por Jonas Taucci
Neste mês de outubro – dia 28 - observa-se o 111º aniversário do lançamento da pedra fundamental para a construção da The Rosicrucian Fellowship, na cidade de Oceanside; esta importante efeméride consta, anualmente, no Calendário de Eventos de Mount Ecclesia.Max Heindel nesta data (1.911), proferiu um discurso, do qual reproduzimos uma parte:
“Como estamos reunidos hoje neste lugar com a finalidade de assentar a pedra fundamental para a construção da Sede de uma Associação Cristã, estamos confiantes que, tão certo quanto a gravidade atrai uma pedra em direção ao centro da Terra, o fervor de nossas aspirações unidas, atrairá a atenção do Fundador de nossa fé (Cristo), que assim estará entre nós. Tão certamente como diapasões com a mesma afinação vibram em uníssono, também o augusto cabeça da Ordem Rosacruz (Christian Rosenkreus) faz sentir sua presença nessa ocasião, quando a Sede da Fraternidade Rosacruz está tendo início”. (Livro de Augusta Foss Heindel - “Memórias sobre Max Heindel e a Fraternidade Rosacruz” - Primeira Parte – Max Heindel, a Ordem Rosacruz e a Fraternidade Rosacruz).
Nestas poucas linhas, podemos vislumbrar a dimensão espiritual dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, por ocasião de seu nascimento. Desde então, e por mais de um século, pessoas ingressaram em suas fileiras, tornando-se membros ou simpatizantes, maravilhando-se com estes Ensinamentos.
Contudo, há um ponto onde o aspirante rosacruz deve ater-se sobre isto:
O amarmos nossos semelhantes e auxiliar os carentes no que seja necessário (alimentação, agasalho, visitas aos enfermos, custeio médico e de medicamentos etc.), deve ser maior do que o desejo de nossa filiação à The Rosicrucian Fellowship, quaisquer cursos realizados ou ocupações que dediquemos a ela, por mais louvável que tudo isto seja. Não nos acomodemos apenas em nossa “estadia” (presencial ou não) na Fraternidade Rosacruz; apenas isso, não chancela um avanço espiritual.
O conhecimento dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, além de facultar a aquisição de uma profunda gama de informações sobre a origem, estado presente e futuro desenvolvimento do homem e universo, indica também algo que deve ser considerado de máxima importância: O SERVIÇO ao semelhante e a reforma de nossos pensamentos, palavras e ações.
Caso estes conhecimentos não nos façam úteis aos desassistidos, tornam-se estéreis, por maior quantidade que os possamos adquirir. Não devemos considerar “conhecimento” como um fim em si mesmo, mas como uma fonte objetiva que nos proporcione meios valiosos de crescimento e fortalecimento da ALMA (a somatória de nossas boas ações); o empenho sincero neste sentido - uma alquimia interna constitui-se no objetivo maior do aspirante rosacruz.
Ao término dos anos 70, a Sede Mundial (Oceanside) mudou o visual de suas “Lição Mensal do Estudante”; saiu o formato livreto para dar lugar ao A4, e o idioma português também se fez presente a partir daquela data.
Por esta época, palestrantes dos Centros Rosacruzes da Penha, Lapa, São Paulo, Santo André e Piracicaba, promoveram um Ciclo de Palestras sobre a Lição Mensal do Estudante, de Oceanside - junho de 1.980 – intitulada “O CAMINHO DA VERDADE”.
Tratava-se de uma novidade o recente formato e o idioma português.
Estas conferências - realizadas em 1.980 - estenderam-se de setembro (Sol ingressando no signo zodiacal de Libra – descida do Cristo à Terra) até dezembro (Sol ingressando no signo zodiacal de Capricórnio – Cristo alcançando o centro de nosso planeta, o Natal), e mesmo assim o assunto tratado nesta Lição, ficou longe de esgotar-se. Também serve como registro a enorme participação musical (órgão, piano, violão e flauta) neste evento. As fotos abaixo (autoria do probacionista Alexandre Rodrigues) registram estes históricos momentos nos diversos meses em que foi realizado este Ciclo de Palestras: as primeiras conferências no Brasil sendo feitas diretamente do idioma português a partir destas Lições de nossa Sede Mundial.
Abaixo, transcrevemos uma parte dela.
“Assim como a verdade não se aprende com a esperteza meramente intelectual, assim também não pode ser comunicada só através de oratória. Nós, que temos a felicidade de compreender e acreditar nos Ensinamentos do Cristianismo Ocidental, temos o dever de os divulgar àqueles que estão aptos a recebê-los. Mas não nos esqueçamos que a maneira como vivemos proclama os Ensinamentos duma forma muito mais direta e eficaz do que as palavras de nossa boca. Dizer uma coisa e agir de outra maneira só poderá ofender as pessoas a quem desejamos chegar e fazer com que elas nos olhem com ceticismo. Não há outra alternativa: se vivermos a vida, se nos dedicarmos desinteressadamente ao serviço, vivenciaremos e seremos capazes de exprimir a verdade. Se não vivermos essa vida teremos uma grande decepção, pois não há qualquer outro curso de ação que nos faça atingir esse objetivo”.
Periodicamente – nós - aspirantes rosacruzes deveríamos lê-la.
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