03/04/2019

Sobre a Extraordinária Vida Crística de uma Veterinária Ateia

por Jonas Taucci
Talvez por trabalhar a anos em pesquisas de livros, com catalogação aproximada em torno de um milhão cento e quinze mil, em vários idiomas, uma amiga de minha família procurou-me recentemente, contando haver um sério problema com sua filha:

- Ela é formada em veterinária, vegetariana, possui sua clínica e consultório próprio, atende também - uma vez por semana – gratuitamente. Participa de trabalhos voluntários para cuidar de animais abandonados.

Possui ainda o projeto de criar um “hospital vegetal”, onde cuidará de árvores, plantas, flores definhadas etc., com música (!), terra adubada, luz solar, água energizada com instrumentos musicais, poda e... amor.

É uma ótima filha, irmã, esposa, mãe e amiga, sempre dedicando sua vida ao auxílio dos desassistidos, visitando enfermos em hospitais. Contudo, ela é ateia. Você teria algum livro para me indicar, nas áreas religiosa, espiritualista ou esotérica para que eu possa dar lhe dar? Estou preocupada!

Respondi a esta senhora, que sua filha é um exemplo para toda a humanidade, e deixo claro que não estou promovendo qualquer apologia ao ateísmo, contudo as palavras de Cristo (Mateus 7:21), determina o tom:

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”.

Vivemos em uma época em que, “meia dúzia de toques” em nosso celular, nos levará a várias religiões, seitas doutrinas, e – para nós, aspirantes rosacruzes - a todos os livros escritos por Max Heindel.

Conhece-los, nos fará alcançarmos o nascimento de nosso Cristo Interno?

Absolutamente, não.

Em Cartas aos Estudantes Max Heindel nos diz:


Impactante a frase do Sr. Heindel?

Aqui – também – nenhuma apologia a não se ler, mas o que estamos efetivamente fazendo com o conhecimento lido? Satisfazendo nosso apetite intelectual?

O profeta Jeremias (650 A.C. – 586 A.C.), nos revela uma das mais sublimes exaltações que existe com respeito ao nosso Eu Superior, sua expansão em nosso ser, e consequentemente o nascimento do Cristo Interno.

“Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde, e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto”. (Livro de Jeremias 17:08).

Basta - apenas - substituir a palavra “Senhor” por “Eu Superior”, e teremos uma citação iniciática:

“Bendito o homem que confia no seu Eu Superior e cuja esperança é o seu Eu Superior. Porque ele (o Eu Superior) é como a árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde, e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto”.

*** Bendito, bênçãos ao homem que confia e deposita esperança em seu Eu Superior: a prática do que se aprende.

*** Torna-se sempre alimentado pela iluminação, estendendo essa luz a todos seus corpos (denso, vital, de desejos e mente).

*** Este, não receia quando se aproxima as adversidades, pois confia em sua origem divina, sabedor da existência das leis do renascimento, causa/efeito e principalmente sua prerrogativa epigenética.

*** Mesmo em períodos difíceis, não abandona sua assistência aos seus semelhantes e demais reinos da natureza.

*** Agindo desta forma, produz – internamente – frutos doces e saborosos (o desenvolvimento espiritual).

Um dos maiores sintomas da ignorância constitui-se na ilusão do conhecimento.

02/04/2019

A Missão de Cristo e Seu Derramamento de Sangue

PERGUNTA
A missão de Cristo não poderia ter sido cumprida sem um método tão drástico como o da crucificação?

RESPOSTA: Poderia ter sido cumprida sem o método específico da crucificação, mas era uma necessidade absoluta que o sangue fosse derramado. Há vários graus de mestres e cada um requer diferentes condições para o cumprimento de sua tarefa. Alguns mestres, como Moisés e Buda, vêm para uma determinada nação e ajudam-na, eles mesmos desenvolvendo-se através desse trabalho. Os dois mestres mencionados acima atingiram um ponto tal em seu desenvolvimento, que seus corpos se tornaram luminosos. Ouvimos dizer que o rosto de Moisés chegou a brilhar tanto, que ele necessitou usar um véu.

Buda tornou-se luminoso no momento da sua morte. Cristo atingiu o estágio da luminosidade no momento da Sua transfiguração. Torna-se muito significativo que a parte mais importante do Seu trabalho, Seu sofrimento e morte, ocorreram após o evento da transfiguração. E enquanto tornou-se necessário para Moisés, Elias, Buda e outros mestres anteriores renascer repetidas vezes, a fim de carregar os pecados do seu povo, Cristo apareceu apenas uma única vez num corpo físico e não necessitará novamente usar tal veículo. Quando o espírito deixa o corpo de forma natural, leva consigo certas impurezas ao retirar-se lentamente do sangue coagulado. Mesmo num corpo tão puro quanto o de Jesus havia impurezas. A morte violenta, que fez o sangue fluir intensamente, liberou o Ego de Cristo do sangue num movimento brusco, abandonando toda impureza existente, de forma que Cristo emergiu do corpo de Jesus imaculado e sem os laços do destino que geralmente acompanham a vida no corpo denso.

Embasados no mesmo princípio, reconhecemos que embora atualmente ocorram guerras lamentáveis do ponto de vista humano, também é patente para o ocultista que elas purificam o sangue da raça, de modo que a humanidade se torna gradualmente menos violenta e mais espiritual. Podemos ainda dizer que também nisso se reflete a característica redentora do sacrifício dos animais. Quando a

humanidade passou pelo estágio animal, não possuía sangue vermelho repleto de paixão como nossos animais têm hoje. Não éramos tão evoluídos. Os animais de hoje, embora inferiores em evolução, encontram-se numa espiral mais elevada. Enquanto estamos sofrendo sob a Lei de Consequência, por termos de vencer as nossas paixões com a nossa própria força de vontade, os animais estão sendo ajudados e mantidos sob controle pelos seus espíritos-grupo. Quando atingirem o estágio humano no Período de Júpiter, tornar-se-ão uma humanidade superior, livre das paixões que fizeram deste mundo um lugar tão desolador. Desta forma, a natureza sempre transmuta qualquer mal que possamos cometer num bem mais elevado.

Respondendo à pergunta, podemos dizer que, no caso de Cristo, a morte violenta foi necessária porque capacitou o Espírito Cristo a retirar-se do corpo de Jesus sem reter quaisquer das impurezas inerentes ao veículo meramente humano.

Pergunta 101 do livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I Max Heindel