por Jonas Taucci
Durante uma viagem que realizei, de trem, entre Roma (Itália) e Barcelona (Espanha), pude ver - em vários trechos - o espetacular Mar Mediterrâneo. O trem subiu pela costa oeste italiana, antes de entrar em território francês, e posteriormente a Espanha. Fui agraciado, em dado momento, com um maravilhoso e inesquecível pôr do sol.
Custou-me acreditar que
esta cena – a enorme e portentosa bola de fogo a deitar majestosamente no
horizonte mediterrâneo – fosse palco de uma das batalhas mais sangrentas da
história: As Guerras Púnicas, acontecidas a mais de dois milênios.
RESUMIDAMENTE: AS GUERRAS PÚNICAS
***Foram batalhas,
em número de três, entre Roma e Cartago (cidade estado do norte da África),
sendo que na primeira, o conflito bélico naval foi horrível nas águas do famoso
mar.
***Entraram em
guerra pelo controle marítimo do Mar Mediterrâneo; rota importantíssima de comércio
e também área vital militar.
***Estas três
Guerras Púnicas ocorreram entre os anos 264 AC e 146 AC, com vitória romana,
que passou a chamar este mar de Mare Nostrum (mar nosso), sendo fator
importante para a consolidação do posterior Império Romano (27 AC à 470 DC,
aproximadamente).
***Durante mais
de um século o ódio imperou entre cartagineses e romanos, em terríveis batalhas
navais e terrestres.
Estas informações constam
em livros de história, contudo há um lado oculto (e posterior) a isso,
informado por Max Heindel, em sua obra Ensinamentos
de um Iniciado – capítulo IX – Luz mística sobre a guerra mundial
(1914-1918) – Parte I – Fontes Secretas;
***Os cartagineses
renasceram na Prússia (Alemanha) e os romanos renasceram em Albion (como também
é conhecida as Ilhas Britânicas); o ódio entre ambos continuou, agora como
palco a 1ª Grande Guerra Mundial.
Aqui um ponto importante
para o aspirante rosacruz: a morte não aplacou a belicosidade entre estes
espíritos, que se envolveram em novas (contudo antigas...) batalhas, por volta
de dois mil anos depois das Guerras Púnicas. O ódio perdurou, ainda que em
época e nacionalidades diferentes.
Max Heindel, em Cartas aos Estudantes # 47 (Os
Auxiliares Invisíveis e o Seu Trabalho nos Campos de Batalha), escrita em
outubro de 1.914 (em plena 1ª Guerra Mundial), solicitou a todos que orassem pela
paz mundial: as espadas sendo
fundidas em arados. Atualmente, não temos uma guerra
mundial propriamente dita, contudo existem seriíssimos conflitos étnicos,
religiosos, políticos etc. ao redor do planeta, causando muitos sofrimentos e
mortes.
Nossa Sede Mundial
(Oceanside), nos orienta a meditarmos pela paz mundial, quando a Lua transita
pelos signos de água (Câncer, Escorpião e Peixes).
Os Signos aquosos estão relacionados com o aspecto sentimento, afetividade, coração e devoção
Cristo, no evangelho de
João (14:27) diz:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não a dou como a dá o mundo”.
À LUZ DOS ENSINAMENTOS ROSACRUZES:
***Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou. (a paz do
Cristo Interno de cada um de nós).
***Não a dou como a dá o mundo. (paz temporária, externa, governamental, política).
Não devemos entender esta
passagem, como Cristo transferindo a SUA
paz a cada ser humano. Evidente que
todos os anos, Ele nos visita, abençoando-nos com seu infinito amor, contudo a
paz a que Ele se refere, é a paz interna de cada um de nós, conquistada pelo
aspirante, resultante do desabrochar do Cristo Interno. Procuremos ler e
meditar esta passagem, calmamente, do evangelho de João, como sendo os dizeres
de nosso Cristo Interno.
Iremos nos maravilhar.
O Sr. Heindel, em Iniciação Antiga e Moderna
(capítulo II – O Altar de Bronze e o Lavado) é enfático: “Não é o Cristo externo que salva, mas o Cristo Interno”.
E no Ritual Rosacruz de Dezembro,
voltado ao Natal, lemos ao final:
“É um fato sublime nós sermos Cristos em formação; quanto mais cedo
nos convencermos que devemos dar nascimento ao Cristo Interno antes de podermos
ver o Cristo exterior, mais depressa chegará o dia da nossa iluminação
espiritual. Cada um de nós será, oportunamente, conduzido pela Estrela até ao
Cristo, mas é necessário acentuar, que não seremos conduzidos a um Cristo
exterior, mas ao Cristo que esta no Interior”.
A paz, particular de cada
um de nós, “fermentada” pelo
nosso Cristo Interno, quando conquistada por um número significativo da
humanidade, irá abolir todo vestígio de guerras na Terra.
Nesta e em vidas futuras...