20/12/2017

NATAL (Com a Mente e Com o Coração)


O nascimento de Jesus foi narrado por Mateus e Lucas. Cada um deles fez a narrativa de forma diversa, pois os Evangelhos são “métodos de iniciação”.

Mateus representa o método “masculino”, positivo, relativo ao fator Vontade. Sua narrativa é marcada por ações determinantes: José é avisado pelo Anjo para receber Maria, que concebeu pelo Espírito Santo, o que mostra que da vontade humana não pode vir a realização espiritual, mas sim de uma fonte mais alta, pois “é o Pai, em mim, que faz as obras,; eu de mim mesmo, nada posso”. A visita dos Reis Magos com seus presentes, é citada, o que representa a dedicação consciente ao Cristo Interno. Novamente é José que é avisado para deixar Belém, antes do ataque de Herodes (o egoísmo, a natureza inferior), refugiando-se no Egito (a Terra do Silêncio).

Já em Lucas o aspecto místico é exaltado: a cena da manjedoura, em humildade e recolhimento, mostrando que o processo de preparo do aspirante é interno, reservado e na vida simples. É sempre Maria (fator “feminino”, coração e Amor Sabedoria), o personagem que se sobressai e que é avisada pelo Anjo. Ela deve ser Virgem (ser humano despojado de impurezas em sua imaginação). É também em Lucas que aparece o famoso “magnificat”, as palavras de Maria ao Senhor, em agradecimento por ser a “eleita” e que soam como um verdadeiro cântico da alma, o que é típico do místico e do Amor Sabedoria.

Enfim, o fato histórico existiu e persiste como tradição, porque esotericamente a vida de Jesus Cristo é um convite à nossa realização interna.

Na Fraternidade Rosacruz, como sabemos, a mente e o coração devem se unir. Por isso adota os emblemas de uma lâmpada (conhecimento, razão) e um coração (sentimento, devoção) nas capas de seus livros Veja: Interpretação da Capa do Conceito.

Que essa orientação que recebemos do Cristianismo Esotérico – a  Filosofia Rosacruz – possa nos trazer uma nova abertura e um firme propósito para alcançar essa meta sublime.
 Adaptado de: O Presépio, Revista Serviço Rosacruz, dez., 1976
Feliz Natal e
Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz.

Mais sobre o Natal (veja aqui)

02/12/2017

Árvore de Natal ?


“As árvores cortadas para o Natal sangram vertendo a sua seiva, e, enquanto este sangramento ocorre, o magnetismo vital da árvore precipita‑se para fora logo após o corte, como uma verdadeira hemorragia acentuada. Em seguida, vagarosamente, vai diminuindo até que a árvore morre e fica seca.’

“É doloroso para qualquer pessoa sensível estar num lugar onde uma árvore cortada esteja sangrando até a morte. A maioria dos estudantes ocultistas prefere ver uma árvore cheia de vida ou, na pior das hipóteses, compreenderiam a retirada de uma árvore pelo serviço florestal para dar lugar a outra mais sadia nos declives montanhosos e prefeririam até uma árvore artificial das quais existem algumas muito bonitas, em lugar de ver uma árvore cortada e ferida.” (A Visão Etérica e o que Ela Revela parte II – o Éter de Vida) (*)

O PINHEIRINHO DE NATAL (**)

O pinheiro é uma árvore de folhas perenes. No auge do inverno (no Hemisfério Norte) quando a neve se vai acumulando, pesando e crestando suas folhas, ele permanece firme, à espera do hálito quente da primavera, que irá reanimá-lo. Daí haver sido tomado como símbolo da vida eterna, que transita pelas estações do ano, inalterável aos desafios dos renascimentos, ereto, olhando para o céu e levantando os braços em oração.

A silhueta do pinheiro é triangular. O triangulo com a ponta para cima é símbolo da Trindade, em que reside a vida eterna. Seu verde constante é signo de esperança que não se abate nas vicissitudes.

No Hemisfério Sul não tem neve, mas manteve-se a tradição de se usar o pinheiro como símbolo de Natal.

Se você não consegue prescindir deste símbolo natalino, escolha os pinheirinhos artificiais. Atualmente já há uma variedade enorme deles. Mesmo que não arranquemos os pinheiros ou outras plantas da terra seria bom não as enfeitarmos com luzes elétricas e outros aparatos de natal. Não é da natureza das árvores suportarem essas “correntes”.

(**) Revista Serviço Rosacruz, dezembro de 1976