06/04/2012

O Regozijo da Páscoa

Síntese de uma palestra realizada na Fraternidade Rosacruz em São Paulo

A cada Páscoa nos regozijamos com a renovação. O milagre do Cristo ressuscitado nos inspira – na medida em que estejamos em uníssono com esse sentimento, levando-nos além das trevas da matéria. Graças a esse auto sacrifício anual de Cristo, podemos mais uma vez efetuar um novo começo em nossas atividades. Um renovar.

Como disse Max Heindel: “Para aqueles que escolheram trabalhar consciente e inteligentemente com as Leis Cósmicas, a Páscoa tem um grande significado: A liberação anual de Cristo e Sua ascensão - seu retorno – para Seu verdadeiro lugar. Esse acontecimento leva-nos ainda a meditação do fato de que somos peregrinos aqui na Terra, e que o verdadeiro lugar do Espírito está em um reino celestial. Para alcançarmos esse Reino, devemos realizar um auto sacrifício através das oportunidades de serviço que temos na vida material, até que possamos libertar-nos permanentemente dos grilhões da matéria e consequentemente, da morte”

Como poderemos realizar essa tarefa? Como poderemos subir até o Gólgota, conduzindo nossa Cruz, e uma vez crucificados, dizermos também: “Pai perdoa, eles não sabem o que fazem”? Quando poderemos também proferir : “Está consumado”!

CRISTO É O NOSSO IDEAL

Este é o primeiro preceito do Estudante Rosacruz. O caminho vivido e dramatizado por Cristo é o caminho de todo Aspirante. Também viveremos a Ascensão e a Páscoa.

Lembremos que Cristo disse: “E eu, quando for levantado da terra atrairei todos a mim mesmo. Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer”. ( João 12: 32,33 ).

Devemos tentar compreender exatamente como Cristo atrairá todos a Si mesmo, a fim de imitá-lo.

A prática dos Cristianismo Esotérico não consiste simplesmente em ações de ordem material, mas em ações espirituais de profundidade assombrosa. Todos os sistemas religiosos são adaptados ao povo para o qual foi dado, mas a Religião de Cristo é Universal. Nosso destino é chegarmos a verdadeira forma de sermos religiosos. Max Heindel nos adverte no CONCEITO que devemos “viver uma vida religiosa”

Disse ainda Cristo. ”Toma sua Cruz e segue-me”. Não há limitações ou concessões. Ele disse somente: “Segue-me”, dando Ele próprio o exemplo. Não somente levando Sua cruz e sendo crucificado, mas representando dramaticamente cada um dos detalhes. O mesmo é válido para nós – Cristos em formação. Tomar realmente nossa cruz é algo mais que cantar hinos ou falar nos evangelhos, por mais edificante que isso possa ser. ‘Tomar a nossa Cruz é a prática do impulso espiritual interno.

Essa prática – a arte de levar a cruz – não pode ser adquirida em uma só vida, senão que se aperfeiçoa na medida que avançamos em evolução e expansão de consciência, aperfeiçoando-nos nas formas de servirmos a Deus.

Devemos avaliar nossas possibilidades espirituais e observar quais as melhores formas de serviço que podemos prestar a humanidade dentro de nossas condições atuais, pois recordemos que Cristo não veio buscar a uns poucos, mas a todo aquele “que queira”. Assim como a Sua visão era Universal, também a nossa visão deve ser.

Uma vez assumida a nossa Cruz, passaremos por todos os mesmos percalços da via crucis – do caminho para o Gólgota. Muitas vezes, mesmo sob o aspecto material – exterior - mas principalmente, sob o aspecto espiritual. A batalha entre a natureza inferior e superior é um fato real.

Eliminar gradualmente a influência da natureza inferior, nutrir a vida superior em todos os aspectos e oportunidades que se apresente, essa é a nossa meta. transcender sempre.

A cada vitória uma Ressurreição, – uma Renovação – uma Páscoa !

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