24/04/2022

Tratamento e Cura

Faz-se distinção, na Filosofia Rosacruz, entre tratamento e cura. Tratamento é um processo exclusivamente físico. Cura é um processo tanto espiritual como físico.

Quando uma pessoa é tratada, significa que se submeteu, passivamente, a um trata mento imposto de fora, em resultado do qual, os sintomas de que se queixava, foram eliminados. Este tratamento, porém, oferece só um alívio temporário. Quando uma pessoa é curada, isso quer dizer que cooperou ativamente, tanto física como espiritual mente com o curador. Os sintomas de que se queixava são eliminados, mas há mais. Ele atingiu a compreensão das causas subjacentes, espirituais, do seu padecimento e deu os passos necessários para adotar procedimentos relevantes e conduzir-se em conformidade com as leis da Natureza. A cura é permanente, na medida em que se mantenha em obediência às leis naturais.

Existem três grandes fatores na cura: primeiro, o poder de nosso Pai Celeste; em seguida o curador; terceiro, a mente obediente do paciente, na qual o Poder do Pai pode agir, através do curador, de maneira a dissipar todos os males físicos.

Quando as pessoas procuravam Cristo Jesus para serem curadas, não esperavam tratamento físico, pois sabiam que seus alívios lhes seriam dados através do Poder do Espírito. Tinham uma fé profunda nos seus poderes de cura. Desde que "a fé sem ação, nada vale" esperava-se de cada suplicante uma cooperação ativa com o Curador. Quando obedecia à injunção de "estende a tua mão" ou "toma o teu leito e caminha", ele ficava curado. Estas eram simples condições, mas que tinham que ser obedecidas de tal maneira que o espírito de obediência pudesse ajudar o trabalho do curador. A mesma coisa continua sendo verdadeira hoje. É a desobediência - à lei natural - que traz a doença. A obediência às leis naturais cria no paciente as condições que permitem ao Poder de Cura trabalhar por intermédio do Curador e efetuar uma cura verdadeira e permanente.


QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

Esse artigo faz parte de uma coleção de textos sobre cura da seção "Healing" da revista "Rays from the Rose Cross" .Muitos deles foram traduzidos pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz". São distribuídos gratuitamente a todos os que se inscrevem no Serviço de Cura seja Estudantes ou não. Portanto são públicos. Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Veja mais como este aqui

06/04/2022

A Mais Importante Pergunta já feita a um Aspirante Rosacruz

por Jonas Taucci
Uma vez mais Cristo termina seu encarceramento anual na Terra e alça voo para os mundos celestes.


Uma vez mais ELE envolveu nosso planeta com sua força vital para que possamos nos renovar (Áries: “Eis que faço nova todas as coisas”, Apocalipse 21:05).

Este seu sacrifício terá que repetir-se inúmeras vezes antes que a humanidade possa desenvolver seu Cristo-Interno suficientemente para sua libertação final.

Nesta época do ano, as igrejas fazem a observância dos últimos dias de Cristo na Terra, onde sua prisão, flagelação, crucificação e ressureição são descritas nos Evangelhos.

Pierre Barbet, foi um médico cirurgião francês que viveu entre 1.884 e 1.961, autor do livro “A Paixão de Cristo Segundo o Cirurgião”. Nesta obra, ele descreve à luz da anatomia, os tremendos sofrimentos de Cristo em seus (fisicamente) últimos dias em nosso planeta, alicerçado nas informações dos Evangelhos e dados históricos de costumes da época.

(Leve-se em conta que carregar a cruz pelas ruas da cidade, sendo visto por todos até o local da crucificação, era uma das maiores humilhações impostas aos condenados).

Em LIÇÃO MENSAL DO ESTUDANTE (Oceanside, abril de 1973 – O Significado da Páscoa), nos é informado que,

“... na Páscoa se dá ênfase sobre o sofrimento suportado por Cristo durante seus últimos dias na Terra, e particularmente suas agonias sobre a Cruz. Estas poucas horas de dor intensa, sem dúvidas, não são nada comparadas com a agonia que Cristo agora sofre por nós... Ele atualmente carrega uma coroa de espinhos que provoca muito mais angústias que a coroa original colocada na cabeça de Cristo Jesus a dois mil anos passados. Seria oportuno, nesta época da Páscoa, prestarmos alguma atenção sobre os sofrimentos de Cristo: não tanto os que foram, mas os que são presentemente...”

A coroa de espinhos - aquela que atualmente confeccionamos e colocamos na cabeça de Cristo – consiste, principalmente, em nosso descaso para com os semelhantes necessitados.

* * * * * * * * *

No domingo de Páscoa, 19 de abril do ano 1.981, à tarde, houve no Centro Rosacruz de Santo André (foto abaixo), um “Reunião Pascal” sobre esta data. Praticamente todos os Centros Rosacruzes compareceram e seus representantes ocuparam a tribuna dissertando sobre a efeméride. Com convites enviados a muitas pessoas, divulgação prévia em jornais e emissoras de rádio, houve lotação máxima.

Um casal de idade avançada visitou o referido Centro pela primeira vez nesta ocasião.

Solicitaram informações, o que foram prontamente atendidos, sendo dito dos cursos, palestras, livros, revistas, folhetos etc.

Aquela senhora, apoiada no braço de seu marido, perguntou após ouvir as devidas explicações:

- Além de divulgarem e estudarem os Ensinamentos Rosacruzes, o que mais vocês fazem?


SUGESTÕES DE LEITURA 

* Conceito Rosacruz do Cosmos, Capítulo XV – Cristo e Sua Missão, ( O Mistério Do Gólgota)

* A Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I - perguntas 99 a 102. (Vide nota final)

* A Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol.II -  perguntas 78, 85, 96 a 99.(Vide nota final).

* Interpretação Mística da Páscoa.

* Carta aos Estudantes – Carta 53 – O Significado Cósmico da Páscoa.

NOTA: As perguntas e respostas acima citadas  podem ser baixadas em PDF aqui: 10 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRUCIFICAÇÃO E RESSURREIÇÃO

02/04/2022

Quando Cristo Voltará?

PERGUNTA:
De acordo com os Ensinamentos Rosacruzes, quando Cristo voltará?

RESPOSTA: A Bíblia diz verdadeiramente que o “dia e a hora nenhum homem conhece”. As pessoas que tentaram fixar uma certa data ou um certo ano para a Segunda Vinda, interpretaram de uma forma completamente errada o objetivo da missão de Cristo na Terra. O Seu ensinamento foi transmitido à humanidade a fim de que o princípio do “olho por olho, dente por dente” pudesse ser abolido, para que a lei do medo (de Deus) pudesse ser absorvida pela lei do amor. “A lei e os profetas foram até Cristo”, foi dito, mas sabemos que, mesmo hoje, a lei existe e é necessária. Portanto, é evidente que ela não foi abolida quando da vinda física de Cristo. É o despertar do Cristo “interno", a natureza interna do homem que abolirá a lei. Paulo fala deste advento como "Cristo sendo formado em vós". Enquanto Cristo não estiver formado dentro de nós, não estaremos prontos para a Sua Segunda Vinda. Angelus Silesius disse:

“Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém,
Se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida.
Em vão olharás a Cruz do Gólgota,
A menos que dentro de ti, ela seja novamente erguida”.

A Segunda Vinda de Cristo dependerá do momento em que um número suficiente de pessoas tornar-se semelhante a Ele, harmonizadas com o Seu princípio, para que, como diapasões do mesmo tom que vibram juntos quando um é tocado, sejam capazes de responder às vibrações Crísticas que serão estabelecidas na volta do Salvador. Por essa razão, este evento não pode ser calculado. Sempre que procuramos imitar Cristo e aplicamos os Seus ensinamentos, estamos apressando a Sua Vinda. Esforcemo-nos por isso.

Pergunta 102 do livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I Max Heindel

Significado das letras I.N.R.I.

PEGUNTA: Qual o significado das letras I.N.R.I. colocadas, às vezes, no topo da cruz?


RESPOSTA: Segundo a narração tirada do Evangelho, Pilatos colocou um letreiro na cruz de Cristo com as palavras "Jesus Nazarenus Rex Judaeorem" e isto é traduzido normalmente como "Jesus de Nazaré, o Rei dos Judeus". Mas, a iniciais INRI colocadas sobre a cruz representam os nomes em hebraico de quatro elementos: Iam, água; Nour, fogo; Ruach, espírito ou ar vital; e labeshah, terra. Esta é a chave oculta do mistério da crucificação, pois ela simboliza, em primeiro lugar, o sal, enxofre, mercúrio e azoto, que foram utilizados pelos antigos alquimistas para fazer a Pedra Filosofal, o sol vente universal, o "elixir-vitae". Os dois "Is" (Iam e Iabeshah), representam a água salina lunar: a - em um estado fluídico que contém sal em solução; b -o extrato coagulado desta água: o "sal da terra"; em outras palavras, os sutis veículos fluídicos do homem e seu corpo denso. N (Nour) representa o fogo em hebraico, e os elementos combustíveis, entre os principais o enxofre e o fósforo, são muito necessários à oxidação, sem os quais o sangue quente seria impossível. O Ego, sem esta condição de calor no sangue, não poderia funcionar no corpo, nem conseguiria uma forma de expressão material. R (Ruach) é o equivalente a espirito em hebraico, isto é, o Azoth que funciona na mente mercurial. Assim, as quatro letras INRI colocadas sobre a cruz de Cristo, de acordo com o relato dos Evangelhos, representam o homem composto, o Pensador, no momento de seu desenvolvimento espiritual, quando começa a se libertar da cruz de seu veículo denso.


Ampliando mais a elucidação deste ponto, notamos que INRI é o símbolo do candidato crucificado pelas razões seguintes:


Iam, a palavra hebraica para água, o fluido ou elemento lunar, que constitui a maior parte do corpo humano (cerca de 87%). Esta palavra é também o símbolo dos mais sutis veículos fluídicos do desejo e da emoção.


Nour, a palavra hebraica para fogo, é a representação simbólica do calor produtor do sangue vermelho que está carregado de ferro, fogo e energia do marcial Marte, e esse sangue é visto pelo ocultista como um gás circulando pelas veias e artérias do corpo humano infundindo-lhe energia e ambição, sem as quais não haveria progresso espiritual nem material. Também representa o enxofre e fósforo necessários para a manifestação material do pensamento, como já anteriormente mencionado.

 

Ruach, a palavra hebraica para indicar o espírito ou ar vital, é um símbolo excelente do Ego envolvido pela mente mercurial, que torna o ser humano homem, capacitando-o a controlar e dirigir seus veículos corporais e suas atividades de uma forma racional.

 

Iabeshah, a palavra hebraica para terra, representando a parte sólida, a carne do homem, e forma o corpo terrestre cruciforme cristalizado dentro dos veículos mais sutis ao nascer e separado deles ao morrer no curso normal das coisas, ou em um acontecimento extraordinário pelo qual aprendemos a morrer misticamente e ascender às gloriosas esferas superiores por uns tempos.

 

Este estágio do desenvolvimento espiritual do Cristão Místico requer uma reversão da força criadora de seu curso normal, donde normalmente desperdiça energia para satisfazer suas paixões, uma corrente dirigida para baixo através do tríplice cordão espinhal, cujos três segmentos são regidos, respectivamente, pela Lua, Marte e Mercúrio, e donde os raios de Netuno acendem o Fogo Regenerador Espiritual da Espinha Dorsal. Esta consciente elevação coloca em vibração o corpo pituitário e a glândula pineal, abrindo a visão espiritual. Isto golpeia o sinus frontal, o que dá início aos efeitos da coroa de espinhos; o latejar da dor à medida que a ligação com o corpo físico é consumida pelo sagrado Fogo Espiritual, que desperta este centro de sua milenar letargia começando a vibrar em direção a outros centros na estrela estigmatizada de cinco pontas. Elas também são vitalizadas e todos os veículos iluminam-se com o "Dourado Manto Nupcial". Então, num arranco final, o grande vórtice do corpo de desejos localizado no fígado fica livre, e a energia marciana contida nesse veículo impulsiona para cima o veículo sideral (assim chamado devido aos estigmas da cabeça, mãos e pés que estão situados na mesma posição dos da estrela de cinco pontas), o qual ascende através da caveira (Gólgota) enquanto o Cristão crucificado lança o grito triunfante: "Consummatum est" (está consumado), e começa a elevar-se às sublimes esferas siderais ao encontro de Jesus, cuja vida ele imitou com pleno êxito e de quem, desde então, é companheiro inseparável. Jesus é seu Mestre e seu guia para o reino de Cristo, onde todos estaremos unidos num só corpo para aprender e praticar a Religião do Pai, e onde no reino Ele possa ser Todo em Todos.

De Max Heindel em: FILOSOFIA ROSACRUZ EM PERGUNTAS E RESPOSTAS, Vol.II, Perg.78,