30/05/2022

Destruindo as Vibrações da Enfermidade

por Max Heindel (*)
A pergunta seguinte foi-nos enviada por um médico osteopata:

Pergunta: Durante uma fase de tratamento, podemos destruir as vibrações da enfermidade para que elas não voltem depois desse tratamento ter terminado?

Resposta: Se lêssemos nas entrelinhas, sentiríamos nesta pergunta duas dificuldades muito comuns na prática da Osteopatia e aos métodos afins de tratamento pela imposição das mãos. Nesse processo há duas operações distintas. Uma, é a de retirar do paciente uma substância venenosa e prejudicial, provocadora da doença; a outra, consiste numa emissão de energia vital realizada pelo próprio médico. Todos que já realizaram esse tipo de trabalho sabem disto, porque foi e é sentido pelos que obtiveram sucesso por essa forma. No entanto, a menos que o médico ou curador estejam transbordando saúde, duas coisas são passíveis de acontecer: ou o miasma humano retirado do paciente poderá afligi-los de modo que, para usar uma expressão comum, "eles passam a assumir o estado" do paciente ou, ao transmitirem uma quantidade expressiva da sua própria energia vital, ficarão completamente exauridos. Ambas as condições podem combinar-se e, então, chega o dia em que o médico ou o curador ficam completamente esgotados e são forçados a repousar.

Curadores magnéticos, considerados não científicos, escapam frequentemente da primeira condição citada "livrando-se do magnetismo", como dizem, mas estão todos sujeitos a um esgotamento. Isso é algo que ninguém consegue escapar, salvo aquele que pode ver o eflúvio etérico que extrai e o fluído vital que transmite. A maioria das pessoas atuam como vampiros quando doentes, e quanto mais fortes e robustas elas normalmente são, pior se tornam quando a doença as derruba na cama. Nunca me senti tão doente como depois de ter tratado um gigante que, ao sofrer de uma intensa inflamação dos rins, ficou acamado por mais de duas semanas. Assistir à sua agonia foi terrível, e dei-me inteiramente a ele, chegando a um estado de esgotamento total. O paciente, no entanto, levantou-se no dia seguinte melhor do que nunca. Tinha-lhe transferido a minha vitalidade, e eu absorvi a sua doença ou, pelo menos, os eflúvios dela, dos quais só consegui me livrar após três dias. Isso aconteceu, claro, antes de eu ter adquirido a visão espiritual.

Desde então, adquiri um conhecimento considerável neste campo, e o consulente achará a seguinte indicação valiosa por evitar essas condições indesejáveis: Primeiro, fixe o seu pensamento firmemente de maneira a não permitir que o eflúvio miasmático que deixa o corpo do paciente penetre em seu corpo além do cotovelo. Segundo, ao ministrar o tratamento deixe o paciente de vez em quando e lave as suas mãos, se possível, com água corrente, mas, de qualquer maneira, lave-as sempre e troque a água tantas vezes quanto possível. A água tem um efeito duplo. Em primeiro lugar, o miasma saindo do corpo do paciente tem uma afinidade com a água. Em segundo lugar, a umidade que fica em suas mãos capacita-o a retirar o miasma do paciente numa medida que, de outra forma, ser-lhe-ia difícil.

O princípio que rege este processo é o mesmo quando pegamos os eletrodos de um acumulador elétrico e colocamo-los na água. Assim, descobrimos que o efeito da eletricidade se intensifica muitas vezes mais se tentarmos tocar a água.

Da mesma forma conosco: seríamos o acumulador elétrico no caso, e nossas mãos estando úmidas iriam atrair o miasma para nós numa intensidade muito maior do que de outra forma. Se as condições não permitirem a obtenção de água, devemos tentar livrar-nos do magnetismo, mas será necessário sermos cautelosos, porque quando lançamos o magnetismo para fora, ele é atraído para a terra por estar sujeito à gravidade. Para a visão espiritual, é um fluido escuro, um tanto preto, semelhante a uma gelatina. Ele fica no solo tremeluzindo e ondulando. Mas, se o paciente aliviado levantar-se da cama onde o tratamento foi feito e for para o local onde este magnetismo foi jogado, o miasma entrará novamente no seu corpo e ele ficará em piores condições do que antes de ter iniciado o tratamento. Portanto, o melhor procedimento é lançar esse miasma para fora da janela, ou ainda melhor, colocá-lo numa lareira e queimá-lo.

Segundo o que foi dito, torna-se evidente que a imposição das mãos é algo que não deveria ser praticado indiscriminadamente por qualquer um que não tenha passado por um período de treinamento numa das várias escolas adequadamente equipadas de Osteopatia, Quiroprática, etc.. Na escola Rosacruz, os Probacionistas que levam vidas dignas são treinados sob a orientação especial dos Irmãos Maiores.

(*) Pergunta 42 do livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Max Heindel

27/05/2022

O ANTIGO E O NOVO

Cristo na presença de Pilatos, Mihály Munkácsy, 1881

por Gilberto Silos
No entendimento de Marcel Proust, “a verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas paisagens, mas em possuir novos olhos”.

Para o autor de “Em Busca do Tempo Perdido”, é importante o ser humano encontrar e desvendar novos aspectos da realidade que ele já conhece, antes de ficar observando superficialmente as novidades.

Ao homem moderno parece não interessar a procura do transcendente nas coisas, pessoas e fatos do cotidiano. Sua descrença ou desdém por tudo que a visão ilusória de seu ego entende como simples, medíocre ou prosaico, lhe embaça os olhos para a profundidade das coisas. Sedutor é o brilho fugaz da grandiloquência. Enganosa é a importância relativa que lhe é dado perceber pelos seus sentidos físicos, com aval da mente. Muitas vezes tudo não passa de grandiosidade superficial, sem raízes fincadas em essências eternas.

Huberto Rohden nos chama a atenção sobre a necessidade de observar e valorizar essas miudezas do dia a dia no seu belo poema “Fazer Grandemente as Pequenas Coisas”. Dessa valorização podem nascer a paz e o sentido da vida que muitas pessoas procuram.

Isso tudo vale tanto para o homem comum, como para aquele que busca na espiritualidade um sentido para sua vida. “Possuir novos olhos” pode ser o caminho para evitar o engano de imaginar a “verdade” contida apenas no grandioso. “Que é verdade?”, perguntou Pilatos a Jesus e não obteve resposta.

Antes de escolher um novo caminho na espiritualidade, é bom ver com os olhos renovados a estrada já percorrida. Talvez até nos surpreendamos com o que deixamos de perceber: dentro do antigo, um novo caminho, uma verdade até então desconhecida.

A cada instante a vida se renova e nós nos renovamos sem o perceber. Somos o mesmo, e dentro do mesmo, somos outro.

22/05/2022

DIÁLOGOS POÉTICO-MÍSTICO-GNÓSTICOS - VIII


EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA (do autor no início da obra)

Apesar de o autor ser um estudioso da filosofia rosacruz, dada ao mundo por Max Heindel, este trabalho não foi escrito com qualquer pretensão doutrinária de acrescentar alguma nova ideia ou tese na mística ou na gnose, e muito menos a leviandade de corrigir algo. Representa tão-só uma conjugação do espírito poético do autor e da síntese de conhecimentos que foi adquirindo e que os vê e sente, obviamente, a seu modo, na referida forma poética – amiúde também em tom aforístico – e sob a forma de diálogo. O leitor por certo, vai observar que quem assim escreve, para além dos evangelhos e outros textos canónicos também tem dado atenção aos escritos apócrifos que, seja qual for a ideia que se tenha deles, vieram lançar não diremos uma nova visão do cristianismo, mas uma visão porventura mais completa e por isso mais esclarecedora. Possa o amigo leitor, no ambiente poético criado, intuir as verdades (não propriamente aqui explicitadas), mas que existem por todo o sempre na sua objectividade, e que só a nossa muita ignorância lhe dá a subjectividade necessária para ir percorrendo caminho.




02/05/2022

ECOS DA PÁSCOA

Christos anesti! de Icone Bizantine Arbereshe - Fonte: Facebook (aqui)

por Jonas Taucci (*)
Muito utilizada após o advento da informática, a palavra ÍCONE é derivada do grego EIKON: aquilo que evoca um significado através de uma pintura, símbolo, gravura, signo ou marca.

Este verbete também designa – religiosamente e em sua grande maioria de origem grega e russa - retratos de Deus, Cristo, santos, profetas etc.. Ícones eram conhecidos como “a bíblia dos que não sabem ler”. Sua origem é bastante remota, cerca do ano 988 DC, na Rússia, em seus estilos artísticos mais conhecidos.

Helene Hoerni Jung (1914-2014, a filha de Carl Gustav Jung), em várias de suas obras considera significativa certas cores nos ícones, bem como chaves, objetos, portas, expressões corporais, e que não devemos entender ícone apenas como uma obra religiosa-artística, mas também como sendo mensagens pictóricas para a humanidade. A finalidade de cada ícone, segundo ela, é uma situação humana a ser desenvolvida internamente em cada um de nós.

A Sra. Helene Jung em seu livro “Maria, Imagem do Feminino”, subjetivamente descreve e analisa de forma minuciosa mais de uma dezena de ícones (inclusive o abaixo) sobre a mãe de Jesus: do nascimento de Maria à sua morte, alicerçada em passagens dos evangelhos canônicos e apócrifos, além de orações antiquíssimas.

Ícones são encontradas em igrejas, principalmente ortodoxas, museus e reproduções em várias lojas de artes e livrarias religiosas.
O ícone acima, do russo Andrei Rublev (1360-1430), encontra-se no Mosteiro da Trindade de São Sérgio na cidade de Sagork e retrata o local de sepultamento de Cristo; o famoso pintor certamente se baseou no 16º capítulo do Evangelho de Marcos para realizar esta obra, que nos mostra a pedra removida e o túmulo sem o corpo de Cristo que ressuscitou, além de Maria Madalena, Maria (mãe de Tiago), Salomé e um anjo.

Isto pode ser analisado à LUZ DOS ENSINAMENTOS ROSACRUZES:

Ainda estamos sob as vibrações do última Páscoa, e seria oportuno uma meditação sobre:

-Quais são minhas “pedras internas” a serem removidas para que meu Cristo Interno possa nascer?

- Qual o significado de um "anjo" (divindade) sentado (sobrepondo-se) na pedra (materialidade)?

Em tempos de Páscoa o aspirante Rosacruz vê salientada a realidade de que o mundo espiritual constitui a verdadeira casa do espírito, sendo suas peregrinações na Terra, lições a serem aprendidas e assimiladas, onde o resultado será o ESPÍRITO QUE SE APERFEIÇOOU e se tornará assim um pilar na Mansão do Pai, de onde não voltará as sair.

A cruz representa o símbolo do homem na trilha da evolução: crucificar nossa natureza inferior (egoísmo), negando a si próprio (personalidade), para se libertar da matéria (pedra), e desta forma desabrochar o Cristo Interno (ressurreição).

Após a crucificação, Cristo se tornou o Espírito Planetário da Terra. A pressão da coroa de espinhos e dos cinco ferimentos de seu corpo físico, no sangue que jorrou destes centros vitais, penetrou nosso planeta, libertando Cristo do veículo físico de Jesus, tornando-se assim o Espírito Interno da Terra; neste instante, esta foi permeada com seu veículo de Desejos que assim ”lavou os pecados do mundo”, embora não os de cada indivíduo. Desta forma, purificou-se o corpo de Desejos da Terra, libertando-a das influências maléficas que se haviam acumuladas.

A partir de então, todos os que se esforçarem por purificarem (“remoção de pedras internas”) seus corpos (Denso, Vital, Desejos e Mente) terão acesso ao nascimento de seu Cristo Interno.

Desde a crucificação, a responsabilidade do controle e direção da Terra passou de Jeová para Cristo, e do exterior para o interior de nosso planeta. O véu do Templo foi rasgado (a iniciação abriu-se a todos os dignos de a receber).

Em consequência deste extraordinário sacrifício, Cristo agora vive parte do ano limitado à Terra; cada um de nossos pensamentos, palavras e atos irá aumentar ou diminuir seu sofrimento.

Eis a razão do motivo central de todos os ensinamentos da Fraternidade Rosacruz, ser o de amar e auxiliar nossos semelhantes.

(*) Resumo de uma palestra realizada nos Centros Rosacruzes de São Paulo e Santo André, no ano 2.000 (ano de comemoração do 45º aniversário de fundação destes Centros). Palestra baseada na Lição Mensal do Estudante (Oceanside), dezembro de 1978 – “Cristo, Contexto de Sua Vinda e Missão”.

01/05/2022

INSPIRADOS PELO AMOR

Uma atitude corajosa e otimista é essencial para manter a nossa saúde, bem como para ajudarmos outros que estejam doentes. Há uma razão científica para isso, mas, só será revelada plenamente pela filosofia oculta.

A energia do Sol flui constantemente em nosso corpo por meio do baço, um órgão especialmente adaptado para a atração e assimilação desse éter universal. No plexo solar esse éter é convertido em um fluído rosado que banha o sistema nervoso. Por melo deste fluído vital os músculos se movem e os órgãos desempenham suas funções vitais. Quanto melhor for a saúde, maior será a quantidade deste fluído solar que poderem" absorver, mas dele só utilizamos uma parte; o excesso é irradiado do corpo em linhas retas. Os germes das doenças não poderão entrar do exterior devido a essas invisíveis rápida torrentes de força e os micro-organismos que entrem no corpo com o alimento são mente expelidos. Não obstante, toda a vez que tivermos pensamentos de medo ou de ódio, o baço funciona mal e deixa de especializar o fluído vital em quantidade suficiente. As linhas de força curvam-se, permitindo assim o acesso fácil aos organismos deletérios que podem então se alimentar nos nossos tecidos, sem nenhuma oposição, causando as doenças.

Além disso, os pensamentos de medo e de ódio tomam forma e com o decorrer do tempo se cristalizam naquilo que nós conhecemos como micróbios das doenças infecciosas são particularmente, a incorporação do medo e do ódio e por isso, só poderão ser vencidos pela força contrária — coragem e amor. Se estamos perto de uma pessoa infectada por doença contagiosa, temendo o contágio, é quase certo atrairmos para nós os micróbios venenosos, mas se pelo contrário, nos aproximarmos de tal pessoa em atitude mental destemida, escaparemos da infecção, particularmente se o fizermos inspirados pelo amor.

 QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

Esse artigo faz parte de uma coleção de textos sobre cura da seção "Healing" da revista "Rays from the Rose Cross" .Muitos deles foram traduzidos pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz". São distribuídos gratuitamente a todos os que se inscrevem no Serviço de Cura seja Estudantes ou não. Portanto são públicos. Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Veja mais como este aqui