10/12/2011

Uniões Continentais (I)


por Delmar Domingos de Carvalho
NOTAS PRELIMINARES

“Para manter a Paz ...deverão reunir todos o eleitos pelos diversos povos numa Assembleia Coordenadora Mundial, com sede, sucessivamente, na Europa, Ásia, África e América (l), de maneira a não ser violado o princípio da igualdade entre os Continentes.”
João Amós Coménio
( l ) Atualmente acrescentar-se-á a Oceânia.
      Quão longínquo estamos desta utopia comeniana, em parte inspirada em J.A.Andrea?
Todavia, para lá caminhamos, é tudo uma questão de tempo!
Atualmente, estamos a aprender a unirmo-nos em Organismos relacionados com os continentes, mas essencialmente sob uma visão financeira, mais ou menos egoísta. Analisando todos esses organismos, não há dúvidas que a UE é o processo mais rico e avançado, com uma atividade positiva em vários ângulos, mas necessitando de reformas urgentes.
Na REVISTA “INFORMAL”, número 28, de Janeiro a Março de 2000, já passaram 11 anos, editada pela Embaixada da Alemanha em Portugal, está uma entrevista sob o título: A POLÍTICA NO PRÓXIMO SÉCULO, VISÃO DE UM JOVEM POLÍTICO.
Vamos inserir alguns pontos de maior interesse, isto em nossa opinião.
O entrevistado, o mais jovem Deputado do Bundestag desde a criação da República Federal da Alemanha, de nome Carsten Schneider, do SPD, Partido Social Democrata alemão, com 28 anos, em 2000, respondeu a diversas questões, todas mais ou menos importantes, mas realçamos aquela em que o entrevistador lhe perguntou: Que papel desempenharão as instituições supranacionais no próximo século ( ou seja XXI) ? Será que existirá um Governo Mundial?
"As organizações supranacionais têm melhores condições de resolver conflitos mais rápido e eficazmente do que as complicadas sessões de negociações. Mas as Instituições Supranacionais sofrem frequentemente de legitimação. Superar esta realidade é tarefa dos Estados Nacionais e das próprias Organizações supranacionais. SE HAVERÁ UM GOVERNO MUNDIAL AINDA NÃO SE SABE.”
Concluindo, este jovem Deputado alemão, da ex-RDA, admite até a hipótese de já no Século XXI poder existir um Governo Mundial! Grande abertura mental, um exemplo.
Contudo, isso vai demorar muito mais tempo.
Agora, neste momento, face aos graves problemas desde pedofilia, comércio de órgãos, de crianças, de crimes financeiros, hoje, carrega-se num botão e uma quantia incalculável pode ser transferida para paraísos fiscais, etc, e muitas das vezes, dinheiro sujo, a segurança mundial, a poluição do ar, do mar, etc, e outros casos só poderão ser resolvidos com Organismos supranacionais, com poderes e meios para cada caso específico e isso exige que cada país perca uma parte da sua soberania a favor da sua própria sobrevivência.
Temos à frente graves problemas por resolver desde ambientais como sociais, e eles vão exigir uma colaboração a nível mundial.
Ou temos mente aberta e começamos já a criar os meios, etc, ou esses problemas poderão aumentar e ocasionar sérios efeitos, quiçá, catastróficos.
É Hora de mudar de políticas em todas as áreas desde a educação até à saúde; da cultura até aos direitos humanos; da segurança até à economia.
È tempo de reconhecer que estes sistemas já não dão as respostas necessárias, pelo que urge melhorar e renovar, de modo a que cada cidadão e suas associações possam ter uma maior participação, desde a sua localidade até ao nível mundial, numa união com as suas congéneres para bem da Humanidade.
É tempo de abrirmos as nossas mentalidades e encontrar soluções universais para problemas que cada vez mais são globais.
(continua)

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