Não vamos tratar aqui sobre o Santo Sudário, ou o Sudário de Turin, que se entende como sendo a túnica com a qual Cristo Jesus foi levado à sepultura e que possui gravada uma imagem que parece ser de um homem, com rasgos semíticos, crucificado. (Ver Rays from the Rose Cross Nov/Dez de 1997 sobre este tema).
O ser que teve o mais profundo impacto na evolução e na sensibilidade humana e tem Seu nome como o mais pronunciado por milhões de seres humanos, permanece um mistério. Temos retratos de Alexandre, o Grande, que viveu trezentos anos antes de Cristo Jesus. Temos utensílios que nos mostram a vida dos imperadores romanos, incluindo Augusto e Tibério, antes e durante o período em que Ele caminhou pela Galileia e Judéia.
Por outro lado, se considerarmos que a tradição hebreia ortodoxa de não cultivar imagens era uma cultura na época em que Ele viveu, nada há de extraordinário. O retrato simplesmente não era praticado, diferentemente da Grécia Helenística onde personagens humanos ou deuses personificados foram retratados até mesmo antes do período arcaico e helenístico (700-333 AC), primeiramente em esculturas e baixo relevo, depois entalhadas em cerâmica.
A imagem de Jesus que pode ser considerada como a mais autêntica foi talhada em esmeralda a pedido de Tibério César, e dada ao Papa Inocêncio VIII, pelo Imperador dos turcos, como pagamento de um resgate de seu irmão, na época capturado pelos cristãos. Pilatos deu informações a Tibério César sobre a aparência e trabalho de Jesus Cristo em várias cartas dirigidas ao Império Romano. No livro: Jesus of the Emerald (Doubleday,Page and Company, 1923), Gene Stratton-Porter escreve: "Que César estava profundamente impressionado com as notícias trazidas a ele (por um enviado despachado a este propósito) referentes ao trabalho de Cisto Jesus e pela subsequente nobreza e atitudes de seus seguidores, está amplamente provado por vários atos de clemência de César aos cristãos, mesmo em aberto desafio ao que determinava o senado. Nisto, encontro amplo e substancial terreno para minha concepção sobre a impressão que lhe produziu a aparência de Jesus da Esmeralda”.
A esmeralda está no tesouro do Vaticano e tem sido muito estudada por várias pessoas. Uma gravação semelhante a esta esmeralda foi feita em 1866 por John Sartain, um retratista nascido em Londres.
Os cristãos frente às representações de Jesus Cristo sabem que é Ele, qualquer que seja a aparência porque O veem tanto com os olhos de suas mentes, como com seus corações. O veem de maneira paradigmática. As narrações terrenas sobre o Filho do Homem, trouxeram para Jesus uma série de visualizações padronizadas que revelam princípios espirituais ou poderes supranormais. Em virtude de ser Quem Ele é, Cristo Jesus não pode ser mostrado simplesmente como outro ser humano. Ele sempre exemplifica uma qualidade arquetípica que inspira sabedoria e admiração despertando emulação e aprovação interna. Sabendo Que Ele é a encarnação do Caminho, da Verdade e da Vida, devemos descobrir internamente o que devemos fazer para conformar nossas vidas e até mesmo nossa pessoa física à imagem Daquele em Quem habita a Divindade.
Cada artista ao tentar capturar a divindade de Cristo no corpo físico de Jesus foi desafiado e inspirado em retratá-Lo com certas qualidades humanas em suas formas mais perfeitas, tais como a humildade, o amor, a serenidade, a piedade; qualidades para as quais Ele deve servir de exemplo. Portanto, para ser fielmente interpretado, Cristo Jesus deve manifestar amor, seja como uma solicitude infinita, um gesto de cura ou um paciente padecimento frente ao desprezo humano e a ignorância. Ele será frequentemente mostrado em comunhão com o Pai Celestial, não de joelhos, mas com uma inclinação de Sua cabeça ou uma postura que sugira uma existência terrena baseada em algo muito além de uma autoconfiança.
As representações de Cristo Jesus são icônicas. Definem modos ideais de viver e de sobrepujar a condição humana. Elas são avatáricas, mostrando esse poder super-humano e a inteligência divina que foram investidos na carne mortal.
As imagens mais populares nos mostram Cristo Jesus com expressões de piedade e cuidado com os seres que O rodeiam, irradiando simpatia e compaixão com a obscurecida condição humana. Enfatizando-se essa qualidade pode-se cair em uma falsa apreciação do aspecto sentimental. Talvez a imagem mais popular de Cristo Jesus que beira o sentimentalismo seja a de Heinrich Hoffman cuja pintura evoca o que pode ser descrito como a beleza do coração do Mestre.
É de importância que saibamos como era Cristo Jesus? É importante que tenhamos uma imagem fotográfica Dele?
O que tornou Cristo Jesus marcante, efetivo e comovedor foram as qualidades de Sua alma e de Seu espírito, as quais brilhavam através de Sua existência física, sendo precisamente isto que influenciava profundamente os demais, sem que soubessem como e porque, o que Lhe permitia transitar pelas pessoas comuns sem chamar a atenção. Assim é que, mesmo depois de três anos de ministério, foi necessário um sinal para identificá-Lo dos demais, já que havia uma curiosa semelhança entre Jesus e Seus discípulos, quando o Espírito se movia entre eles, e sutilmente modelava suas aparências . Por isso foi que Judas não somente O indicou, mas também O beijou.
Vemos mais uma vez que há um tipo de anonimato sublime em Cristo Jesus, sugerido principalmente pela pergunta formulada pelos discípulos com relação a Quem realmente Ele era. Para os tradicionais judeus, Sua identidade foi determinada pelo lugar de Seu nascimento, Nazaré, e por Sua genealogia, como filho de Maria e José da tribo de Judá. Mas, Cristo Jesus veio como uma espada para romper estas tipologias, tanto racial como tribal, e suplantá-las por uma linhagem espiritual. Não é bendito o peito que O amamentou, mas aquele que faz a Vontade de Seu Pai Celestial, aquele que é o irmão não pelo sangue, mas por afiliação e ordenação espiritual.(continua)
O ser que teve o mais profundo impacto na evolução e na sensibilidade humana e tem Seu nome como o mais pronunciado por milhões de seres humanos, permanece um mistério. Temos retratos de Alexandre, o Grande, que viveu trezentos anos antes de Cristo Jesus. Temos utensílios que nos mostram a vida dos imperadores romanos, incluindo Augusto e Tibério, antes e durante o período em que Ele caminhou pela Galileia e Judéia.
Por outro lado, se considerarmos que a tradição hebreia ortodoxa de não cultivar imagens era uma cultura na época em que Ele viveu, nada há de extraordinário. O retrato simplesmente não era praticado, diferentemente da Grécia Helenística onde personagens humanos ou deuses personificados foram retratados até mesmo antes do período arcaico e helenístico (700-333 AC), primeiramente em esculturas e baixo relevo, depois entalhadas em cerâmica.
A imagem de Jesus que pode ser considerada como a mais autêntica foi talhada em esmeralda a pedido de Tibério César, e dada ao Papa Inocêncio VIII, pelo Imperador dos turcos, como pagamento de um resgate de seu irmão, na época capturado pelos cristãos. Pilatos deu informações a Tibério César sobre a aparência e trabalho de Jesus Cristo em várias cartas dirigidas ao Império Romano. No livro: Jesus of the Emerald (Doubleday,Page and Company, 1923), Gene Stratton-Porter escreve: "Que César estava profundamente impressionado com as notícias trazidas a ele (por um enviado despachado a este propósito) referentes ao trabalho de Cisto Jesus e pela subsequente nobreza e atitudes de seus seguidores, está amplamente provado por vários atos de clemência de César aos cristãos, mesmo em aberto desafio ao que determinava o senado. Nisto, encontro amplo e substancial terreno para minha concepção sobre a impressão que lhe produziu a aparência de Jesus da Esmeralda”.
A esmeralda está no tesouro do Vaticano e tem sido muito estudada por várias pessoas. Uma gravação semelhante a esta esmeralda foi feita em 1866 por John Sartain, um retratista nascido em Londres.
Os cristãos frente às representações de Jesus Cristo sabem que é Ele, qualquer que seja a aparência porque O veem tanto com os olhos de suas mentes, como com seus corações. O veem de maneira paradigmática. As narrações terrenas sobre o Filho do Homem, trouxeram para Jesus uma série de visualizações padronizadas que revelam princípios espirituais ou poderes supranormais. Em virtude de ser Quem Ele é, Cristo Jesus não pode ser mostrado simplesmente como outro ser humano. Ele sempre exemplifica uma qualidade arquetípica que inspira sabedoria e admiração despertando emulação e aprovação interna. Sabendo Que Ele é a encarnação do Caminho, da Verdade e da Vida, devemos descobrir internamente o que devemos fazer para conformar nossas vidas e até mesmo nossa pessoa física à imagem Daquele em Quem habita a Divindade.
Cada artista ao tentar capturar a divindade de Cristo no corpo físico de Jesus foi desafiado e inspirado em retratá-Lo com certas qualidades humanas em suas formas mais perfeitas, tais como a humildade, o amor, a serenidade, a piedade; qualidades para as quais Ele deve servir de exemplo. Portanto, para ser fielmente interpretado, Cristo Jesus deve manifestar amor, seja como uma solicitude infinita, um gesto de cura ou um paciente padecimento frente ao desprezo humano e a ignorância. Ele será frequentemente mostrado em comunhão com o Pai Celestial, não de joelhos, mas com uma inclinação de Sua cabeça ou uma postura que sugira uma existência terrena baseada em algo muito além de uma autoconfiança.
As representações de Cristo Jesus são icônicas. Definem modos ideais de viver e de sobrepujar a condição humana. Elas são avatáricas, mostrando esse poder super-humano e a inteligência divina que foram investidos na carne mortal.
É de importância que saibamos como era Cristo Jesus? É importante que tenhamos uma imagem fotográfica Dele?
Na verdade deve haver razões ocultas para isso, mas nenhuma está disponível. Não foi somente sua identidade espiritual que foi um enigma, até mesmo para seus discípulos. Sua aparência física não se sobressaiu, nem por sua formosura, imponência física ou seus finos traços, pois tais características externas se degradam. Seu propósito foi desviar a atenção para o incidental. Descrevendo-O, Isaías escreve: “Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. (Isaías 53:2)
Vemos mais uma vez que há um tipo de anonimato sublime em Cristo Jesus, sugerido principalmente pela pergunta formulada pelos discípulos com relação a Quem realmente Ele era. Para os tradicionais judeus, Sua identidade foi determinada pelo lugar de Seu nascimento, Nazaré, e por Sua genealogia, como filho de Maria e José da tribo de Judá. Mas, Cristo Jesus veio como uma espada para romper estas tipologias, tanto racial como tribal, e suplantá-las por uma linhagem espiritual. Não é bendito o peito que O amamentou, mas aquele que faz a Vontade de Seu Pai Celestial, aquele que é o irmão não pelo sangue, mas por afiliação e ordenação espiritual.(continua)
Traduzido do original inglês: What Did Christ Jesus Look Like? de CW
Publicado na “Rays from The Rose Cross” – Jan/Fev de 1998
Gravuras e legendas do texto original