30/11/2023

As Reais Causas das Doenças

Elvin Noel(*)

Não importa quão remoto ou improvável pareça, podemos ter a certeza de que somos nós mesmos responsáveis ​​pelos nossos sofrimentos e enfermidades. Embora as condições ambientais, as mudanças climáticas, as lesões físicas, etc. possam servir de “gatilhos”, as verdadeiras causas das doenças estão dentro de nós.

Todos os distúrbios físicos já estão presentes em nossos veículos mental e emocional do ser humano antes de se manifestarem fisicamente. Hábitos errôneos, sejam mentais, emocionais ou físicos, são as verdadeiras causas da doença. Todas as doenças e enfermidades são o resultado direto de erros passados ​​ou de um desrespeito deliberado pelo impulso interior que procura dominar a natureza inferior.

Os Seres que guiam o destino humano a partir dos mundos superiores permitem-nos sofrer os resultados inevitáveis ​​de ações erradas, num esforço para corrigir controle da natureza inferior sobre os veículos superiores. Todos nós devemos eventualmente admitir que tudo o que sofremos pode ser atribuído às nossas próprias ações imprudentes, nesta ou em vidas anteriores. A conduta antinatural, os maus sentimentos para com os outros, a gula, a imoralidade e outras formas de egoísmo tendem a interferir nas funções das diversas glândulas, nervos e órgãos. Dietas, medicamentos e tratamentos corretos muitas vezes são capazes de aliviar uma doença, mas apenas a remoção da causa pode realmente eliminar o que se manifesta externamente como doença.

É por esta importante razão que a verdadeira cura permite ao paciente aprender a lição espiritual indicada pela sua doença. A compreensão de que a doença é sempre atribuível à nossa própria ignorância e insensatez, e não a um golpe repentino de um destino caprichoso ou rancoroso, permite-nos trabalhar em cooperação mais estreita com os Auxiliares Invisíveis para a erradicação de hábitos ou tendências que se manifestam dolorosamente porque não estão em harmonia com o Plano Divino.

Tendo descoberto e aceitado a causa interna, que pode ser mau humor, ganância, ódio, ressentimento, preocupação, luxúria, medo ou qualquer outra coisa de ordem destrutiva, devemos prosseguir com a tarefa de nos libertarmos com persistência sistemática. Isto pode ser conseguido resistindo à qualidade indesejável, mas há um método muito mais fácil e natural. Um momento de reflexão mostrará que o polo oposto de cada vício é uma virtude na qual esse vício pode ser transmutado. Ver-se-á facilmente que não podemos ser ao mesmo tempo abstinentes e autoindulgentes; paciente e impaciente; amoroso e rancoroso; puro e impuro, etc. Portanto, à medida que cultivamos um, o outro é necessariamente erradicado na mesma proporção. Ao viver uma vida de devoção a ideais elevados, ao cultivar o que há de bom e verdadeiro dentro de nós mesmos e, assim, nos sintonizarmos com as vibrações mais elevadas do Amor, automaticamente superamos e expulsamos nossas tendências malignas tão certo quanto a luz dissipa as trevas. É muito mais fácil superar uma falha adquirindo um bom hábito do que ataca-la diretamente e arrancá-la pela raiz. Isto é, sem dúvida, o que São Paulo tinha em mente quando disse: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem."

Não se pode negar que muitos de nós temos hábitos desarmoniosos que estão quase além da força da nossa vontade individual de mudar. Contudo, como os Auxiliares Invisíveis trabalham conosco mental, emocional e espiritualmente para restaurar a harmonia, bem como fisicamente para aliviar a dor, eles estão sempre mais do que prontos para nos ajudar a libertar-nos através da autorregeneração. Devemos, no entanto, ter em mente, que o montante dos benefícios derivados da ajuda desses Compassivos Auxiliares depende em grande parte da nossa vontade de cooperar nos seus esforços para harmonizar as nossas vidas com a Lei Divina.

Não se pode esperar que nenhum agente divino liberte alguém à força de hábitos ou falhas que ele saiba serem errados, mas não esteja disposto a abandona-los. Sempre foi verdade que “Deus (através de Seus Auxiliares) ajuda aqueles que se ajudam.”

(*)Traduzido da revista Rays from the Rose Cross de 
outubro e novembro de 1954 por Rosacruz e Devoção

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

Esse artigo faz parte de uma coleção de textos sobre cura da seção "Healing" da revista "Rays from the Rose Cross" .Muitos deles foram traduzidos pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz". São distribuídos gratuitamente a todos os que se inscrevem no Serviço de Cura seja Estudantes ou não. Portanto são públicos. Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Veja mais como este aqui

ALTRUÍSMO - Ontem e Hoje

Quando Max Heindel falava acerca de Cristo, usava, habitualmente, o termo ALTRUISMO. Esta qualidade nobilíssima, fundamental à evolução humana, encontra-se indissociavelmente ligada à divina natureza do maior dos Arcanjos.

Um estudo, mesmo à ligeira, da Antiguidade Clássica, revela como o "direito da força" regia o relacionamento entre as pessoas e principalmente entre os povos. Predominava a "lei do mais forte", com a sobrevivência dos mais aptos em detrimento dos mais débeis. Aos últimos, caso lograssem escapar à morte, só restava uma alternativa: submissão incondicional, quando não o cativeiro.

Todas essas distorções do sentimento humano - a crueldade, a opressão a injustiça - têm suas raízes no egoísmo. O sentimento de posse exclusiva, a luta pelo interesse próprio sem levar em consideração os demais, os preconceitos, encontram-se num extremo diametralmente oposto ao altruísmo. O interesse pessoal, mesmo desenvolvido inconscientemente, desempenhou um importante papel durante a chamada "involução". De outra forma não teríamos avançado tanto, de um modo geral. Todos os esforços do passado concentraram-se na formação de veículos, para que o Espírito pudesse utilizá-los em seu progresso, gigantesca escalada de Chispa Divina a Chama Criadora.

O egoísmo, tal como o conhecemos, não se manifestou, até o nosso surgimento da nevoenta atmosfera atlante. Começamos, daí em diante, a perceber-nos como seres separados. Tal não ocorria anteriormente, quando nossa consciência estava enfocada nos planos internos.

Procuramos, então, fazer valer nossos desejos estritamente pessoais. Tornamo-nos avaros. Era espantosa nossa avidez em possuir bens materiais, porque sob o regime de Jeová, essas "posses" convertiam-se em sinais externos de que estávamos vivendo consoante Suas Leis. Essa situação, contudo, chegou a extremos perigosos, capaz de comprometer nossos passos evolutivos. Afinal, se em "Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser", se constituímos células divinas de Seu Grande Corpo Macrocósmico, não poderíamos viver tanto tempo apartados e inconscientes dessa grande realidade. Uma providência seria tomada pelas Hierarquias Divinas, ao assegurar-nos uma ajuda efetiva por intermédio do Cristo, o Senhor do Amor.

As grandes transformações, porém, ocorrem lentamente. O altruísmo encontrava-se em estado latente na humanidade, até o momento em que o Cristo obteve acesso ao coração da Terra, quando Seu sangue fluiu no Gólgota. A partir desse magnífico evento, a semente do princípio altruísta começou a germinar no interior do homem. Gradativamente passamos a ampliar nossa área de interesse, para incluir mais alguém, mantendo-nos alertas quanto às necessidades de outrem.

Do sentimento tribal ou de clã, tão comum nos tempos antigos, avançou-se para um espírito nacional. As tribos, superando diferenças decorrentes de suas peculiaridades, serenaram suas querelas, conseguindo organizar-se em nações. O interesse coletivo passou a sobrepujar, dessa maneira, o sentimento individualista ou de grupos minoritários. Todos os esforços deveriam convergir para o bem-estar comum. Mas recentemente, as nações estreitaram mais ainda essa união, aglutinando-se em uma organização internacional, visando a preservar a paz e debater problemas os mais diversos.

Mas, todo esse processo desenvolveu-se, e se desenvolve, a passos de tartaruga. Portanto, não nos surpreende tanta demonstração de violência e egoísmo nos dias que correm. A maioria dos fumantes queixa-se das dificuldades encontradas em abandonar o vício do fumo, cultivado ao longo de alguns anos. Que dizer então de um vício moral, arraigado a milênios?

Os modernos meios de comunicação realizaram o milagre de estreitar o relacionamento entre os povos, tornando conhecidos os problemas e anseios de muitas nações. Contudo, ao mesmo tempo chocam pela veiculação de tanta crueldade e frieza.

Desiludidos, muitos relutam em acreditar num futuro melhor para a humanidade, onde as guerras e o egoísmo sejam substituídos pela paz, cooperação e altruísmo. A visão da atualidade não lhes permite conceber uma sociedade cujos componentes deixem de lado seus interesses pessoais, para cuidar das carências alheias ou dos problemas comunitários. Descreem da bondade humana.

Esse ceticismo, todavia, existe há muito tempo. Conta-se que certa vez, Thomaz Jefferson, o grande estadista norte-americano, viajava por uma estrada na Nova Inglaterra, acompanhado de um amigo, quando a carruagem parou diante de uma cancela, aguardando sua abertura. Enquanto os cocheiros esperavam, apesar da chuva pesada e da lama lá fora, Jefferson interrompeu a conversa, saltando na estrada para libertar um leitãozinho que guinchava desesperadamente, preso entre os varais de uma cerca. Voltando à carruagem, molhado e enlameado, seu amigo admirou-se: "Mas, então, logo você que vive dizendo que as ações humanas têm sua origem no egoísmo e no interesse próprio, sai nesta chuva para soltar um porquinho preso numa cerca?" Jefferson redarguiu: "Eu só fui lá porque os guinchos do animal incomodavam-me. Não veja nenhum altruísmo num gesto que, na verdade, foi egoísta e destinou-se essencialmente a fazer com que eu mesmo me sinta bem e, quem sabe, durma melhor hoje à noite". Ora, Thomaz Jefferson, isso nós sabemos, era um homem de sentimentos nobres. E, paradoxalmente, não estava seguro de suas próprias qualidades. Mas há outro exemplo digno de menção. Adam Smith, grande pensador e escritor, contemporâneo de Jefferson, mostrou-se contraditório na abordagem desse mesmo assunto. Em uma de suas obras afirmou que a felicidade e a virtude humanas fundavam-se no sentimento de companheirismo que o homem nutre em relação aos seus semelhantes e, portanto, em natural impulso para o mútuo amparo e socorro. Já em outra obra assevera: "Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que há de vir o nosso jantar, mas, sim, da preocupação deles com seu próprio interesse. Dirigimo-nos não

à sua humanidade, mas ao seu amor próprio e não lhes falamos das nossas necessidades e sim das vantagens que podem obter".

São enfoques pessimistas, sombrios, carregados de tonalidade cinzenta. Mas não resistem à análise profunda dos ensinamentos rosacruzes, pérolas de sabedoria, primando por nos mostrar uma outra realidade, mais alvissareira por sinal. A despeito de tudo, a humanidade pouco a pouco desperta para o clarão de novos horizontes. À medida que o tempo passa, o Cristo, por meio de Seu benéfico trabalho, atrai uma quantidade cada vez maior de éter interplanetário para a Terra, tornando seu corpo vital mais luminoso. Esse contato com as poderosas vibrações crísticas também nos tomará luminosos. Cabe-nos o relevante papel de colaboradores conscientes neste processo regenerador.

Se as manifestações de egoísmo chegam a assustar, lembremo-nos que no passado eram bem mais acentuadas. Temos de admitir, portanto, que houve um considerável progresso. O quotidiano pode oferecer-nos ou revelar fatos que, pela sua natureza inferior, abalem o melhor dos nossos sentimentos. Mas é inegável que as expressões de solidariedade, mesmo observadas em raros e até fugidios momentos, nos animam de esperanças.

O altruísmo, tal como uma planta, germina, desponta e cresce lentamente. Mas, é certo que produzirá frutos. Por seu intermédio o Cristo nascerá dentro de cada um de nós, fazendo irradiar Sua Luz. Então, andaremos na Luz, como Ele na Luz está.

Editorial da revista Serviço Rosacruz, abril de 1978 

19/11/2023

"Cura Permanente"

por Stewart Haring(*)
O ser humano é sétuplo em sua constituição, tendo um Espírito triplo controlando um corpo triplo através da ligação da mente. Os três aspectos do Espírito são os que designamos como Divino, Vida e Humano: os três corpos que chamamos de denso, vital e desejo. A mente atua como o elo, ou foco, entre o Espírito e os corpos, de modo que cada aspecto do Espírito encontra sua contraparte no corpo e, através de suas experiências, obtém alimento para seu crescimento. (Veja Cap. III do COnceito Rosacruz do Cosmos)

Quando há um estado perfeito de saúde entre esses sete, um estado perfeito de saúde se manifesta, mas tem havido muito poucos seres humanos que se aproximaram desse ideal. Contudo, à medida que aprendemos a viver em harmonia com as leis de Deus, nos aproximamos da perfeição.

Toda dissidência é, então, uma manifestação de falta de harmonia na natureza da humanidade. Por isso dizemos que, em última análise, a cura genuína é um processo de “acertar-se” com Deus. Quando Cristo Jesus, o Médico Mestre, curava os enfermos, Ele invariavelmente dizia: "Seus pecados estão então perdoados", indicando claramente que os sofrimentos dos pacientes foram o resultado de erros passados. São João registra a cura do homem paralitico na piscina de Betesda: “Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior" (João 5:14). Mesmo as curas realizadas por Cristo não poderiam tornar-se permanentes, a menos que a pessoa estivesse disposta a tomar medidas corretivas para remover a causa e tentar viver uma vida harmoniosa.

A lei funciona hoje como sempre funcionou: quando o paciente descobre a causa subjacente da sua doença e a desenraiza, aprendendo a viver de acordo com o plano de pureza e amor de Deus, ele fará do seu corpo um templo adequado e um refúgio - ferramenta perfeita para o Deus interior.
(*)Traduzido da "Rays from de the Rose Cross" de fevereiro de 1954

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

Esse artigo faz parte de uma coleção de textos sobre cura da seção "Healing" da revista "Rays from the Rose Cross" .Muitos deles foram traduzidos pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz". São distribuídos gratuitamente a todos os que se inscrevem no Serviço de Cura seja Estudantes ou não. Portanto são públicos. Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Veja mais como este aqui

O Poder da Imaginação no Processo de Cura


Ao trabalhar com as leis de Deus para criar e estabelecer uma condição de saúde, não há meio mais poderoso disponível do que a faculdade da imaginação. Ao formarmos em nossa mente uma imagem do que desejamos trazer à realidade, e nos apegarmos suficientemente a essa imagem, podemos ser de ajuda ilimitada para nós mesmos e para os outros em questões de saúde.

Na verdade, tudo o que é criado é primeiro retratado pela imaginação, e esse fato por si só fornece a chave para a formação de um órgão ou corpo mais perfeito. Além disso, a filosofia oculta ensina que “a mente humana é incapaz de imaginar qualquer coisa que não possa ser alcançada”, de modo que podemos sentir-nos perfeitamente confiantes nos resultados da formação de uma imagem de qualquer pessoa que desejamos ajudar como funcionando em perfeita saúde.

A atitude básica sobre a qual tais imaginações são feitas deveria, naturalmente, ser: "Não seja feita a minha vontade, mas a Tua", pois seria um erro tentar forçar a própria vontade neste ou em qualquer outro assunto.

Os primeiros esforços para imaginar um órgão ou corpo perfeito podem ser imperfeitos e fracos, mas “a persistência, e sempre persistência vencerão no final”. Que a vontade de manter o pensamento focado em um assunto ou ideia, excluindo todo o resto. Muitos curadores bem-sucedidos de hoje em dia usam exclusivamente este método e demonstraram amplamente sua eficiência. À luz do que foi dito acima, é fácil entender por que é tão prejudicial permitir que a mente se concentre na doença. A faculdade da imaginação pode ser usada tanto de forma destrutiva quanto construtiva, e devemos, portanto, ter o cuidado de não alimentar imagens ou pensamentos que não desejamos ver cristalizados em realidade. O bom, o verdadeiro, o belo! Pensemos nessas coisas e usemos o poder da imaginação para manifestá-las para nós mesmos e para os outros.

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

Esse artigo faz parte de uma coleção de textos sobre cura da seção "Healing" da revista "Rays from the Rose Cross" .Muitos deles foram traduzidos pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz". São distribuídos gratuitamente a todos os que se inscrevem no Serviço de Cura seja Estudantes ou não. Portanto são públicos. Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Veja mais como este aqui


05/11/2023

PRECEITOS ROSACRUZES, por uma discípula rosacruciana

Jonas Taucci

No próximo dia 22 de novembro, às 11h07m (horário de Brasília), o Sol ingressa no signo astrológico de Sagitário, o Centauro.

Esta Hierarquia, onde seu pictórico símbolo – metade inferior animal (Eu Inferior) e metade superior humana (Eu Superior) - nos exorta a compreendermos com uma superlatividade espiritual os dizeres de João, o Batista:

“É necessário que ele cresça (nosso eu superior) e que eu diminua (nosso eu inferior)” (Evangelho de João, o evangelista, 03:30).

A parte superior – humana – do signo de Sagitário, compõem-se da aljava (corpo denso), arco (corpo vital), corda (corpo de desejos) e flechas (mente). Em muitas representações deste signo, a flecha aponta para cima (nosso indicativo evolutivo), e o fogo em sua ponta sinaliza o elemento a que este signo pertence.

Conhecedor disto, apresenta-se ao aspirante rosacruz, a OBRA ALQUIMICA de oferecer estes corpos à serviço da humanidade; de forma amorosa e desinteressada e isentos do culto à personalidade e de egoísmo. Somente assim - verdadeiramente - estaremos desenvolvendo VIRTUDES CRÍSTICAS. Há que disciplinar-se estes referidos corpos; Max Heindel nos dá como ponto de partida o Corpo Vital, sendo a repetição a sua nota-chave.

Nossos pensamentos, dizeres e ações no Altar da Prestação do Serviço.

O ciclo de palestras realizadas pelo saudoso irmão probacionista Antônio Pereira, nos meses de janeiro/fevereiro de 1995, no Centro Rosacruz de Santo André, revestiu-se de algumas particularidades:

1) Foram algumas de suas últimas palestras; faleceria no dia 26 de abril, quarta feira, daquele mesmo ano, deixando uma gigantesca folha de serviços na difusão dos Ensinamentos Rosacruzes: centenas de palestras e oficiamentos de Rituais nos Centros Rosacruzes da Penha (bairro onde residia), São Paulo, São José dos Campos, Lapa e Santo André, os quais frequentemente visitava, levando sua prestação de serviço abnegada.

Com seu pertinente entusiasmo chamava os palestrantes e oficiantes de Rituais, pelo nome de Grilo Falante; alusão a um personagem do livro As Aventuras de Pinóquio, do escritor e jornalista italiano Carlo Collodi (1826-1890), e levado ao cinema por Walt Disney em 1940.

2) Durante os anos 50 e 60, a Fraternidade Rosacruz de Havana (Cuba) realizou um – literalmente - gigantesco trabalho de dimensões intercontinentais: traduzia artigos (astrologia, nutrição e saúde, bíblia, filosofia etc.) da revista Rays from the Rose Cross (TRF), para o idioma espanhol e os enviava a Centros e membros da Fraternidade Rosacruz das Américas Central, do Sul e também Europa (Espanha e Portugal). Presenciei dezenas de palestras em Centros Rosacruzes no Brasil, oriundas deste maravilhoso material traduzido.

O ciclo de conferências do probacionista Antônio Pereira, esteve alicerçado no artigo “Preceitos práticos para todos os aspirantes”, de Margaret Thorpe, publicado nesta revista de nossa Sede Mundial (TRF), em maio de 1943 e parte dele traduzido pela Fraternidade Rosacruz de Havana em setembro do ano 1964. A senhora Thorpe colaborou por anos, na Rays from the Rose Cross.

3) Neste seu artigo, Margaret Thorpe apresenta 40 preceitos e algumas citações do escritor, poeta e filósofo americano (muito citado nas obras da Fraternidade Rosacruz), Ralph Waldo Emerson (1803-1882). Antônio Pereira enfatizou – neste seu ciclo de conferências - a importância da repetição (Corpo Vital), destes preceitos e citações de Emerson, em nossas vidas diárias. O número 40 reveste-se de (veladas) sabedoria cósmica em várias passagens bíblicas. Algumas:

ANTIGO TESTAMENTO: Os 40 dias do dilúvio (Gênese 07:12).

NOVO TESTAMENTO: Os 40 dias de jejum, feito por Cristo antes das tentações no deserto (Mateus 04:02).

Existem muitas outras alusões na bíblia sobre o número 40.

4) Este artigo de Margaret Thorpe na revista Rays from the Rose Cross, constitui-se na única fonte – de meu conhecimento - em que um membro da Fraternidade Rosacruz diz ser discípulo.


As palestras de Antônio Pereira eram imperdíveis; sua eloquência, fidelidade aos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental e companheirismo para com todas as pessoas e diversos Centros Rosacruzes atravessaram décadas.

Cópias do citado artigo, em espanhol, foram feitas e distribuídas aos presentes, neste seu produtivo ciclo de conferências.

Para consultar – na íntegra - o referido artigo de Margaret Thorpe, na revista Rays from the Rose Cross de 1943, clique aqui.

Para consultar parte de sua tradução, original em espanhol realizada pela Fraternidade Rosacruz de Havana, em 1964, clique aqui.

Constante no Calendário de Eventos da The Rosicrucian Fellowship, o Dia de Ação de Graças possui uma relação com a Hierarquia de Sagitário: é observado numa quinta-feira (Júpiter, regente de Sagitário), estando o Sol caminhando por este mesmo signo astrológico.Júpiter, o maior dos planetas do Sistema Solar, onde um de seus atributos constitui-se na generosidade: pratiquemo-la do tamanho deste planeta.
“A alma generosa prosperará: e quem dá a beber será dessedentado” (Provérbios 11:25)
Neste ano de 2023, unamo-nos em gratidão e – fervorosamente – oficiemos a ORAÇÃO DE GRAÇAS DA THE ROSICRUCIAN FELLOWSHIP, nos Centros Rosacruzes ou em nossos lares no dia 23 de novembro. (Baixe a oração em PDF

A INVEJA - o Inimigo Interior

 por Roberta Wiseman (*)
De todas as características dos seres humanos a inveja é uma das mais devastadoras. Tem sido um atributo da natureza humana desde os simbólicos Caim e Abel, e a Bíblia está repleta de outras histórias de inveja e cobiça, que deveriam servir de advertência à humanidade. No entanto, a história registra a perda de tronos, guerras amargas e a escravização de milhares de vítimas inocentes, tudo provocado pela inveja de um ou mais indivíduos sedentos de poder.

Salomão chamou a inveja de “uma podridão dos ossos”. (Provérbios 14:30) Pilatos, quando perguntou ao povo se deveria libertar Barrabás ou Jesus, “sabia que por inveja o haviam entregue”. (Mateus 27:18). O Livro de Oração Comum diz: “Da inveja, do ódio, da malícia e de toda falta de caridade, bom Senhor, livra-nos”.

A emulação saudável pode ser um trampolim para realizações mais elevadas, mas a inveja maliciosa gera apenas ódio e conflito. Embora estejamos conscientes de que a simpatia pelos desfavorecidos inspirou algumas das reformas mais notáveis ​​da sociedade sabemos também que, inversamente, pode tornar-se uma ameaça se fizer com que aqueles que se consideram vítimas desenvolvam. um ódio fanático e à justiça e ao eventual resultado das questões envolvidas.

Muitas vezes esperamos que uma grande quantidade de coisas boas surja em nosso caminho. Não calculamos as nossas expectativas proporcionalmente ao que damos. Se enfatizarmos mais as nossas obrigações para com os outros, ficaremos agradavelmente surpresos com todas as ricas bênçãos que recebemos. Elas, as bençãos, podem não vir dos mesmos canais para os quais livremente dirigimos nossas doações, mas a ação posta em movimento pela nossa generosidade torna-se muitas vezes uma avalanche de bondade e regeneração.

Enquanto invejarmos os outros porque possuem bens ou talentos que faltam em nossas próprias vidas, não conseguiremos desenvolver o crescimento da alma. À medida que crescemos em estatura espiritual, coisas materiais necessárias nos serão acrescentadas. “Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33)

A consciência deste princípio de transmutar a natureza inferior para a natureza superior, de desenvolver o crescimento da alma, de espiritualizar os nossos veículos – é alcançada de várias maneiras.

Há aqueles que, em seu desejo de autoaperfeiçoamento, são atraídos por pessoas puras e de grande alma, cujas auras irradiam bondade e luz. Todos nós conhecemos algumas dessas pessoas cuja presença nos inspira a um nível mais elevado de pensamento.

Outros que se desenvolvem ao longo do caminho do místico cristão usam Cristo Jesus como seu ideal. Muitas vezes, inconscientes de tentar alcançar qualquer objetivo definido, cultivam a compaixão e o amor pela humanidade, meditando e imitando a vida de Cristo.

Há ainda aqueles que ficaram tão absorvidos pela intelectualidade que a sua razão precisa ser satisfeita. Eles são ajudados ao longo do caminho a conhecer a falácia da inveja pelos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental dados à humanidade pelos Irmãos Maiores.

O serviço aos outros é uma das doutrinas fundamentais da Filosofia Rosacruz e todos aqueles que se esforçam, dia após dia, em praticar os seus princípios eficientes e científicos de crescimento da alma, encontram pouco tempo ou desejo para desperdiçar com a inveja - o inimigo interior.

(*) Artigo da revista Rays from the Rose Cross, maio de 1954 - tradução por Rosacruz e Devoção 

Livro A ESCALA MUSICAL E O ESQUEMA DE EVOLUÇÃO EM PDF

PRECEITOS PARA O ESTUDANTE ROSACRUZ EM PDF