20/11/2022

O Uso da Cor e Do Som nos Rituais

 
Pergunta: O que dizer do uso ritualista do som, da cor e dos símbolos para focalizar a mente e alcançar diferentes níveis do inconsciente? Não poderiam estes complementos, se usados adequadamente, serem uma ajuda para equilibrar nosso desenvolvimento pessoal, fazendo da personalidade um instrumento mais apropriado para a manifestação do Eu Superior?

Resposta: Sim, certamente. A música, a cor e o simbolismo apropriados podem sem dúvida ajudar a influenciar o indivíduo a estabelecer um desenvolvimento equilibrado, fazendo, assim, com que o Eu superior seja capaz de ganhar uma posição de domínio de expressão, cada vez maior, através de todos os aspectos da vida.

O valor terapêutico da música e da cor para curas físicas é, geralmente, bastante reconhecido, mas o que não é tão conhecido é a relação destes elementos com os mundos espirituais superiores.

Esta relação permite que a música e a cor sejam usadas como instrumentos para o desenvolvimento e para o aperfeiçoamento tanto espiritual quanto físico, emocional mental. Música e cor emanam de Deus e estão centralizados n’Ele e, como somos capazes de corresponder sempre mais ao melhor de cada elemento, podemos movimentar tudo isto de forma a ficar mais perto de uma reunião com Ele. Sabemos que para a humanidade a morada da cor é o Mundo do Desejo; a morada da música é o Segundo Céu no Mundo do Pensamento. As verdades espirituais pertinentes a estes Mundos são transmitidas pela cor e pela música (som). Aqui, novamente, quando o indivíduo se esforça, responde e age de modo o mais positivo e receptivo, seu Eu Superior se expressará através de sua personalidade, de seus atributos, ações e feitos.

O efeito vigoroso do ritual no Corpo Vital é bem conhecido na ciência oculta. O adequado uso ritualístico da cor e da música (som), como o do simbolismo é um dos mais eficazes meios de ajudar a pessoa a chegar à mais alta e sensibilizada compreensão espiritual e a um efetivo e consciente estilo de vida na terra, apoiado nos princípios e objetivos espirituais.

Max Heindel deu-nos informações sobre a natureza, as propriedades e a força da cor, da música e dos símbolos e um leitor seriamente interessado nestes assuntos deveria examinar estas referências que estão indicadas no índice completo de obras, de Max Heindel. O Serviço Devocional da Fraternidade Rosacruz está elaborado ao redor do uso do Ritual, da música e do simbolismo, e, indiretamente, da cor. O Hino de Abertura, escrito no tom de RÉ MAIOR, soa como a força de onda de vida de LIBRA - os Senhores da Individualidade - que é dominada pela força vibratória de Vênus. Assim, a música neste tom incorpora amor, harmonia e unidade (atributos de Vênus), ajudando os indivíduos que assim participam a adquirir equilíbrio, justiça, cortesia e confiança. O Hino de Encerramento está afinado no tom de RÉ BEMOL MAIOR, fazendo ressoar o tom da mais avançada das 12 ondas de vida que contribuíram para este Dia de Manifestação. Dizemos que este tom “leva” os participantes ao “verdadeiro trono de Deus”. (Conheça os hinos aqui)

O Emblema Rosacruz, descoberto durante o Serviço Devocional é o símbolo divino mais completo e de melhor compreensão jamais mostrado ao homem. Significa sua identidade espiritual, sua composição e os passos em direção a realização de seu destino. Tanto pela cor como pelo que representa este símbolo oferece um sagrado e frutífero motivo para meditação. Aqueles que observam o Emblema, muitas vezes descobrem que sua consciência se eleva na contemplação dos mais elevados ideais pelo que este Emblema representa, e que as Verdades que estruturam o Plano Divino para a evolução humana tornam-se cada vez mais claras.

Queremos também acrescentar uma palavra de precaução: Assim como o adequado uso ritualístico da cor, da música e do simbolismo leva ao desenvolvimento do Eu Superior, o uso inadequado destes elementos pode fortalecer o eu inferior (a personalidade). A força de cura e elevação da “Sexta-Feira Santa” de Wagner ou temas do “Graal” de Parsifal, por exemplo, é exatamente o oposto da força inerente na maioria da música popular atual. Esta música convida - na verdade “puxa”- os elementos mais detestáveis do eu inferior - brutalidade, delírio sexual, impudor, agressão, raiva e até loucura. Do mesmo modo, há um efeito de rebaixamento quando da exposição por períodos prolongados às cores berrantes e espalhafatosas ou com o uso, intenso ou repetitivo dos símbolos de riqueza material, autoindulgência e paixão desenfreada, encontradas, em abundância na propaganda moderna e frequentemente na literatura e na art
e.

NOTA: Esse artigo faz parte da seção "PERGUNTAS DOS LEITORES DA RAYS"  da revista "Rays from the Rose Cross" . Várias dessas perguntas foram traduzidas pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz".  Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Mais perguntas veja aqui

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