23/12/2014

Uma Imagem da Sagrada Família


A imagem da Sagrada Família é das  mais representativas para o Natal. Ou, pelo menos, isto é definitivamente certo quando nos referimos aos artistas das cores e das tintas.

Desde o início do Cristianismo os pintores, de todas as vertentes e escolas  se empenharam para eternizar  o momento quando, dois Iniciados, como sabemos que eram Maria e José, tiveram em seus braços  a pequena criatura que estava destinada a receber, trinta e três anos mais tarde, no Batismo, Aquele que é o Cristo.

Meus agradecimentos a Irmã Maria Carolina P. Carvalho, dedicada colaboradora  na Fraternidade Rosacruz em São Paulo por muitos anos, que permitiu a publicação desta   aquarela  pintada  por seu  esposo Emídio Carvalho, onde a leveza das três cores - amarela. azul e branca - por si já consideradas "cores espirituais", compõem a Sagrada Família.  

Recebam também meus agradecimentos todos os amigos e irmãos que colaboraram com este blog em diferentes formas, compartilhando, comentando, divulgando, enviando textos e fotos. Gratidão pelo ano que termina! 

“As vibrações espirituais são mais intensas à meia noite da Noite Santa. Nessa noite é mais fácil obter um contato consciente com o Sol espiritual e a retrospecção e as resoluções para o novo ano são mais eficazes.
Vamos unir nossos esforços espirituais concentrados de aspiração e oração para o crescimento individual e coletivo da alma a fim de termos um ano espiritualmente produtivo!”

Um Natal Abençoado a todos e
                                                  "Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz"

14/12/2014

A Origem do Natal

Augusta Foss Heindel

Os materialistas se recusam aceitar o formoso relato sobre o nascimento de Jesus e frequentemente formulam esta pergunta: "Se Cristo veio ao mundo para salvar o homem do pecado e da morte, quem salvará as milhões de almas que estavam em manifestação antes da Era Cristã, que data de cerca de 2000 atrás"?

Disse João Evangelista: "Porque Deus amou de tal maneira o mundo que lhe deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que n'Ele crê não se perca, mas tenha vida eterna. Porque não O enviou Deus para condenar o mundo mas para que o mundo se salve por Ele".

Estas palavras de Cristo-Jesus têm dado o que pensar a muitos e até fizeram que alguns se afastassem de sua fé em Deus, pois: como pode alguém acreditar na Paternidade de Deus e Sua Bondade; como pode alguém crer no amor esse grande Espírito e também pensar que Ele deixou de dar o necessário a Seus filhos, em todas as épocas? Quem pode continuar crendo nEle, se foi tão cruel a ponto de enviar Seu único Filho para salvar apenas uma pequena parte de seus outros filhos humanos? Quem pode crer que esse amoroso Pai tivesse permitido que a maioria de seus filhos fossem arrojados às trevas para sofrer eternamente, apenas porque vieram antes de Cristo? (Diante disso, é de surpreender que as religiões de Buda, Mahomé e Zoroastro continuem florescendo, embora reconheçamos que os ensinamentos do Mestre Cristo-Jesus preencham as necessidades da nova onda evolutiva?

Vários estudiosos afirmam que o natal começou a ser celebrado apenas cerca de quatrocentos anos depois de Cristo. De fato, nada existe na história para confirmar que os cristãos tivessem celebrado esse acontecimento nos primitivos tempos do cristianismo. Mas isto é fácil de compreender-se. Até sua oficialização, o cristianismo sofria cruéis perseguições. Ademais, o paganismo fortemente espalhado então, desvirtuaria a pureza de sua apresentação. Os essênios eram devotos e pouco dados a práticas externas, como o faziam os fariseus. Mais tarde, a própria exigência do povo pelo cerimonial estabeleceu essa prática. Vejamos o Velho Testamento e leiamos sobre os grandes festivais promovidos pelo povo naqueles remotos tempos e que correspondem a nossos presentes festejos de Natal e Páscoa de Ressurreição.

Os antigos eram muito dados a cerimoniais. Seus festivais eram religiosamente observados, ainda mais do que as festas religiosas de hoje. Vejamos os festivais dos tempos de Abraão: Moisés deu instruções bem definidas a seus seguidores em relação a essas cerimônias, que deveriam ser levados a cabo com seus ritos religiosos. Moisés é o autor dos cinco primeiros livros da Bíblia (Pentateuco) e seus dez mandamentos são a pedra angular de todas as atuais religiões. Os antigos festivais eram terrivelmente desfigurados com ritos que o homem moderno consideraria repulsivos. Em algumas ocasiões não apenas eram imolados animais no Altar dos Sacrifícios, senão que o próprio sangue humano corria, para apaziguar a fúria dos deuses pagãos. Quase todos os festivais eram oferecidos ao Deus do Sol e muitas das religiões antigas se achavam mescladas com os mitos solares. No solstício de Dezembro quando o Sol chega à sua mais baixa declinação e deve empreender a marcha ascendente rumo ao norte, converte-se num salvador de vidas e então renasce o deus-sol. (Nota:Considerando-se o Hemisfério Norte).

Em algumas das religiões antigas, encontramos o relato da mãe e do filho divino. Na índia, Krishna nasceu como um salvador e seus pais tiveram que fugir de sua terra, devido ao decreto do Rei Karnsa de matar toda criança de sexo masculino recém-nascido. Na história do nascimento de Krishna encontramos os Anjos, os Pastores e os Magos. A história da vida deste deus-sol da índia é muito parecida à de Cristo Jesus.

Na história da Babilônia encontramos o deus do sol, Tammuz, que nasceu de uma mãe virgem. Uma lenda similar é a do deus Apolo. Encontramos, também, o mesmo mistério em relação à data de nascimento desses deuses, que foi igual à de Jesus.

Em todos os relatos dos nascimentos dos grandes Mestres, existe a aparição de um Anjo anunciando a uma Virgem que Deus havia escolhido para mãe de uma divina criança. A história difere mui ligeiramente nas distintas religiões. O idioma, o cerimonial e os costumes é que motivam essas diferenças secundárias.

Afinal, por que a Virgem e um menino divino aparecem nessas religiões antigas, inclusive nas classificadas de pagãs? Isto não é uma prova de que deve existir alguma conexão entre estes mitos, os quais coincidem maravilhosamente com o nascimento do Salvador e com a marcha do Sol através do Zodíaco? Em alguns desses relatos fala-se de um grande silêncio existente em toda a Terra, no momento do nascimento. Tudo era silêncio. Isto é uma realidade no solstício de dezembro(Inverno no Hem.Norte) A vida vegetal parece descansar. A força de Deus se aquieta por algum tempo. A seiva se recolhe nas raízes. Os ramos e os talos se desnudam. A vida dorme e o Sol penetra no reino de Saturno, Capricórnio. A Terra é uma massa vivente que respira, mas nesse tempo parece reter seu alento, como o faz um homem, quando vai realizar um ato muito importante.

O nascimento do sol é como uma exalação da vida do Cristo, sentido por toda a humanidade. O Natal, o nascimento místico, é um período de regozijo para a Terra, bem como e principalmente para a humanidade, porque então os Anjos portam corrente de júbilo.

O mito do sol existente nas religiões antigas, encarado sob o ponto de vista da astrologia e da astronomia, fala-nos do grande Plano Cósmico. O Sol em seu caminho pelos Signos do Zodíaco é uma manifestação atual das glórias do Universo de Deus. Por enquanto é apenas uma manifestação externa de uma verdade maior, o Filho cósmico, o Cristo, por quem flui toda a vida de Deus em favor da humanidade. Ele é o grande portador da vida cujo veículo material nasceu há cerca de 2000 anos. Veio à Terra para que por Seu intermédio pudesse Deus acender no homem a chama do Amor divino, atributo do Segundo Aspecto de da Natureza de Deus. Esse acontecimento ocorreu no mês mais frio e escuro do ano para o Hemisfério Sul. Igualmente nesta época nasce o Sol em seu ascenso ao Norte, brilhante e com mais força e vigor, mais próximo da Terra, para renovar a vida em toda a natureza.

Se examinarmos este grande evento anual do Natal sob os dois pontos de vista, o pagão e o festival do deus-sol em sua jornada pelos signos do Zodíaco e relacionamos com o relato do nascimento do Filho de Deus de uma Virgem, nosso Amor e reverência pelas páscoas modernas em vez de decrescer, aumentarão, mesmo que os textos cristãos ortodoxos afirmem que as festas que se celebravam nos tempos pré-cristãos eram pagãs.

O exposto, que a História nos conta, revela que o homem sempre buscou uma religião. Sua alma sempre ansiou por Deus. Por mais cruel que haja podido ser essa concepção de Deus para o homem, não invalida nem diminui a realidade de Sua existência. Desde a época em que olhos do homem foram abertos para o mundo e o véu do conhecimento de si mesmo foi retirado, ele foi buscando resolver os grandes mistérios da vida. À medida que ele crescer em Sabedoria e compreensão espiritual, a verdadeira luz ser-lhe-á mostrada no caminho, essa luz que esteve escondida nas dobras dos séculos que passaram. Então ele poderá verificar que os deuses, assim como a mente dos homens, crescem junto com as religiões para ganhar em consciência. Assim também deve crescer nosso ideal do Natal, em amor e beleza. Quando o Cristo - menino nasça e se alimente em nossos corações poderemos entender perfeitamente o sentido destes versos de Angelus Silesius:

"Ainda que Cristo nasça mil vezes em Belém, se não nasce dentro de ti, tua alma segue perdida. Olharás em vão a Cruz do Gólgota, enquanto dentro de ti ela não for erguida".

publicado na revista Serviço Rosacruz, dez.,1965

02/11/2014

A Natureza da Oração

 Do livro: A Teia do destino, Max Heindel(*)
O assunto da Oração deve merecer toda a atenção e estudo de todo aquele que aspira à espiritualidade, e confiamos que os conselhos que se seguem possam ajudar aos nossos estudantes em seus esforços neste sentido. Existe uma só força no Universo e esta é o Poder de Deus, que Ele enviou por todo o espaço em forma de Verbo; não uma simples palavra, senão o Fiat Criador, cuja vibração sonora amalgamou a multidão de átomos do caos numa infinidade de figuras e de formas que estão compreendidas entre a estrela do mar e estrela do firmamento e entre o micróbio e o homem, isto é, entre tudo o que constitui e povoa o Universo. À medida que as sílabas e os sons da Palavra criadora foram-se emitindo, uma após outra, no transcurso dos tempos, as diferentes espécies, também, e as mais antigas desenvolvendo-se, tudo de acordo com a harmonia do pensa­mento e do plano concebido pela Mente Divina, antes que a força dinâmica da energia criadora fosse enviada ao espaço.

Este é, pois, o único manancial de força no qual real e verdadeiramente, vivemos, nos movemos e temos o nosso ser, da mesma forma que os peixes na água. Do mesmo modo que o peixe não pode viver nem nadar em terra seca, tampouco nós podemos escapar ou iludir a Deus. Não foi inspirado em mero sentimento poético que o salmista disse; "Para onde irei eu que não esteja diante de Teu espírito, ou onde me esconderei de Tua presença? Se subo aos céus Tu estás lá; se faço minha cama numa caverna, Tu estás ali a fitar-me. Se tomasse as asas da aurora e morasse nas mais distantes regiões do mar, ainda ali Tua mão me guiaria e Tua destra me sustentaria".

Deus é Luz, e nem o mais potente telescópio que pode abarcar milhões de quilômetros no espaço, terá encontrado os limites da luz, porém nós sabemos que se não tivéssemos olhos por meio dos quais percebemos a luz, e ouvidos que registram as vibrações do som, caminharíamos pela terra em eterna obscuridade e silêncio; assim, pois, para perceber a Luz Divina, que só pode iluminar nossa obscuridade espiritual e ouvir a voz do silêncio, que é a única voz que poderá guiar-nos, devemos cultivar nossos olhos e ouvidos espirituais; e a oração, a verdadeira oração científica, é um dos méto­dos mais poderosos e eficazes para encontrar graça diante de nosso Pai, e receber a imersão da luz espiritual, que transforma alquimicamente o pecador em santo e o envolve com o dourado véu nupcial, o luminoso Corpo-Alma. Porém não nos enganemos.

A oração por si só não pode efetuar essa transformação. A menos que nossa vida inteira, tanto despertos como em sono, seja uma oração constante para a iluminação e a santificação, nossas preces jamais alcançarão a Divina Presença para trazerem o batismo do Seu Poder. "Ora e trabalha", a Deus rogando e com o martelo batendo, é um mandamento oculto a que todos os aspirantes devem obedecer sob pena de jamais conquistar grandes progressos. Neste sentido, uma antiga lenda de São Francisco de Assis confirmará o que dissemos; ela reflete a luz desse grande Ser cuja vida foi inteiramente consagrada ao serviço de Deus. Ei-la:

Um dia São Francisco convidou um jovem monge, dizendo-lhe: "Vem Irmão, vamos à cidade pregar ao povo". O jovem monge logo aceitou com alegria, satisfeito com a perspectiva de um passeio com o bem-aventurado padre, pois conhecia o manancial espiritual que ele representava. Assim, pois, dirigiram-se à cidade, passando por várias ruas e praças, absorvidos todo o tempo numa interessante conversação espiritual. Final­mente encaminharam seus passos de regresso ao mos­teiro. Então, subitamente, o leigo percebeu que haviam estado tão profundamente concentrados em sua conversação que haviam esquecido completamente o objetive de sua ida à povoação. Delicadamente observou a São Francisco a omissão, ao que o santo lhe respondeu: "Meu filho, enquanto estávamos passeando pelas ruas da cidade, as pessoas nos observavam, ouvindo trechos de nossa conversa e constatando que falávamos do Amor de Deus e de Seu Filho querido, nosso Salvador. Notaram nossas carinhosas expressões e as palavras de amor e de consolo aos aflitos que encontrávamos, e até a nossa atitude falava-lhes de religião. Assim, pois, Irmão, estivemos pregando durante todo o tempo de nossa presença entre eles, de um modo mais efetivo, espontânea e simples do que se lhes tivéssemos falado horas e horas em praça pública". São Francisco não tinha outro pensamento senão Deus; fazer o bem em Seu nome e, portanto, estava em grande harmonia com a vibração divina. Não nos deve assombrar, pois, quando ele orava constituía-se num poderoso magneto, pela Vida e Luz divinas que compenetravam todo o seu ser.

Nós que estamos empenhados no trabalho do mundo, forçados a fazer coisas que nos parecem sórdidas ou vulgares, pensamos muitas vezes que estamos afastados e impedidos de sentir a luz divina. Porém, se "fizermos todas as coisas como se fossem para o Senhor" e "formos fiéis nas coisas pequenas", veremos que, com o tempo, apresentar-se-ão ante nós oportunidades tais como jamais havíamos sonhado. Assim como a agulha magnética momentaneamente afastada do Norte por uma pressão externa, volta instantânea e ansiosamente à sua posição natural no momento em que se liberta da pressão, assim nós devemos cultivar tal anelo por nosso Pai, que fará com que nossos pensamentos se voltem imediatamente para Ele, quando tivermos terminado nosso trabalho cotidiano no mundo e ficarmos em liberdade de agir segundo nosso próprio impulso. Devemos cultivar um sentimento igual ao que anima os jovens enamorados quando, depois de uma ausência, voltam a encontrar-se e correm a se abraçar extasiados e saudosos. Esta é uma preparação para a oração absolutamente essencial, e, se voarmos em direção a nosso Pai da maneira indicada, a Luz de Sua presença e a doçura de Sua voz nos ensinará e nos acariciará além de nossas mais ardentes esperanças.

Primeira parte de: A Oração É Uma Invocação Mágica do livro A Teia do Destino

28/09/2014

As Festas de Aniversário - 2014 como exemplo

O Vaso "aos pés do Símbolo" uma marca singela 
Nunca postei neste blog nada sobre as festas comemorativas de aniversário do centro da Fraternidade Rosacruz em São Paulo, as quais durante vários anos ajudei a organizar e coordenar. Curiosamente vou registrar a comemoração deste ano, na qual não pude comparecer.

As fotos me foram cedidas por irmãos. Seja como for trata-se de uma tradição. Fundada em 18 de setembro de 1955, desde o seu primeiro ano de vida, a Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil sempre realizou sua festa comemorativa de aniversário, tendo como um momento solene a oficiação do Ritual do Equinócio de Setembro (Primavera no Hemisfério Sul), uma vez que esse centro nasceu dentro da órbita (3 dias antes) do Equinócio. É um momento em que os corações podem comungar no Ideal. Após o Ritual segue-se sempre uma parte artística realizada por irmãos e simpatizantes. Tudo muito simples, como pede nossa organização e onde o importante é a dedicação e o serviço de cada um conforme for o seu talento e o queira ofertar. (Veja no final da postagem, link para fotos da parte artística)

Com o passar dos tempos irmãos e irmãs trouxeram algumas dádivas que foram sendo incorporadas e curiosamente tornando-se tradicionais a despeito dos modernismos.

A primeira é o vaso florido colocado aos "pés do símbolo", segundo me lembro por repetidos comentários feito em todas as festas pelo saudoso irmão José Gonçalves Siqueira.

Depois seguiu-se a distribuição de botões de rosas a todos os presentes, no final do evento. Rosas estas que ficam perto do símbolo durante toda a reunião e portanto levam as vibrações do momento.

As rosas e a caixa com lembranças no templo, próxima ao símbol
Também há cerca de sete ou oito anos por ideia e sempre doação de um irmão, juntamente com as rosas, vai sempre uma pequena lembrança para cada amigo presente, a qual poderá ser utilizada como motivo de divulgação do centro. Abaixo a foto do que foi distribuído neste ano de 2014.

 Os magnetos que foram distribuídos  em um envelope azul
Após a reunião no Templo, na recepção da sede, outra atividade que uma vez iniciada e doada por alguns irmãos tornou-se hábito - o bolo - afinal é um aniversário.

O tradicional bolo de aniversário com seis rosas vermelhas e 1 branca
A última prática inserida, cerca de uns quatro anos, se não erro, e que aliás é muito coerente com nossa filosofia, é o que uma irmã chama de "o cantinho vegetariano" - uma mesa de frutas, lanches e sucos naturais.

Irmãos colaboradores em palestras e outros serviços, no "cantinho vegetariano

Detalhe do "cantinho vegetariano" 
Vista geral na recepção depois da comemoração no templo.
Enfim, as comemorações de aniversário do "corpo" de uma organização como é o centro da Fraternidade Rosacruz em São Paulo, considerem alguns como piegas ou não, constituem a meu ver, um momento onde o grupo responsável, querendo ou não, "deixa dormir" o seu lado objetivo e mental de transmissor de ensinamentos e, vivencia por uns momentos exatamente a palavra que batizou aquilo que estão comemorando: a fraternidade.

Dois irmãos grandes colaboradores na manutenção do "corpo" que está aniversariando
Assim, nesses momentos vemos os atuantes veteranos unidos aos simpatizantes; os entusiastas colaboradores jovens conversando com os idosos já alquebrado pelo serviço, os frequentadores assíduos acolhendo aos visitantes, etc...

Max Heindel nos auxilia no paradoxo - "se o coração pudesse livremente ditar nossas atitudes, a fraternidade universal seria uma realidade."

19/09/2014

A Casa do Estudante Rosacruz

Portão de entrada da Casa do Estudante Rosacruz - Campos de Jordão

A Casa do Estudante Rosacruz é uma propriedade que a Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil recebeu como doação no início da década de 1960 e que, apesar do grande esforço necessário para sua manutenção, mantém-se até hoje.  Os benefícios desse esforço estão muito bem explicados no artigo: A Iniciação e a Montanha, e devido a eles é que, de tempos em tempos, alguns irmãos responsáveis pela administração da Fraternidade, redobram os cuidados e atenção para com o local. Informações pelo telefone ou e-mail da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil

Entrada com visão geral da casa


(Clique nas fotos para ampliar)

Detalhes do quintal

Detalhe do quintal (frente da casa)

Sendo toda rodeada por árvores e outras plantas, em momentos de silêncio, alguns amiguinhos sentem-se à vontade para aparecerem, principalmente quando algumas frutas são colocadas em uma espécie de "comedouro" sobre um tronco. como vemos nos detalhes das fotos abaixo:

(Clique nas fotos para ampliar)
E por fim, não posso deixar de postar essa bela foto do sol através de uma árvore que um irmão fez quando colaborava na manutenção e pintura das "esculturas" de leões que ficam nas colunas do portão.

Portão de entrada visto da casa
Uma curiosidade:
Chamou minha atenção o leão (Leão de Judá) no quintal, ainda para ser colocado no portão, como se estivesse olhando para o sol entre as árvores - o Sol, a morada do Cristo. Duas vezes presente na foto o mesmo símbolo.
Veja também:

22/07/2014

Adversidade: Grande Mestra

Um editorial da revista Serviço Rosacruz em homenagem à Max Heindel
O verdadeiro espiritualista caracteriza-se pela incessante, honesta e realista procura do aspecto positivo de todas as coisas eacontecimentos. Não se deixa iludir pelas aparências. Perscruta causas subjacentes. Analisa motivações. Acautela-se em não emitir julgamentos precipitados. Constata, através de uma visualização profunda das coisas, em cada fato uma lição oculta, em cada dificuldade uma valiosa oportunidade de aperfeiçoamento.

Para o homem comum, incapaz de observar algo além dos matizes superficiais, o mundo em que vivemos não passa de um emaranhado de contradições. Ele só nota a presença do conflito e da desarmonia em tudo c em todos.

Em realidade, o mundo não é contraditório, mas sim a mente humana, obscurecida pela ignorância de si mesma. O homem vulgar, imperfeito como é, inclina-se sempre a enxergar a imperfeição, destacando em tudo os opostos e os antagonismos. Nada mais é do que um reflexo de si mesmo. Carece da necessária evolução para eximir-se de estampar as coisas com os rótulos de "bem" e "mal".

Cumpre ao estudante rosacruz, através do discernimento, observação e meditação, prevenir essa visão distorcida do mundo. A prática fiel do exercício de retrospecção, faculta-lhe, gradativamente, o conhecimento de si mesmo. Através dessa perspectiva de sua própria natureza, poderá evitar encontrar aquelas falhas que são suas — até então irregeneradas — nos múltiplos aspectos da existência. Tendo uma concepção superior daquilo que comumente é chamado de "bem" e "mal", tende a harmonizar-se com o mundo, por descobrir a finalidade última das coisas.

Essa disposição livra-o de sentir-se frustrado ou deprimido diante do fracasso, ou torna-o infenso aos deslumbramentos ilusórios do sucesso; evita-lhe o temor e o constrangimento ao reconhecimento do erro, ou, a falsa idéia de extrema e absoluta auto-suficiência após os acertos. Compreende, enfim, o quanto os sucessos são pontilhados de fracassos e os acertos são precedidos de erros. Recorda como os grandes inventores, por exemplo, enfrentaram equívocos diários para chegar, finalmente, ao seu sonhado invento. Assim, cientistas, literatos, economistas, empresários, artesãos, partiram de um determinado ponto, errando e retificando, equivocando-se e corrigindo, até à obra final. E mesmo algumas obras seculares ainda passam por contínuo aperfeiçoamento.

Quer no sentido material, quer no sentido moral, o mundo continua a ser uma grande escola, A experiência de cada dia, com suas múltiplas facetas de alegrias e tristezas, constitui sempre um passo a mais, empreendido na longa jornada do progresso. Via de regra, o sofrimento constitui uma forma construtiva de aprendizado, porque induz à correção, impele à ação, quebrando todos os imobilismos cristalizantes. As dificuldades muitas vezes deslocam o homem para outras veredas, porque as atuais, do ponto-de-vista evolutivo, talvez não lhe sirvam mais. A cada barreira surgida, transposta com fibra ou contornada habilmente, soma-se-lhe um grande lastro em forma de experiência.

Em seu livro História de Dervixes, Idris Shah, reproduz narrativa de Abdul Cadir, pensador árabe e santo sufi, em que se mostra de que maneira a adversidade é boa mestra. Um negociante perde todos os seus bens, inclusive a saúde, e procura, desesperado, o conselho sábio de um amigo, o sultão de Córdoba. Este manda que lhe sejam dadas cem ovelhas, com as quais o antigo negociante poderia recomeçar sua vida.

O rebanho, no entanto, morre vítima de uma epidemia. O sultão oferece mais cinquenta ovelhas ao amigo infeliz, e novamente uma série de acidentes reduz o personagem à penúria. O sultão agora oferece a ele vinte e cinco ovelhas. O pastor improvisado consegue, num esforço extraordinário, aumentar o rebanho, vendendo e comprando, orientando a reprodução e alimentando bem os aminais. Dois anos depois, o ex-negociante, agora o pastor mais próspero da região, visita o sultão para agradecer-lhe a ajuda. O monarca de Córdoba oferece-lhe, então, o reino de Sevilha. O antigo negociante não se contém e interpela o amigo: — "Por que não me ofereceu, logo da primeira vez, o reinado que me tiraria da pobreza?" O sultão explica: — "Se no dia em que levou as cem ovelhas para a montanha e as perdeu, tivesse assumido o governo de Sevilha, hoje não haveria ali pedra sobre pedra".

Max Heindel foi um exemplo dignificante do aprendizado em meio às dificuldades. Para consolidar a obra em Mount Ecclesia teve de reunir muita coragem. Foram tempos de heroísmo. Na carta aos estudantes de nº 20 lemos: "Deixado no mundo com os ensinamentos rosacruzes, foi-me comunicado que os divulgasse. Muitas vezes faltou-me a respiração, à medida que me dava conta da tarefa gigantesca posta sobre meus ombros e de como eu e minha esposa somos insignificantes. Freqüentemente, quando o trabalho parecia nos derrubar, orávamos para obter ajuda. Mas agora, olhando para trás, tomamos consciência das lições que aprendemos por meio das lutas".

Que jamais os obstáculos detenham nossa marcha em busca de um glorioso alvorecer.
        Publicado na revista Serviço Rosacruz, agosto, 1973
Carta 20 do livro Cartas aos Estudantes Max Heindel
Livro impresso Cartas aos Estudantes, Max Heindel

08/06/2014

“ O AMOR É A SOLUÇÃO PARA TODOS OS MALES”

                                                                                                               por Delmar Domingos de Carvalho
Com frequência, uso esta mensagem. Em minha opinião, cada vez está mais actual.

O problema reside no que entendemos sobre o que é o amor.

Para uns está ligado à sua tribo, à sua família, ao seu país, ao seu feudo, à riqueza material, às artes, às ciências, à saúde, ao sexo, e assim por diante.

No respeito pelas opiniões de cada pessoa, não vou analisar cada uma das faces antes mencionadas.

Permitam-me que faça a minha análise, ou melhor, que use algumas passagens do texto bíblico e alguns pensamentos sobre este grandioso tema: o AMOR.

Começo por fazer uma comparação entre o Amor e as leis.

Está acima de todas; é unificante; enquanto as Leis são separatistas. Ele é a Vida, por sua vez as leis são factores evolutivos, quando estão em sintonia com as Leis Cósmicas, doutro modo são fontes de injustiças, perseguições, etc.

“ O Amor “tudo tolera, nunca se irrita, nem procura o seu interesse, faz bem sem olhar a quem, não espera qualquer recompensa; não julga”. As leis regulam, julgam, geram o medo.

O Amor é fonte de inspiração, cadinho de milagres, espada libertadora, Força Cósmica de incomensurável Poder. As leis são a espada do julgamento, a força dos fracos…

Lembremos as mui sábias palavras do discípulo amado de Cristo, S. João Evangelista (Christian Rosenkreuz), na sua 1ª Carta: Se alguém disser: “ Eu amo a Deus, mas odiar o seu irmão, É MENTIROSO, pois quem não ama o seu irmão ao qual vê, como pode amar a Deus, que não vê?”

Antes Ele aconselha: …não amemos com palavras, nem com a língua, mas por acções e em Verdade.

Por sua vez S. Paulo alerta: Que podemos distribuir todos os bens em esmolas e até entregar o seu corpo para ser queimado, se não houver Amor nada vale. E logo adiante esclarece: O amor não procura o seu interesse, não se irrita, não pensa mal, alegra-se com a justiça, rejubila com a Verdade. Tudo suporta, tudo desculpa.

Face ao exposto, o que é, então, o Amor? Cada qual dará a sua reposta.

Luís de Camões afirmou, como se sabe, que O AMOR É FOGO QUE ARDE E NÃO SE VÊ.

No meu trabalho: O POSTAL ILUSTRADO NA VIA E OBRA DE LUÍS DE CAMÕES, NO TEMPO E NO ESPAÇO, está uma explicação sobre o que o será esse FOGO.

Capa do livro: POSTAL ILUSTRADO NA VIA E OBRA DE LUÍS DE CAMÕES, NO TEMPO E NO ESPAÇO

15/01/2014

A Cura Moral

         
por Gilberto Silos
Continua a causar perplexidade em todo o mundo, o fato de várias enfermidades ainda resistirem aos mais sofisticados recursos da medicina, utilizados para eliminá-las.

Nas peças orçamentárias de muitas nações, vultuosas importâncias são canalizadas para a saúde pública. A movimentação de tais recursos traduz-se na construção de bem aparelhados hospitais; na criação, manutenção e ampliação de centros de pesquisas; na formação de profissionais categorizados, etc. No âmbito da iniciativa privada encontramos laboratórios investindo constantemente na elaboração de novos medicamentos para com­bater diversos estados patológicos. Outras empresas valem-se de tecnologia altamente sofisticada na fabricação de instrumentos cirúrgicos, visando a atender as mais prementes necessidades da ciência médica. Mobiliza-se, portanto, toda a capacidade do cérebro humano para deter a ação desse flagelo chamado enfermidade. É um desafio sem fronteiras.

O estudante esoterista, dentro do seu campo particular de pesquisa científico-espiritual, deve procurar conhecer a gênese das enfermidades. Max Heindel, em sua obra "PRINCÍPIOS OCULTOS DE SAÚDE E CURA", oferece-nos interessantes subsídios a respeito. Diz o fundador da Fraternidade Rosacruz que, embora condições ambientais, mudanças climáticas, acidentes ou fatores hereditários, etc. pareçam constituir as causas determinantes da enfermi dade, sua origem encontra-se em nós mesmos, em nossa conduta moral. Nossas doenças provêm de uma errônea maneira de viver, pensar e sentir. São o resultado de erros passados ou presentes. Decorrem de nosso descuido em não atender ao chamamento interno de nossa consciência, constantemente, procurando sobrepor-se à nossa natureza interior.

Como membros da Fraternidade, fazemos a apologia do método de cura Rosacruz, transmitido a Max Heindel pelos Irmãos Maiores. Tal sistema sanador promove a saúde do corpo pela combinação da panacéia espiritual, naturismo, dietética e outros meios afins. O paciente, naturalmente, deverá observar certas normas componentes do método. O primeiro passo é entrar em contato por carta ou e-mail com um centro autorizado da The Rosicrucian Fellowship e solicitar formulário e maiores informações para o ingresso no "Serviço e Auxílio de Cura" . Será orientado através de correspondência. Receberá uma pequena tabela onde estão discriminadas as datas de cura e um exemplar do Ritual do Serviço de Cura. Nos dias apropriados, quando a lua transita por um signo cardeal, deverá, às 18:30 horas (19:30 horas quando horário de verão), retirar-se a um lugar tranqüilo. Em seguida mentalizará a Rosa Branca e Pura no centro do Símbolo Rosacruz, no muro oeste do Templo de Cura da Sede Mundial, concentrando-se, com toda a intensidade de que seja capaz, no AMOR DIVINO CURADOR e se possível realizar a leitura do ritual acima referido. (Vide Nota).


Nesses dias, o paciente deverá datar e assinar, com tinta lavável (não se deve usar caneta esferográfica) um formulário específico para esse fim. Ao cabo de 6 (seis) semanas consecutivas deverá remetê-lo ao Departamento de Cura, acompanhado de uma carta relatando suas atuais condições de saúde.