02/06/2019

“POR QUE AMAMOS CACHORROS, COMEMOS PORCOS E VESTIMOS VACAS”

por Jonas Taucci
Recentemente fui convidado a realizar uma (gratuita) palestra, em certa associação de proteção aos animais, nesta cidade de São Paulo (Brasil).

Enalteci o trabalho realizado por esta associação, e as demais que cuidam e orientam neste sentido, ressaltando que - do ponto de vista rosacruz - os animais constituem-se numa onda de vida, possuindo os corpos denso, vital e de desejos.

Também disse sobre o avanço nas últimas décadas - através de ONGs e trabalho voluntário - do cuidado aos animais. Quase ao final da palestra, perguntei aos presentes (cerca de 120 pessoas), quem adotou em sua vida o regime alimentar isento de carnes.

Apenas cinco pessoas!

Inqueri não ser uma incoerência defender certos animais, alimentar-se de outros, e utilizar utensílios, adornos etc. de penas e couro. Ofereci a sugestão de leitura, do livro o qual nomeei este artigo (autoria de Melanie Joy, editora Cultrix, 198 páginas).

Melanie é ativista em defesa dos animais, e cunhou a palavra carnismo, que descreve a terrível (e também financeira) produção e consumo da carne.

Nesta obra, a autora, diferente de outros livros que defendem o vegetarianismo, nos relata porque – tragicamente - a humanidade utiliza a carne como alimento, e como podemos fazer opções mais conscientes. 

Mas a humanidade caminha(!) de incoerência pós outra, havendo outras mais graves.

A 1ª Epístola de João, 04:20 (o mais identificado dos doze discípulos de Cristo, com os Ensinamentos Rosacruzes), nos fala, da frase mais impactante de toda a história da humanidade, no meu modo de entender.  Lemos:

 
Estas palavras de João, foram inseridas no Ritual Rosacruz do Serviço do Templo, devendo ser vivenciadas por todos aqueles que desejam realizar um trabalho alquímico, que nos levará ao nascimento de nosso Cristo Interno.

Na condição de um alto iniciado, e ter sido o discípulo amado de Cristo, podemos dimensionar a estatura espiritual de sua sabedoria. Apenas o conhecimento dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, ainda que largamente, não nos fará avançar a esferas elevadas da espiritualidade; somente a sua persistente aplicação, diariamente, alcança este intento.

Como andam nossas incoerências?



(Poema de Ella Wheller Wilcox, americana, tendo vivido entre 1.850 a 1.919, citada na literatura rosacruz, e atualmente na defensoria dos animais por muitas associações e ONGs).