Do livro: Memórias sobre Max Heindel e a Fraternidade Rosacruz (1)
Max Heindel e a autora partiram de
Monte Eclésia no dia 1 de janeiro de 1919, uma quarta-feira, em direção a Los
Angeles a fim de colocar anúncio no jornal à procura de um tipógrafo.
Encontramos um casal. O homem tinha experiência em linotipo e tipografia, e a
mulher conhecia um pouco de encadernação. Regressamos na sexta-feira com o
carro carregado de legumes e outras coisas necessárias a uma instituição em
rápida expansão e localizada longe da cidade. A viagem ini-ciou-se às 5 horas
da manhã, para nos dar tempo de parar num mercado e encher o espaçoso carro com
os vegetais que necessitávamos. Chegamos em casa ao meio-dia, cansados e
famintos. Graças a Deus fomos abençoados com um casal na cozinha que
aparentemente estava satisfeito em cozinhar e lavar a louça.
Sábado à tarde, dia 4 de janeiro,
tínhamos a nossa celebração retardada de Ano Novo. Alguns de nossos amigos das
cidades vizinhas estiveram presentes para celebrar conosco e a biblioteca
estava cheia de rostos alegres. Nesta noite, Max Heindel era o mais animado de
todos e cantou várias canções com sua profunda e melodiosa voz. Uma canção de
que ele gostava muito era "Ben Bolt". No domingo e na segunda-feira
ele estava muito quieto e pensativo, trabalhando para organizar os seus papéis.
Estava desejoso que a autora lhe fizesse companhia no seu escritório. No seu
último dia de vida (6 de janeiro de 1919), por várias vezes pediu à autora, que
sentasse ao seu lado para conversar. Quando ela lhe respondia que não desejava
atrapalhar o seu trabalho, ele respondia: "Mas eu gosto muito de tê-la
por perto, adoro suas visitas." Alguns minutos depois das 16 horas ele
entrou no escritório dela com uma carta que havia escrito à agente postal.
Tratava-se de um requerimento para o correio organizar um sistema de entrega
diária para Monte Eclésia. Ele sempre fazia questão de ouvir a opinião da
autora sobre qualquer coisa que lhe ocupava a atenção.