“A escala do amor”, do pintor francês Jean Antoine
Watteau (1.684-1.721)
Por Jonas Taucci (*)
De forma resumida, esta celebração provavelmente teve origem por volta do ano 270 DC, na Roma antiga: conta-se que o bispo Valentim celebrava casamentos entre os soldados romanos, contrariando as ordens do imperador Claudio II, o que lhe custou a pena de morte. Antes de sua execução (14 de fevereiro), Valentim recebeu – no cárcere – várias cartas de jovens casais, informando que sempre iriam acreditar na força do amor entre as pessoas.
Esta data passou por uma série de significâncias, acentuadamente na Idade Média.
No século XVII, os ingleses, oficializaram esta data, como uma forma de homenagear os casais enamorados, e assim ofertarem presentes. Esta tradição teve consequências:
1- Países de língua inglesa adotaram esta data (14 de fevereiro), como Valentine’s Day, e outros países em dias diferentes (interessante no Brasil ser comemorado dia 12 de junho, véspera de Santo Antônio, conhecido como o santo dos casamentos).
2- A data em que é celebrado o amor entre os namorados, amoldou-se a circunstâncias de cada país; religiosa, social, historicamente... e veladamente de uma forma esotérica.
Elmam Bacher (Estudos de Astrologia – Volume V), informa que certas datas - ainda que para a maioria da humanidade de uma forma inconsciente – nos transmitem verdades cósmicas. Uma delas:
O Dia dos Namorados
Temos aqui a sua correspondência com a 5a Casa Zodiacal, onde a Hierarquia de Léo e o Sol possuem morada num horóscopo abstrato (cúspide de Áries e Marte na primeira casa, cúspide de Touro e Vênus na segunda casa, cúspide de Gêmeos e Mercúrio na terceira casa etc.).
Nesta data expressamos nosso carinho à pessoa amada com presentes que geralmente e por tradição são:
1- Cartão com dizeres (expressando o nobre sentimento do amor).
2- Flores (fragrância).
3-Chocolates (doçura).
Não importa qual dia do ano em que a data dos Dia dos Namorados ocorra em diversos países: ela estará sempre associada à nossa 5ª Casa Zodiacal e o Sol.
Max Heindel e sua esposa Augusta Foss Heindel, nos falam desta Casa:
A) sua relação com o namoro e o amor. (A Mensagem das Estrelas – 4º Capítulo, A leitura do horóscopo – As Casas).
B) sua correspondência com o coração. (Astrodiagnose – Um Guia de Saúde - Capítulo II, Correlação da Anatomia e da Fisiologia com o Zodíaco).
Um bom (e particular) exercício esotérico sobre isto, consiste em inserir numa Roda do Zodíaco em branco (abaixo), apenas o signo correspondente à cúspide de nossa 5ª Casa, inserir também - se for o caso - planetas localizados nesta nossa Casa e traçar possíveis aspectos com outros planetas. O sr. Bacher, por inúmeras vezes em sua obra utiliza-se deste método de traçarmos – isoladamente – determinadas posições astrológicas para estudos.
A partir disto, realizarmos uma profunda meditação e reflexão baseada nos dizeres abaixo do Sr. Bacher, sobre o Dia dos Namorados (ele o chama de Valentine’s Day), e a nossa 5ª Casa.
1- A canção dos jovens de coração.
2- Sermos mantenedores de um coração renovado e puro, pelos impulsos do afeto.
3- O brilho da estrela do amor.
4- Deveríamos manter viva a perfeição da beleza, amando o belo na relação, o encanto na convivência harmoniosa e a inspiração sempre renovada da LUZ, que sempre está presente no ser amado.
Esta última colocação do Sr. Bacher, nos faz lembrar o Ritual Rosacruz do Serviço do Templo “esquecer, diariamente, os defeitos dos nossos irmãos e procuremos servir à Divina Essência neles oculta, o que constitui a base da Fraternidade”).
Uma das definições mais elevadas sobre FRATERNIDADE, foi deixada por Elmam Bacher (Estudos de Astrologia – Volume VIII – capítulo II), isenta de qualquer conotação referente a conhecimento, cargos, níveis escolares ou posses materiais:
“A FRATERNIDADE É A ESSÊNCIA DESTILADA DAQUILO QUE SE APRENDE MEDIANTE O RELACIONAMENTO DO AMOR”.
Nosso desenvolvimento espiritual será alcançado unicamente com o desabrochar de nossa divindade interna e isto não ocorrerá a menos que façamos os necessários esforços e sacrifícios; muitas vidas de prestação de serviços à humanidade; até que sejamos capazes de agir desta maneira, nenhuma quantidade de livros, palestras, cursos, textos etc. nos fará alcançar este intento.
Durante séculos – e para a maioria da humanidade – a aceitação desta máxima acima, foi – também - impedida por acreditar-se que o Cristo que esteve aqui a dois mil anos salvaria a todos aqueles que nele cresse e tratasse de ser uma boa pessoa, sendo que por “boa pessoa” entenda-se dentro de certas crenças com seus respectivos critérios.
Cristo então faria, literalmente, o resto.
O fiel aspirante rosacruz está imbuído da fé de que a oração acompanhada de obras humanitárias e desapego ao culto à personalidade e egoísmo, atrairão auxílio dos ILUMINADOS que sempre estão desejosos a guiar um espírito aspirante.