Mostrando postagens com marcador Páscoa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Páscoa. Mostrar todas as postagens

05/04/2025

O Maior Acontecimento da Humanidade e seu Tema Natal (Horóscopo): Algumas Considerações sobre a Semana Santa e a Páscoa

Por Jonas Taucci (*)

Nestes dias que antecede a Santa Estação da Páscoa, possa este artigo nos conscientizar do que foi (e está sendo) o sacrifício de Cristo em benefício da evolução espiritual da humanidade.

Incomensuráveis tempos atrás, um grandioso Ser Solar que havia cumprido as leis de sua esfera de ação com a máxima perfeição, tornou-se o Iniciado mais elevado da Onda de Vida Arcangélica, este Ser (o Cristo Cósmico) funcionava num veículo constituído de substância do Mundo do Espírito de Vida.

Numa fase mais adiantada do nosso esquema evolutivo septenário (após o início do Período Terrestre) verificou-se que o desenvolvimento de certos Espíritos Virginais não se processava com a mesma rapidez de outros, atrasando desta maneira a evolução do conjunto. Assim, os planetas foram separando-se do Sol de forma a servirem de campos de atividades destes Espíritos nos seus diferentes estados de desenvolvimento.

Inicialmente a Terra foi guiada pela terceira manifestação da Divindade; Jeová, o Iniciado mais avançado da Onda de Vida Angélica que utilizou as religiões de raça para conduzir a humanidade e este auxílio prestado ao homem nesta fase de seu desenvolvimento teve a participação de Hostes Angélicas sendo controlado a partir do exterior da Terra e do próprio homem.

Durante a Época Lemúrica tivemos a entrada de um novo fator: os atrasados da Onda de Vida Angélica (Espíritos Lucíferos) que embora necessitassem dum cérebro físico para sua evolução, nunca haviam aprendido a construí-lo, e por isto tentaram utilizar o cérebro do homem.

Conseguiram seu intento informando-o (pois a consciência da humanidade continuava ligada aos planos superiores) de que era uma estrutura física capaz de criar outros corpos físicos sem se sujeitar às estipulações de Jeová, tornando-se dono de si próprio e conhecendo “o bem e o mal”.

Consequentemente o homem, inexperiente e mal preparado, passou a viver para estas ambições egoístas, a mentir, desenvolver a vontade do Eu Inferior e revoltar-se contra os preceitos de Jeová que estabeleceu castigos severos por desobediência, dividindo a humanidade em raças e nações: assim, sempre que se tornava necessário punir no plano físico, uma nação ou raça era utilizada contra as outras; a cristalização tornou-se inevitável e, como havia passado a viver para a satisfação dos desejos inferiores, foi cristalizando-se cada vez mais, assim como nosso planeta, com uma intensidade enorme até que por fim o perigo de que toda a evolução humana na Terra cessasse se fez sentir claramente.

Na Bíblia há uma nítida diferenciação vibracional entre o Velho Testamento (religiões de raça) e o Novo Testamento (Cristianismo Esotérico) que pode ser percebida pelo atento aspirante rosacruz.

Para evitar a calamidade alicerçada no egoísmo e materialismo que assolava a Terra, foi necessário renovar o auxílio espiritual à onda de vida humana, e desta forma, Cristo (o Espírito do Sol) voluntariou-se ao Sacrifício Cósmico de ajudar do interior da Terra, como Espírito Interno, toda a humanidade.

Cristo, que nunca havia tido a necessidade de evoluir veículos adaptados a existência material, recorreu aos de Jesus, o Ego Humano mais evoluído dessa época, que cedeu - também voluntariamente - seus corpos físico e vital para esta finalidade.


Com auxílio dos Essênios, na juventude, os corpos Denso e Vital de Jesus foram aperfeiçoados e subtilizados de forma a sintonizarem-se com vibrações extraordinariamente elevadas e que mais tarde foram cedidos por Jesus à Cristo no BATISMO (o acontecimento mais importante já ocorrido na história espiritual da humanidade): foi o primeiro passo de Cristo em seu Sacrifício Cósmico e este Ser conhecido por Cristo Jesus tornou-se única entre todos os seres dos Sete Mundos Espirituais.


Unicamente ele possuía os doze veículos que unem diretamente o homem no corpo físico à Deus e ninguém melhor que Ele podia compreender com maior compaixão a posição e as necessidades humanas e trazer-lhes LUZ E ALTRUÍSMO.

Durante os três anos que pregou à humanidade, Cristo Jesus deu-nos a verdadeira Religião Cristã Esotérica: a unificação futura de toda a humanidade. O amor impessoal e a fraternidade humana são os dois grandes – embora essencialmente simples – mandamentos que constituem o alicerce necessário à nossa evolução espiritual.

Sobre a flagelação de Cristo profetizada por Isaias (52:14 e 15) sete séculos antes e narrada por Mateus (26:67 e 68),  na lição de Filosofia de março/abril de 1993 intitulada "O Primeiro Modelo", lemos o seguinte: 

“Sua face foi tão terrivelmente desfigurada que o aspecto de sua aparência não foi reconhecida como uma face humana. Não estamos acostumados a ver quadros, retratos e pinturas de Nosso Senhor com a face e corpo brutalmente golpeados: sem dúvidas isto é uma pequena parte do verdadeiro relato do que Ele passou antes que fosse levado para o Gólgota”.


A crucificação ocorreu no momento em que Cristo deu o passo final e se tornou o Espírito Planetário Interior da Terra: na pressão da coroa de espinhos e dos cinco ferimentos do seu corpo, o sangue que jorrou destes centros vitais penetrou no planeta, libertando Cristo dos veículos físicos de Jesus e tornando-O Espírito da Terra que neste instante foi permeada com seu Veículo de Desejos, inundando – espiritualmente – a Terra.

Assim, purificou-se o Corpo de Desejos da Terra (o Corpo de Desejos de cada um de nós constitui-se num trabalho individual) libertando-a de influências maléficas que haviam sido acumuladas e fazendo-as nefastas para a humanidade. A partir disto, todos os que se esforçam por purificar seus próprios veículos, acelerando seu processo evolutivo espiritual, estão tecendo seu Dourado Manto Nupcial e promovendo um passo importante no nascimento de seu Cristo Interno.

Desde então, a responsabilidade do controle e direção da Terra passou de Jeová para Cristo e do exterior para o interior do planeta, rasgando-se o Véu do Templo, ou seja, a Iniciação Espiritual abriu-se a todos e em consequência deste extraordinário sacrifício, Cristo agora tem de viver parte do ano limitado à Terra (setembro-Libra à março-Áries), sentindo todo o ódio e discórdia que a humanidade gera diariamente e com o auxílio de seres extremamente evoluídos como Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, transmutam-se diariamente estas setas de infâmia, inveja e egoísmo humano em fatores positivos através do poder de sua Força de Vida; Entretanto, todo mal – em pensamentos, palavras e atos – que praticamos, lhe são dolorosos, como se estivéssemos forçando terrivelmente a coroa de espinhos em sua cabeça, como a dois mil anos passados.

Nosso comportamento aumenta ou diminui seu sofrimento; Cristo realizou e continua a realizar tanto por nós, pagando com sua própria dor e limitação, que atualmente temos e teremos por um longo tempo, uma enorme dívida com Ele.

Podemos começar a saldá-la, mesmo que modestamente, apenas e tão somente se vivermos existências de pureza e serviço. Eis a razão pela qual o escopo central dos Ensinamentos Rosacruzes constitui-se no SERVIR e AMAR a humanidade; apenas e tão somente iremos remover a pedra que sela o sepulcro de Cristo, se removermos nosso egoísmo, inveja e maledicências.

A isto denomina-se TRABALHO ALQUÍMICO.


(*) O artigo constitui-se de excertos da Lição Mensal do Estudante da The Rosicrucian Fellowship, dezembro de 1978, “Cristo: Contexto de Sua Vinda e Missão” e da Lição Mensal de Filosofia (também da TRF), março-abril de 1993, “O Primeiro Modelo” e que foram utilizadas em palestras nos Centros Rosacruzes de São Paulo, Santo André e Penha pelo probacionista Antonio Pereira no início de 1994 e aqui acrescidas de ilustrações da revista Rays from the Rose Cross da The Rosicrucian Fellowship.

02/04/2023

A Páscoa Consciente

Cristo orando no Getsêmani depois da Última Ceia enquanto os discípulos dormem. Pintura do artista franco-alemão Martin Schongauer (1448-1491).

Por Jonas Taucci 

Estamos nos aproximando da Páscoa.

Uma das passagens relatadas no evangelho de Mateus (26: 36 a 46) informa onde - no Getsêmani e por três vezes - Cristo encontrou seus discípulos dormindo (“porque seus olhos estavam pesados”) após ter dito a eles que iria orar.

Com certeza nestes últimos dois milênios há quem possa ter afirmado (!) que jamais dormiria estando Cristo por perto, tão sublime companhia.

Max Heindel nos diz que os Evangelhos são fórmulas iniciáticas, onde vários de seus relatos possuem – em suas entrelinhas – verdades cósmicas revestidas de alegorias.

Esta passagem orienta o aspirante rosacruz a que não esteja dormindo aos sofrimentos de seus irmãos, que não fiquemos deitados nas apenas informações obtidas. O conhecimento que possuímos dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, se não focado a mitigar os pesares alheios, nos fará dormir (olhos pesados).

Ao afirmar que jamais dormiríamos perto da tão sublime companhia (Cristo), deveríamos nos conscientizar de que os necessitados são sublimes companhias, e é imperioso estarmos despertos para elas, prestando auxílio.

Uma das mais belas páginas escritas sobre este assunto, foi retratada no Editorial da revista Serviço Rosacruz de maio, ano 1982, publicada pelo Centro Rosacruz de São Paulo (abaixo reproduzida parte) e que foi tema de várias palestras nos Centros Rosacruzes de Santo André, São Paulo, Lapa e Penha, nos anos seguintes por ocasião da Páscoa, conjuntamente com a Lição Mensal do Estudante da The Rosicrucian Fellowship de Abril - ano 1981 - intitulada “O significado da Páscoa”.

“A literatura rosacruz nos oferece-nos fascinantes temas para estudos e meditações, mas nem os elogios estampados nos mais famosos jornais da época, muito menos as expressões entusiásticas dos leitores, afastavam Max Heindel da realidade: de pouco valor seriam os Ensinamentos Rosacruzes, se lograssem apenas informar ou enriquecer cabedais de cultura, sem entretanto, sensibilizar o íntimo de cada leitor.

Isto, diante dos mais elevados objetivos da Ordem, seria um fracasso lamentável.

Que as revelações das obras rosacruzes empolgam, não há como duvidar, todavia, abstenha-se o aspirante rosacruz de permanecer nesse estágio; se configurada tão somente como alimento intelectual, esta vasta literatura não cumpriria com sua edificante finalidade.

Os Ensinamentos Rosacruzes quando nas mãos de diletantes, constituem pérolas atiradas aos porcos. Infelizmente algumas pessoas são conduzidas às portas da Fraternidade Rosacruz por mero diletantismo intelectual, não lhes sobrando nenhuma motivação de ordem espiritual. Sua curiosidade, entretanto, não lhes ensejará mais que tímidos passos na Senda; buscam novidades. Mas, não há novidades, e sim verdades antigas em novas roupagens, em vestimentas desconhecida do grande público. As novidades não se encontram em inusitadas formas de apresentação exigidas pela época, mas sim na constante descoberta interna daquilo que o aspirante rosacruz vive.

Cabe a ele encontrar nas entrelinhas das obras rosacruzes, o “evangelho do serviço”.



Ainda que seja apropriado – nesta época do ano - dedicarmos uma meditação sobre a Páscoa e o sacrifício de Cristo pela humanidade, também será correto participarmos das alegrias e júbilos desta Santa Estação, desde que nos prontifiquemos a sermos - na prática - colaboradores conscientes do Cristo na elevação da Onda de Vida dos Espíritos Virginais.

“Para os iluminados, a Páscoa simboliza o amanhecer de um alegre dia em que toda a humanidade, como Cristo, será permanentemente liberada dos apertados confins da materialidade para converter-se em colunas e fortalezas na Casa do Pai, do qual não sairão mais”. (Max Heindel, frase inserida na Lição Mensal do Estudante, da The Rosicrucian Fellowship – citada acima).


João Tralci (sobrenome semelhante ao meu, mas sem vínculos parentescos) foi um probacionista que colaborou entusiasticamente e por longo tempo no Centro Rosacruz de São Paulo, na administração da Casa do Estudante (cidade de Campos do Jordão), trabalho este que realizou de forma brilhante.

Tralci foi – na essência e âmago da palavra – um AMIGO.


Certa vez - poucas semanas antes da Páscoa - Tralci organizou um passeio com várias pessoas da Fraternidade e suas respectivas famílias.

Desta forma, munidos de lanches vegetarianos, sucos naturais e frutas, num domingo pela manhã ensolarada, vários automóveis partiram do Centro Rosacruz de São Paulo em direção a um marco localizado na Rodovia Anhanguera, onde todos puderam degustar os lanches, terem edificantes conversas sobre os Ensinamentos Rosacruzes e lerem a inscrição deste marco.

Com o decorrer dos anos o marco (indicativo geográfico idealizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) passou por várias mudanças em seu visual, mas o que permanece até os dias hoje é o exemplo da amizade exercida e o trabalho deixado pelo AMIGO Tralci.

06/04/2022

A Mais Importante Pergunta já feita a um Aspirante Rosacruz

por Jonas Taucci
Uma vez mais Cristo termina seu encarceramento anual na Terra e alça voo para os mundos celestes.


Uma vez mais ELE envolveu nosso planeta com sua força vital para que possamos nos renovar (Áries: “Eis que faço nova todas as coisas”, Apocalipse 21:05).

Este seu sacrifício terá que repetir-se inúmeras vezes antes que a humanidade possa desenvolver seu Cristo-Interno suficientemente para sua libertação final.

Nesta época do ano, as igrejas fazem a observância dos últimos dias de Cristo na Terra, onde sua prisão, flagelação, crucificação e ressureição são descritas nos Evangelhos.

Pierre Barbet, foi um médico cirurgião francês que viveu entre 1.884 e 1.961, autor do livro “A Paixão de Cristo Segundo o Cirurgião”. Nesta obra, ele descreve à luz da anatomia, os tremendos sofrimentos de Cristo em seus (fisicamente) últimos dias em nosso planeta, alicerçado nas informações dos Evangelhos e dados históricos de costumes da época.

(Leve-se em conta que carregar a cruz pelas ruas da cidade, sendo visto por todos até o local da crucificação, era uma das maiores humilhações impostas aos condenados).

Em LIÇÃO MENSAL DO ESTUDANTE (Oceanside, abril de 1973 – O Significado da Páscoa), nos é informado que,

“... na Páscoa se dá ênfase sobre o sofrimento suportado por Cristo durante seus últimos dias na Terra, e particularmente suas agonias sobre a Cruz. Estas poucas horas de dor intensa, sem dúvidas, não são nada comparadas com a agonia que Cristo agora sofre por nós... Ele atualmente carrega uma coroa de espinhos que provoca muito mais angústias que a coroa original colocada na cabeça de Cristo Jesus a dois mil anos passados. Seria oportuno, nesta época da Páscoa, prestarmos alguma atenção sobre os sofrimentos de Cristo: não tanto os que foram, mas os que são presentemente...”

A coroa de espinhos - aquela que atualmente confeccionamos e colocamos na cabeça de Cristo – consiste, principalmente, em nosso descaso para com os semelhantes necessitados.

* * * * * * * * *

No domingo de Páscoa, 19 de abril do ano 1.981, à tarde, houve no Centro Rosacruz de Santo André (foto abaixo), um “Reunião Pascal” sobre esta data. Praticamente todos os Centros Rosacruzes compareceram e seus representantes ocuparam a tribuna dissertando sobre a efeméride. Com convites enviados a muitas pessoas, divulgação prévia em jornais e emissoras de rádio, houve lotação máxima.

Um casal de idade avançada visitou o referido Centro pela primeira vez nesta ocasião.

Solicitaram informações, o que foram prontamente atendidos, sendo dito dos cursos, palestras, livros, revistas, folhetos etc.

Aquela senhora, apoiada no braço de seu marido, perguntou após ouvir as devidas explicações:

- Além de divulgarem e estudarem os Ensinamentos Rosacruzes, o que mais vocês fazem?


SUGESTÕES DE LEITURA 

* Conceito Rosacruz do Cosmos, Capítulo XV – Cristo e Sua Missão, ( O Mistério Do Gólgota)

* A Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I - perguntas 99 a 102. (Vide nota final)

* A Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol.II -  perguntas 78, 85, 96 a 99.(Vide nota final).

* Interpretação Mística da Páscoa.

* Carta aos Estudantes – Carta 53 – O Significado Cósmico da Páscoa.

NOTA: As perguntas e respostas acima citadas  podem ser baixadas em PDF aqui: 10 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRUCIFICAÇÃO E RESSURREIÇÃO

03/03/2021

A Páscoa e o Compositor Rosacruciano

Até onde tenho conhecimento, este é o primeiro registro fotográfico de um Centro Rosacruz (ligado à Sede Mundial, Oceanside), no Brasil. Trata-se da fundação do Centro Rosacruz de Santo André, na data acima informada, com (então) localização na Rua Campos Salles, 129, na cidade de Santo André, estado de São Paulo.


O casal Ana e Armando Tempera (abnegados rosacrucianos, oriundos da Itália); Mario Sparapani; Milton José Ribeiro (raramente deixava de comparecer às reuniões); João Baptista Ribeiro da Silva; Maria Ribeiro da Silva; Luís Mario Salvini (palestrante de astrologia);Edmundo Teixeira (além de palestrante, escreveu muitos artigos, e, na reforma dp Centro Rosacruz de São Paulo, em 1984, contribuiu financeiramente de forma substancial).


Cristovam Martins (colaborou muito na parte financeira), Francisco Phelipp Preuss (austríaco, palestrante e virtuose quando tocava cello), Raul Guerreiro (excelente violinista; em seu apartamento, nas tardes de sábado, reunia os amigos para saraus musicais que jamais esquecerei), João Dodero (uma vida dedicada a trabalhar pela Fraternidade), Isis.

 

Severino Gomes (apresentador oficial das comemorações de Natal e aniversário da Fraternidade), José Facchini, Dorothea Bloss Kubitzki (alemã, doou ao Centro Rosacruz de Santo André um órgão, eximia musicista, organista e mezzo-soprano, colaborou anos com sua voz e talento ao órgão).

 

Tive a felicidade de conhecer muitos destes irmãos e irmãs; foram verdadeiras “colunas” dentro da Fraternidade Rosacruz, numa época em que se pagava aluguel de uma sala onde realizavam-se as reuniões, além de água, luz, faxina, material de limpeza, administrativo, correio etc.

 

No transcurso das décadas – durante o mês em que se observava a Páscoa – realizavam palestras semanais sobre este assunto.

 

No próximo dia 20 de março de 2.021, às 06h39m HB (Horário de Brasília), o Sol ingressará no signo zodiacal de Áries, inaugurando um novo Ano Astrológico.

 

No dia 28 deste mesmo mês, às 15h48m HB, acontece a Lua Cheia (eixo Sol/Áries – Lua/Libra), sendo o domingo seguinte celebrada a Páscoa (04 de abril).

 

A divina mensagem que chega com o advento da Páscoa, difere em significado segundo o grau evolutivo de cada indivíduo. Quando Cristo foi crucificado no gólgota, seu gigantesco sacrifício para com a humanidade apenas iniciou-se; ELE nos visita anualmente:

 

MARÇO – SOL EM ÁRIES – FOGO:

Cristo inicia sua volta ao Mundo do Espírito de Vida, Páscoa.

 

JUNHO – SOL EM CÂNCER – ÁGUA

Cristo no Mundo do Espírito de Vida, recompõe seus veículos e assimila a essência do serviço prestado à Terra.

 

SETEMBRO – SOL EM LIBRA – AR:

Cristo inicia sua volta à Terra.

 

DEZEMBRO – SOL EM CAPRICÓRNIO – TERRA:

Cristo atinge o centro da Terra, infundindo todo seu amor ao nosso planeta, Natal.

 

Sem este trabalho anual do Cristo, toda a evolução concernente ao planeta Terra estaria irremediavelmente perdida.

A Fraternidade Rosacruz possui Rituais (Equinociais e Solsticiais) específicos para estas datas, contendo - em cada um deles - as portentosas vibrações concernentes a cada um destes pontos da Trajetória Anual do Cristo.

 

Se o ingresso do Sol nestes signos é o ponto determinante para estas sacras datas, a posição da Lua nestes mesmos (cardinais) signos, semanalmente, chancela o Ritual Rosacruz de Cura. Vemos desta forma, a LUMINOSIDADE CRÍSTICA dos Ensinamentos Rosacruzes.

 

Ao aspirante rosacruz, fica a certeza de poder contribuir com Cristo nesta empreitada: praticar seus ensinamentos. 

 

A libertação – definitiva – de Cristo referente a esta trajetória, não será obtida como resultado de erudição humana (sejam de quais forem as religiões, filosofias ou doutrinas), intelecto desenvolvido, aquisições de conhecimentos, textos escritos/lidos ou mesmo de (apenas) fé. “A fé sem as obras, é morta” - Tiago 02-26.

 

Será obtida – segundo os Ensinamentos Rosacruzes - somente após um número suficiente de nossa humanidade ter desenvolvido seu Corpo-Alma, como um instrumento apto e radiante. Max Heindel nos informa de como podemos construir este luminoso Corpo: sacrificando nossa personalidade em favor do serviço abnegado aos nossos semelhantes. Como estamos – individualmente – contribuindo para com isto?

 

Muito comum na Páscoa, ouvirmos estrofes de músicas alusivas à Ressurreição de Cristo em vários segmentos religiosos, espiritualistas ou esotéricos.

 

Contudo, ao aspirante rosacruz fica a tarefa de compor uma outra estrofe:- Não esquecer os desassistidos.

 

A origem etimológica da palavra “ALELUIA”, tão utilizada nos domingos de Páscoa e maravilhosamente musicada pelo compositor barroco Georg Friedrich Handel (1.685-1.759), na obra O Messias – movimento “Aleluia”, vem do hebraico, onde:

 

HALLELU: adorar e louvar.

YAH: abreviação da palavra Deus.

 

Aqui, o sincero e fiel aspirante rosacruz deve entender este significado como a adoração e louvor ao seu Eu-Superior; sua Divindade Interna preenchendo seus pensamentos, palavras e ações.


Na Lição abaixo, de nossa Sede Mundial, há um poema (não informado o autor), que nos dá subsídios do que devemos realizar para vivenciarmos plenamente a Santa Estação da Páscoa o ano todo:

Esta é a OBRA a ser realizada pelo aspirante rosacruz...



SUGESTÕES DE LEITURA

- Ritual Rosacruz do Equinócio de Março, a ser oficiado, sob orientação de nossa Sede Mundial (Oceanside), no dia 19 de março deste ano de 2.021. (veja aqui)

- Interpretação Mística da Páscoa -  Max Heindel. (aqui)

- Filosofia Rosacruz em P&R –  Max Heindel, Volume I – Pergunta 89. (veja aqui)

- "Que o Mundo se Rejubile" - de Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol.III  - PDF (baixe aqui)

- O Manto de Cristo, livro do autor americano Lloyd C. Douglas (1.877-1.951).

Artigo por Jonas Taucci

As Festas Cristãs

Pergunta: Há um significado oculto nas várias festas anuais cristãs?

Resposta: Sim, as festas do ano têm o mais profundo significado oculto. Do ponto de vista material, os planetas não passam de massas de matéria circulando em suas órbitas em obediência às chamadas leis cegas. Mas, para os ocultistas, são Grandes Espíritos movimentando-se no espaço como nós nos movimentamos no mundo.

Quando vemos um homem gesticular, atribuímos sempre um certo significado aos seus gestos. Se sacode a cabeça, sabemos que está desaprovando uma determinada proposição, mas se assentir com ela deduzimos que a está aprovando. Se gesticula com as palmas das mãos voltadas para si, sabemos que está pedindo para alguém ir ao seu encontro, mas se as palmas estão viradas para fora, está avisando alguém para permanecer longe. No caso do universo, nunca imaginamos algum significado relacionado à posição dos planetas. Mas, o ocultista encontra o mais profundo significado em todos os diversos fenômenos celestes. Eles correspondem aos gestos do homem.

Krishna significa ungido, e quem tivesse uma missão especial a cumprir era assim consagrado nos tempos antigos. Quando no inverno o Sol encontra-se abaixo do Equador no ponto nadir de seu percurso, os impulsos espirituais são maiores no mundo. No entanto, para o nosso bem-estar material, é necessário que o Sol volte novamente para o hemisfério norte. Por isso, referimo-nos ao período em que o Sol inicia a sua jornada em direção ao norte como Natal (Christmas), o aniversário do Salvador, ungido para salvar-nos da fome e do frio que resultariam se tivesse que ficar sempre no Sul.

Enquanto o Sol passa rumo ao Equador, ele atravessa o signo de Aquarius, o aguador, e durante esse período a terra é inundada pelas águas da chuva, simbolizando o batismo do Salvador. Em seguida, ocorre a passagem do Sol através do signo Pisces, os peixes, no mês de Março. As provisões do ano anterior foram todas consumidas, e o alimento do homem fica escasso. Por isso, temos o longo jejum da Quaresma. A alimentação com peixe simboliza a característica desta fase da jornada solar. Depois vem a Páscoa (Passover) quando o Sol passou sobre o Equador. Esta é a época da Páscoa, quando o Sol está no seu nodo oriental. Este cruzamento do Equador é simbolizado pela crucificação ou crucifixão do Salvador. O Sol transita em seguida pelo signo de Áries, o Carneiro, tornando-se o Cordeiro de Deus, que é oferecido pela salvação do mundo na estação em que as plantas começam a brotar. Para que o sacrifício possa verter-se em benefício do homem, ele (o Sol) deve ascender nos céus quando os seus raios puderem fazer amadurecer a uva e o milho. Assim, temos a festa da Ascensão do Salvador ao Trono do Pai, que ocorre no solstício de verão, em Junho (Hemisfério Norte). Ali o Sol permanece por três dias, quando a frase “Dali ele irá voltar”, realiza-se a partir do momento em que inicia a sua passagem em direção ao nodo ocidental. Na época em que passa pelo signo de Virgo, a Virgem, temos a festa da Assunção e, mais tarde, ao deixar esse signo, a Natividade da virgem parece nascer do Sol.

A festa judaica dos Tabernáculos ocorreu na época em que o Sol estava cruzando o Equador no seu trânsito para os meses invernais. Essa festa era acompanhada pela pesagem do milho e pela safra do vinho, que eram as dádivas do Deus solar aos seus devotos humanos.

Como constatamos, todas as festas do ano são ligadas aos movimentos das estrelas através do espaço.

De Max Heindel em: FILOSOFIA ROSACRUZ EM PERGUNTAS E RESPOSTAS, Vol.I, Perg.89, Max Heindel 


06/04/2012

O Regozijo da Páscoa

Síntese de uma palestra realizada na Fraternidade Rosacruz em São Paulo

A cada Páscoa nos regozijamos com a renovação. O milagre do Cristo ressuscitado nos inspira – na medida em que estejamos em uníssono com esse sentimento, levando-nos além das trevas da matéria. Graças a esse auto sacrifício anual de Cristo, podemos mais uma vez efetuar um novo começo em nossas atividades. Um renovar.

Como disse Max Heindel: “Para aqueles que escolheram trabalhar consciente e inteligentemente com as Leis Cósmicas, a Páscoa tem um grande significado: A liberação anual de Cristo e Sua ascensão - seu retorno – para Seu verdadeiro lugar. Esse acontecimento leva-nos ainda a meditação do fato de que somos peregrinos aqui na Terra, e que o verdadeiro lugar do Espírito está em um reino celestial. Para alcançarmos esse Reino, devemos realizar um auto sacrifício através das oportunidades de serviço que temos na vida material, até que possamos libertar-nos permanentemente dos grilhões da matéria e consequentemente, da morte”

Como poderemos realizar essa tarefa? Como poderemos subir até o Gólgota, conduzindo nossa Cruz, e uma vez crucificados, dizermos também: “Pai perdoa, eles não sabem o que fazem”? Quando poderemos também proferir : “Está consumado”!

CRISTO É O NOSSO IDEAL

Este é o primeiro preceito do Estudante Rosacruz. O caminho vivido e dramatizado por Cristo é o caminho de todo Aspirante. Também viveremos a Ascensão e a Páscoa.

Lembremos que Cristo disse: “E eu, quando for levantado da terra atrairei todos a mim mesmo. Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer”. ( João 12: 32,33 ).

Devemos tentar compreender exatamente como Cristo atrairá todos a Si mesmo, a fim de imitá-lo.

A prática dos Cristianismo Esotérico não consiste simplesmente em ações de ordem material, mas em ações espirituais de profundidade assombrosa. Todos os sistemas religiosos são adaptados ao povo para o qual foi dado, mas a Religião de Cristo é Universal. Nosso destino é chegarmos a verdadeira forma de sermos religiosos. Max Heindel nos adverte no CONCEITO que devemos “viver uma vida religiosa”

Disse ainda Cristo. ”Toma sua Cruz e segue-me”. Não há limitações ou concessões. Ele disse somente: “Segue-me”, dando Ele próprio o exemplo. Não somente levando Sua cruz e sendo crucificado, mas representando dramaticamente cada um dos detalhes. O mesmo é válido para nós – Cristos em formação. Tomar realmente nossa cruz é algo mais que cantar hinos ou falar nos evangelhos, por mais edificante que isso possa ser. ‘Tomar a nossa Cruz é a prática do impulso espiritual interno.

Essa prática – a arte de levar a cruz – não pode ser adquirida em uma só vida, senão que se aperfeiçoa na medida que avançamos em evolução e expansão de consciência, aperfeiçoando-nos nas formas de servirmos a Deus.

Devemos avaliar nossas possibilidades espirituais e observar quais as melhores formas de serviço que podemos prestar a humanidade dentro de nossas condições atuais, pois recordemos que Cristo não veio buscar a uns poucos, mas a todo aquele “que queira”. Assim como a Sua visão era Universal, também a nossa visão deve ser.

Uma vez assumida a nossa Cruz, passaremos por todos os mesmos percalços da via crucis – do caminho para o Gólgota. Muitas vezes, mesmo sob o aspecto material – exterior - mas principalmente, sob o aspecto espiritual. A batalha entre a natureza inferior e superior é um fato real.

Eliminar gradualmente a influência da natureza inferior, nutrir a vida superior em todos os aspectos e oportunidades que se apresente, essa é a nossa meta. transcender sempre.

A cada vitória uma Ressurreição, – uma Renovação – uma Páscoa !

21/04/2011

Domingo de Páscoa

Foi através da autora do texto Domingo de Ressurreição (abaixo), Kittie Skidmore Cowen, que conheci a "Rays from the Rosecross". O irmão Siqueira apreciava muito os artigos e poemas de Kittie e em uma de suas primeiras conversas que teve comigo, me emprestando uma de suas "Rays" antigas, onde a irmã Kittie já aparecia como editora, lembro-me que ele disse: "ela era contemporânea do casal Heindel e era professora". Isto foi no ano de 1984. Só muito mais tarde, através da leitura de um artigo em sua memória, ou melhor, dois artigos escritos pelo casal Corinne e Theodore Heline, é que tomei conhecimento do valioso serviço que essa escritora e professora prestou em Oceanside, por cerca de 30 anos, até a data de seu falecimento em abril de 1951.

Domingo de Ressurreição
É Domingo de Ressurreição. Um súbito silêncio e uma quietude momentânea invadem a Natureza. Por uma fração de segundo o tempo se detém. Se você é suficientemente sensitivo pode sentir por um instante, o grande coração da Terra estremecer dolorosamente para, em seguida, palpitar alegre e jubilosamente. Se nesse instante permanecemos alertas, podemos perceber como as ígneas salamandras se detêm frente as suas chamejantes forjas sobre as quais fazem os carvões carmesins. Também podemos sentir a atividade vital suspensa nas múltiplas sementes que esperam obedientemente o despertar. Detêm-se o fluir dos grandes rios subterrâneos, os vapores da terra; a lava fluídica detém as suas tumultuosas expansões e os átomos minerais suspendem a sua vibração.

Sc tudo isto está gravado em sua consciência o seu inteiro ser, em êxtase, entra em harmonia com o grandioso evento Cósmico que está tendo lugar no centro do planeta, e perceberá como a superfície total da Terra se colore num instante com uma luz que não é alaranjada nem amarela; é cor de ouro. É um manto em forma de chuvisqueiro, vivo, palpitante, um halo dourado que envolve o mundo. Por um instante, ante seus olhos assombrados, o globo interno explode numa dourada labareda de luz iridescente, da qual brotam milhões de luminosas línguas de fogo que seespargem no espaço infinito.

É Domingo de Páscoa. a verdade lhe está sendo revelada. O Grande Espírito Solar, O Cristo, se retira da Terra. Pode ser que você não O veja, mas pode perceber a glória e sentir o poder da Luz Celestial que O rodeia e que é uma parte do Seu Divino Ser.
Traduzido por um Probacionista ,publicado na revista Serviço ROSACRUZ de fev. de 1964