivenciando-o com nossos semelhantes através de pensamentos, palavras e ações.

ATENÇÃO! Ao (re) traçarmos, ainda como exemplo o horóscopo #09, as linhas das cúspides no sentido do centro para fora, estaremos representando a Luz (espiritual) do Sol em direção a todos planetas de nosso Sistema Solar, permeando-os.

Elmam Bacher também nos fala da existência da FRATERNIDADE – em oitavas superiores – entre os:

1) Logos Arqui Galáticos. 
2) Logos Galáticos.
3) Logos Solares.

Vemos aqui, a extensão, a dimensão cósmica de FRATERNIDADE; cabendo profunda reflexão a cada um de nós - membros da Fraternidade Rosacruz:

- Como colaboro para uma FRATERNIDADE entre a onda de vida dos Espíritos Virginais (da qual faço parte)?

- Apenas pertenço ou vivencio uma FRATERNIDADE?

Naquele domingo (chuvoso), final de tarde, cheguei à FRATERNIDADE ansioso por saber qual teria sido a decisão da Sra. Antonieta Pinola.

Ela estava rodeada por todos os membros da FRATERNIDADE, ao lado um bolo de aniversário e também de seus parentes que – felizes - a acompanharam ao Centro Rosacruz de São Paulo.

“Todos alegres e admirados”