Retomando o último
parágrafo da primeira parte deste artigo, vimos que o homem ocidental
propositadamente afastou-se das verdades esotéricas, pois devia mergulhar na
conquista científica, religiosa e artística.
A CIÊNCIA, A ARTE E A
RELIGIAO eram unidas no passado. Tudo incluía esses três ramos - como nos
tempos da Grécia áurea, em que a poesia, a música, a dança, a literatura, a
história, a ciência, etc., se reuniam nas atividades humanas, por inspiração
das nove musas. (número do homem).
Depois se diversificaram:
a religião governou quase sozinha durante a Idade Média, chamada a Idade das
trevas, sufocando as demais manifestações, para o desenvolvimento
predominantemente religioso. Quando já se tornava prejudicial, a Renascença
trouxe a Arte, com a glória de iluminados artistas em todos os seus ramos, até
a Idade Moderna. Finalmente rompeu soberana a Ciência, na Idade Contemporânea,
amordaçando com mãos de aço as demais manifestações. É a Ciência que dá a
última palavra e que merece maior crédito do mundo. Logo descambamos para o
materialismo, sob a influência de Augusto Comte, de Freudd, de Karl Marx e
outros que, havendo recebido vislumbres da Verdade Universal, desvirtuaram-na
quando criaram seus métodos.
Infelizmente acontece
isto: a verdade mais alta não pode ser exposta num Cosmos inferior, sob pena de
PROFANAÇAO. Por isso o Cristo usou as parábolas e símbolos: para que cada um
extraia delas o que seu grau de consciência pode ver e suportar.
Em meados do século
passado, o Sol, em seu movimento de precessão dos equinócios, entrou na órbita
de influência do Signo de Aquário. Aquário é governado por Urano, descoberto
(não por acaso) em 1781, para ir fermentando a consciência do mundo com suas
qualidades de Inovação, de Originalidade (Epigênese), Inconvencionalismo (para
romper as tradições cristalizadas), Inventiva, Intuição etc. Urano preparou a
ciência para a conquista de seu elemento: O ÉTER - que nos levou à conquista do
espaço, começando pela máquina a vapor, passou pela eletricidade, telégrafo,
telefone, radio, televisão, aviação, radar, foguetes e plataformas espaciais, aproveitamento
da luz solar etc. Telescópios poderosos foram perscrutando os espaços siderais,
ao passo que os microscópios e aparelhos ainda mais delicados foram penetrando
nas partículas menores da matéria, deslumbrando os cientistas com a Realidade
de uma Inteligência que agora aprende a descobrir por si só e a venerar. Não há
físico que não tenha veneração pelo Cosmos. Não importa o nome que dê, o
importante é que ele descobriu algo que assume como “o sabor de uma conquista”.
É assim mesmo: as coisas velhas se tornam novas quando são redescobertas pelo
despertado Ser.
A psicologia, que começou
desastrosamente (em aparência) pelas falhas interpretações de Freud - que não
soube verter puramente certas verdades espirituais que captou - encaminha-se a
passos largos para o autoconhecimento, sob influência da parapsicologia e de
revelações que vão invadindo irresistivelmente a mente dos homens, provindas da
Mente Universal.
Neste cenário crepitante
e conturbado do mundo, ao inicio do século XX, os Irmãos Maiores da Rosacruz
viram chegado o momento de entregar ao mundo uma nova mensagem. E, através de
seu iniciado menor, MAX HEINDEL, nos deram o CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS, em
1909. Sob a orientação dos Irmãos Maiores da Ordem, Max Heindel fundou a
Fraternidade Rosacruz, após dois anos (1911), para atender à necessidade lógica
do povo Ocidental. Todos desejamos saber o razão das coisas. Nossa mente há de ser
satisfeita, para que nosso coração comece a vibrar numa fé racional. O materialismo
está perigando nossa evolução e todos os meios estão sendo envidados para
chegarmos ao meio termo ideal, entre a mente e o coração - esses dois elementos
que se devem aprimorar, para chegarmos ao conhecimento e conquista de nós
mesmos e alcancemos o despertar de nossa verdadeira natureza.
O Ocidente se assemelha,
agora, a um avião de asas desiguais: uma, enorme, da técnica, da ciência, do
conhecimento, que se presume, de tal modo que o maior pecado atual é o ORGULHO
INTELECTUAL. A outra asa é mirrada, sub-desenvolvida, raquítica, esfomeada: uma
asa pequena da fé, da devoção, de conquista interior, do coração. E nosso avião
ameaça despencar e arruinar sua tripulação. É urgente desenvolvamos esta asa
pequena e estabeleçamos o equilíbrio de nossos voos evolutivos. De nada valem
as asas de cera, porque logo se derretem no desafio da subida e nos precipita
abaixo.
As asas de cera são os
superficiais conhecimentos que adquirimos e não chegamos a vivenciar.
Diletantismo espiritual. Curiosidade ocultista de fenômenos que não conduzem ao
fim mais alto. É preciso dirigir nossos esforços à realização autêntica para
formar a asa pequena. Assim, devidamente apoiados na verdade espiritual,
podemos conduzir todas as nossas conquistas para os propósitos evolutivos em
vez de subordiná-los aos interesses mesquinhos da personalidade falsa
O homem - esse
desconhecido - é a Esfinge, que compõe os quatro signos zodiacais de natureza
fixa: o Touro, o Leão, a Águia (escorpião) e Aquário (o homem que engloba os
três animais). A esfinge de nossa natureza continua a desafiar-nos: OU ME
DECIFRAS, OU TE DEVORO! E os homens se devoram porque não se conhecem: devoram-se
pelos infartos, pelos derrames, pela diabetes, úlceras, cânceres e neuroses,
que são a consequência inequívoca de suas ignorantes transgressões à Lei da
Natureza.
Através da Rosacruz (uma
das Sete Escolas), os Irmãos Maiores - aqueles que foram na frente, que
chegaram ao cume da Realização e depois voltaram para ensinar o caminho e
prevenir os alpinistas sobre os perigos da escalada - oferecem suas mãos, a sua
inteligência, o seu amor – pelos Cursos gratuitos por correspondência, de
Filosofia Rosacruz, de Astrologia Esotérica, de Bíblia e Cristianismo
Esotérico, a todos os interessados.
Somos os seus canais e
estendendo a mão direita: chamamo-los IRMÃOS, pelo reconhecimento de que todos somos filhos de um Pai
comum - O pai Celestial! Mais
que irmãos, preferimos chamá-los AMIGOS!.
Parte I: aqui