05/10/2025

PRIMEIRA EXPERIÊNCIA DE MAX HEINDEL FORA DE SEU CORPO FÍSICO

Max Heindel - Imagem;Conceito Rosacruz do Cosmos

Por Jonas Taucci

O assentamento da pedra fundamental para construção da The Rosicrucian Fellowship em Oceanside, deu-se em 28 de outubro de 1911 com um pronunciamento de Max Heindel que transcende a tudo o que se refere ao plano físico; a começar pela informação de Augusta Foss Heindel de que três Irmãos Maiores (em seus corpos vitais) estiveram presentes. Outras informações e a alocução, na íntegra, de Max Heindel naquela memorável data, podem ser encontradas no livro “Memórias sobre Max Heindel e a Fraternidade Rosacruz”, autoria da esposa do fundador da Fraternidade Rosacruz.

Até os dias de hoje, o 28 de outubro consta no Calendário de Eventos da The Rosicrucian Fellowship, sempre lembrado e acrescido de algum evento. Entre meados da década de 50 até os anos 80, vários Centros Rosacruzes no Brasil - em datas próximas a 28 de outubro - realizavam reuniões alusivas a esta data.


Abaixo os trabalhos realizados no Templo do Centro Rosacruz de Santo André, no dia 29 de outubro 1986, quarta feira, onde o Jubileu de Diamante (75º aniversário) da pedra fundamental da The Rosicrucian Fellowship em Oceanside foi celebrado.

*Música como preparação do ambiente: Adágio da Nona Sinfonia de Beethoven.

*Música: Hino Rosacruz de Abertura, cantado por todos os presentes.

*Música: Hino ao signo astrológico de Escorpião “Mistério da Vida”, cantado por todos os presentes.

*Oficiamento do Ritual Rosacruz do Serviço Devocional (O Serviço do Templo), oficiado pela irmã probacionista Ana Rondini Tempera.

*Pausa para Concentração.

*O irmão estudante Waldemar B. Freitas (Centro Rosacruz de Santo André), fez agradecimentos aos Irmãos Maiores e a Max Heindel, pelos setenta e cinco anos de lançamento da Pedra Fundamental, aludindo que 7+5=12, número dos discípulos de Cristo, signos astrológicos e Irmãos Maiores.

Em sua edição de janeiro de 1916, a revista Rays From The Rose Cross publicou um artigo – escrito na primeira pessoa – de Max Heindel, onde ele relata a sua primeira experiência fora de seu corpo físico. Em agosto de 1958 a Fraternidade Rosacruz do México a traduziu e publicou em seu periódico Luz do Ocidente. No início dos anos 60 a Fraternidade Rosacruz de Havana (Cuba) a editou em seu informativo e distribuiu para vários Centros Rosacruzes pelo mundo, entre eles o de Santo André, que o recebeu em outubro de 1964. O irmão probacionista Mario Sparampani, pouco tempo depois, verteu-o para o português e parte desta tradução foi lida na acima citada reunião, pela irmã probacionista Terezinha Orsi Rotkis, a qual está reproduzida abaixo.



“Tratando-se de relatar experiências pessoais, talvez não esteja fora de propósito dizer que o que escreve foi surpreendido por uma máquina fotográfica quando estava fora de seu corpo físico, pois elas eventualmente registram vibrações etéreas. Ainda que existam fotos de espíritos que constituem-se em fraudes, existem também as que sejam verdadeiras.

O incidente ocorreu quando o autor estava em um hospital recuperando-se de um sério esgotamento devido a vários anos de estudos e trabalhos excessivos.

Anteriormente a isto, não tive tais experiências, e numa manhã de domingo, na qual um querido amigo partia para a Europa, senti-me particularmente triste e desejoso de poder vê-lo e me despedir dele.

Subitamente - como por uma arte mágica - me encontrei de pé, ao lado da cama, olhando meu pobre corpo deitado, esgotado e dormindo. Não senti medo e tudo parecia estar bem. Levado do hospital pelo desejo que me havia liberado de meu corpo físico, viajei, na fração de segundos, as vinte milhas (aproximadamente 32 quilômetros, nota deste colaborador) de distância que me separava da Baia de San Pedro, onde encontrei o navio, a qual estava zarpando com meu amigo a bordo.

Um amigo em comum, que estava nas docas do porto, neste instante fez uma foto com sua máquina fotográfica do navio que partia e que ao ser revelada, minha face, com a barba crescida pelas várias semanas de permanência no hospital, era distintamente visível.

Esta fotografia tem sido, desde então, reconhecida por nossos amigos mútuos, a que nem ao menos se lhes foi relatado o ocorrido Constitui-se numa fotografia verdadeira, pois nela pode-se comprovar facilmente que no instante da foto, este autor (seu corpo físico) estava no hospital e também ao lado do querido amigo que estava a bordo do navio partindo para a Europa.
 
Desta maneira, existem também muitos outros casos consideráveis de pessoas que deixam seus corpos físicos e ocupam-se de trabalhos espirituais durante a noite e que suas recordações trazidas à consciência de vigília revelam - sem dúvidas – que não são meros sonhos.

Mas alguém pode inquerir: existe alguma forma de provar que a pessoa esteve em determinado lugar realizando certos trabalhos de auxílio? Você pode ter estado em algum local, realizando algo e ao despertar, estar desejoso de saber se foi um sonho ou um fato real.

Se este é vosso desejo, aconselharia que a próxima vez que se encontrar fora do corpo físico – em algum local próximo de suas vizinhanças – tome nota de pequenos detalhes do local, os quais poderá verificar posteriormente.

Suponhamos que esteja numa sala de espera de uma estação de trem: conte a quantidade de janelas nela existente, assim como os assentos e de como estão distribuídos. Observe o local que o telefone esteja instalado. Escreva tudo isto ao despertar, não confie demasiadamente na memória e dirija-se se possível à estação para comprovar se o que anotou está de acordo com o local.

Se o lugar que se encontra, seja a casa de um amigo, observe a disposição da mobília e anote ao acordar como no exemplo anterior. Da próxima vez que o visitar, compare o que sonhou e o anotado ao despertar.

Desta forma poderá – certamente – obter a resposta à sua indagação sobre meros sonhos ou experiências verdadeir
as”.


Seguiu-se a programação

*Oração Rosacruz.

*Hino Rosacruz de Encerramento, cantado por todos.

*Leitura da admoestação final do Ritual Rosacruz do Serviço Devocional (O Serviço do Templo).

A parte musical esteve a cargo da maestrina Mitzi Froelish.


Desde tempos imemoriáveis a humanidade trata com atenção quando o tema refere-se a sonhos; religiões, filosofias, psicologia, esoterismo, doutrinas, seitas etc. fornecem – cada qual à sua maneira - explicações sobre o assunto.


Os Ensinamentos Rosacruzes também.


Max Heindel (Cristianismo Rosacruz – Conferência IV) e Filosofia Rosacruz em P&R – Volume I, perguntas 32 a 34) nos transmite profundos esclarecimentos sobre este tópico e uma preciosa Lição Mensal de Filosofia da The Rosicrucian Fellowship (julho de 1984) intitulada SONHOS, foi tema de um ciclo de conferências promovidas pelos Centros Rosacruzes de Santo André, São Paulo e Penha no mês de outubro daquele mesmo ano; este trabalho em conjunto entre os Centros ocorria com frequência à época.


Esta Lição da TRF, inicia-se com a passagem do Livro de Jó (33:14 a 17), onde:


“Deus fala ora de um modo, ora de outro e o homem não atenta para isto. Ele fala em sonhos ou em visões noturnas, quando lhe cai sono profundo, adormecido em seu leito. Então lhes abre os ouvidos e lhes sela a sua instrução, para afastar o homem dos seus atos e livrá-lo da soberba”.


Há nesta Lição informações utilíssimas para o aspirante rosacruz, concernente a sonhos, sendo que orientações de como podemos conduzi-los (com finalidades elevadas) são detalhadamente explicadas e também relatos de pessoas que,


 “... podem trabalhar conscientemente nos mundos invisíveis pela noite, disseram recentemente que podiam ver muitos Auxiliares Invisíveis permeando as forças mantenedoras de paz no Líbano, auxiliando – indistintamente – cristãos, judeus e muçulmanos, a curar suas feridas. Um grande número de mães dos combatentes também foi visto no momento de bombardeios em Beirute”.



Atualmente, após mais de quatro décadas da publicação desta Lição da TRF, conflitos ainda existem (persistem, na verdade) em regiões próximas. A necessidade de Auxiliares Invisíveis urge. O livro de Juízes (Antigo Testamento) escrito por volta dos séculos VII e VIII A.C. já descrevia turbulências beligerantes em várias cidades daquelas localizações geográficas, citando – entre outras - Gaza.


Com esta frase a referida Lição Mensal de Filosofia da TRF (que futuramente será abordada aqui) encerra-se:


- “Todos nós podemos adentrar nos mundos invisíveis nas horas de sono e continuar ali nosso trabalho pela humanidade, mas primeiramente devemos nos converter em abnegados e altruístas Auxiliares Visíveis durante o dia, movidos pelo amor”. 


Excelente tema para uma profunda reflexão...



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NOTA: Este colaborador, em seus artigos, durante este ano de 2025, presta uma homenagem à revista Rays from the Rose Cross ( The Rosicrucian Fellowship), utilizando-se de gravuras e ilustrações nelas publicadas durante sua quase centenária existência.

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