16/12/2018

A Guirlanda Com Quatro Velas e as Fases da Vida de Cristo


Você com certeza já reparou naquele círculo verde - a chamada guirlanda - feito de folhas de pinheiro, que se coloca à porta de entrada, na época de Natal. Já pensou em sua origem e alegoria?

Na tradição europeia, essa coroa era constituída de um círculo de folhas frescas de pinheiro, com quatro velas formando um perfeito quadrado no círculo, que se colocava à mesa. Essa prática estava ligada à preparação do intimo de cada membro da família, para a Noite Santa de Natal. Fazia parte ainda dessa tradição outra prática, da qual já falamos aqui nesse blog no artigo "A Preparação para o Natal”, (veja aqui), que consta em fazer a leitura de determinadas passagens da Bíblia nos quatro domingos que antecedem o Natal. Pena que essas tradições lindíssimas não se tenham fixado entre nós!

Mas, voltemos à guirlanda com quatro velas no seu procedimento original, quando a família reunia-se nos quatro domingos anteriores ao Natal:

1-Na primeira reunião (no quarto domingo que precedia o Natal), acendia-se uma vela e era feita a leitura (geralmente pelo chefe da casa) do capítulo 9 de Isaías, acerca da profecia do Messias. Terminada a leitura a vela era apagada para a meditação do trecho lido.

2-Na segunda reunião (terceiro domingo que precedia o Natal) uma segunda vela era acesa e a leitura (geralmente feita pela mãe da família) era de Isaías 40-3 e Malaquias 3:1-3 que indicam a missão do precursor (João Batista).

3-Na terceira reunião (realizada no segundo domingo que  precedia o Natal), um dos filhos (depois de acesa a terceira vela) lia Lucas: 5 a 25 e 39 a 80, sobre Zacarias, lzabel e João Batista.

4-Na quarta e última reunião (o domingo antecedente ao Natal), outro (ou mais de um) membro da família lia Lucas 1:26-38 e 2:1-7 e também Mateus, 1:18-25.

Assim sendo, foram acesas e apagadas (uma de cada vez) todas as velas da guirlanda.

Na noite santa de Natal as quatro velas eram reacesas, juntas, antes da ceia de Natal, enquanto a família cantava "Noite Feliz" e outros cânticos. À meia noite o chefe de família fazia uma prece e a ceia era iniciada.

Sabemos que as folhas perenes do pinheiro é símbolo de vida eterna. Enroladas numa coroa (círculo) formam o símbolo do Infinito, que não tem começo nem fim. O círculo representa também um período completo dos ciclos alternantes. Todo período completo tem um nascimento, crescimento, decadência e morte. Melhor dito, um ressurgir, um crescer até o apogeu, um decréscimo e a volta ao caos, para assimilação e descanso, preparo de um novo período, em espiral mais alta.

Na tradição da coroa com folhas de pinheiros com as quatro velas, há, portanto, uma alusão oculta aos quatro festivais cristãos que marcam a vida de Jesus: A Imaculada Concepção, o Nascimento, o Batismo, a Morte e Ressurreição.

Nós, estudantes da Filosofia Rosacruz, podemos ver ainda nas quatro velas (acesas e apagadas consecutivamente) uma alusão às fases da vida de Cristo, no Seu trabalho sobre a Terra e a Humanidade, realizado ao início das estações do ano, quando o Sol, em seu aparente movimento, entra nos signos cardeais: - dois Equinócios e dois Solstícios. (Saiba mais em o Drama Cósmico)

São vários os símbolos natalinos que acenam para o entendimento oculto que devemos aprofundar acerca das profecias, do precursor e do Messias, como promessas feitas para serem realizadas internamente, até que nossa personalidade iluminada (João Batista) possa conscientemente vislumbrar a Deidade interna e a ela entregar a direção de seu destino.

Adaptado de Símbolos Natalinos Serviço Rosacruz de dez 1976

01/12/2018

No Natal, Ode ao Reino Vegetal

por Jonas Taucci
O texto abaixo é de autoria do saudoso probacionista Reili José Brighenti (os créditos ele cedeu à Fraternidade Rosacruz), e publicado na revista Serviço Rosacruz do mês de maio de 1.981. Com uma enorme repercussão, foi direcionado à cinemas e teatros em dias movimentados, escolas, bibliotecas, floriculturas e distribuídos em várias bancas de jornais da região do ABC (as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul) e também São Paulo. Estas bancas de jornais introduziram este texto em jornais e revistas que iam sendo vendidas.

No mês seguinte (junho de 1.981), a revista Serviço Rosacruz (re) publicou o texto.

CAMPANHA DE PRESERVAÇÃO À VIDA

Lembrando Abrahan Lincoln, “as árvores sobrevivem sem as cidades, mas as cidades não sobrevivem sem as árvores.”

Dia e noite – nas ruas - milhares de árvores são barbaramente depredadas em atos de vandalismo, por pessoas que não compreendem a falta que elas fazem.

Proteja as árvores plantadas em sua calçada e caso não haja árvores em sua rua, ou falte alguma, solicite à prefeitura.

Quando não for possível a prefeitura plantar, consiga alguma muda e plante você mesmo em locais adequados e autorizados; não custa muito, não é humilhação e será, acima de tudo, um gesto de nobreza ao Reino Vegetal.

Se você, em seus fins de semana, costuma fazer ir a parques, plante as sementes das frutas que você levar, se possível.

Respeitemos a natureza!

Nas datas festivas, assim como natal, ano novo, páscoa etc. substitua – na medida do possível – os presentes e recordações caras e de pouca utilidade por árvores, arbustos, flores ou sementes; são de muito melhor utilidade, custam menos e são, acima de tudo uma demonstração de bom gosto.

Você cuida de seu carro, reserva-lhe um lugar especial em sua casa, dá-lhe teto e proteção, lava-o, abastece e lubrifica-o; acaso você faz o mesmo com o Reino Vegetal?

Compare um local árido e deserto por um cheio de árvores, flores e frutos, e diga honestamente; qual lhe parece dar mais condições à preservação da vida?

Leva avante esta mensagem, faça cópias e envie a amigos; comente acerca desta ideia com os entes queridos, fixe-a em locais visíveis e movimentados como escolas, restaurantes, áreas de entretenimento e lazer, e sua maior recompensa será de haver lutado pela preservação e respeito à onda de Vida Vegetal.

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