28/11/2018

A Fraternidade Rosacruz e a Época de Aquário - Parte II


Retomando o último parágrafo da primeira parte deste artigo, vimos que o homem ocidental propositadamente afastou-se das verdades esotéricas, pois devia mergulhar na conquista científica, religiosa e artística.

A CIÊNCIA, A ARTE E A RELIGIAO eram unidas no passado. Tudo incluía esses três ramos - como nos tempos da Grécia áurea, em que a poesia, a música, a dança, a literatura, a história, a ciência, etc., se reuniam nas atividades humanas, por inspiração das nove musas. (número do homem).

Depois se diversificaram: a religião governou quase sozinha durante a Idade Média, chamada a Idade das trevas, sufocando as demais manifestações, para o desenvolvimento predominantemente religioso. Quando já se tornava prejudicial, a Renascença trouxe a Arte, com a glória de iluminados artistas em todos os seus ramos, até a Idade Moderna. Finalmente rompeu soberana a Ciência, na Idade Contemporânea, amordaçando com mãos de aço as demais manifestações. É a Ciência que dá a última palavra e que merece maior crédito do mundo. Logo descambamos para o materialismo, sob a influência de Augusto Comte, de Freudd, de Karl Marx e outros que, havendo recebido vislumbres da Verdade Universal, desvirtuaram-na quando criaram seus métodos.

Infelizmente acontece isto: a verdade mais alta não pode ser exposta num Cosmos inferior, sob pena de PROFANAÇAO. Por isso o Cristo usou as parábolas e símbolos: para que cada um extraia delas o que seu grau de consciência pode ver e suportar.

Em meados do século passado, o Sol, em seu movimento de precessão dos equinócios, entrou na órbita de influência do Signo de Aquário. Aquário é governado por Urano, descoberto (não por acaso) em 1781, para ir fermentando a consciência do mundo com suas qualidades de Inovação, de Originalidade (Epigênese), Inconvencionalismo (para romper as tradições cristalizadas), Inventiva, Intuição etc. Urano preparou a ciência para a conquista de seu elemento: O ÉTER - que nos levou à conquista do espaço, começando pela máquina a vapor, passou pela eletricidade, telégrafo, telefone, radio, televisão, aviação, radar, foguetes e plataformas espaciais, aproveitamento da luz solar etc. Telescópios poderosos foram perscrutando os espaços siderais, ao passo que os microscópios e aparelhos ainda mais delicados foram penetrando nas partículas menores da matéria, deslumbrando os cientistas com a Realidade de uma Inteligência que agora aprende a descobrir por si só e a venerar. Não há físico que não tenha veneração pelo Cosmos. Não importa o nome que dê, o importante é que ele descobriu algo que assume como “o sabor de uma conquista”. É assim mesmo: as coisas velhas se tornam novas quando são redescobertas pelo despertado Ser.

A psicologia, que começou desastrosamente (em aparência) pelas falhas interpretações de Freud - que não soube verter puramente certas verdades espirituais que captou - encaminha-se a passos largos para o autoconhecimento, sob influência da parapsicologia e de revelações que vão invadindo irresistivelmente a mente dos homens, provindas da Mente Universal.

Neste cenário crepitante e conturbado do mundo, ao inicio do século XX, os Irmãos Maiores da Rosacruz viram chegado o momento de entregar ao mundo uma nova mensagem. E, através de seu iniciado menor, MAX HEINDEL, nos deram o CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS, em 1909. Sob a orientação dos Irmãos Maiores da Ordem, Max Heindel fundou a Fraternidade Rosacruz, após dois anos (1911), para atender à necessidade lógica do povo Ocidental. Todos desejamos saber o razão das coisas. Nossa mente há de ser satisfeita, para que nosso coração comece a vibrar numa fé racional. O materialismo está perigando nossa evolução e todos os meios estão sendo envidados para chegarmos ao meio termo ideal, entre a mente e o coração - esses dois elementos que se devem aprimorar, para chegarmos ao conhecimento e conquista de nós mesmos e alcancemos o despertar de nossa verdadeira natureza.

O Ocidente se assemelha, agora, a um avião de asas desiguais: uma, enorme, da técnica, da ciência, do conhecimento, que se presume, de tal modo que o maior pecado atual é o ORGULHO INTELECTUAL. A outra asa é mirrada, sub-desenvolvida, raquítica, esfomeada: uma asa pequena da fé, da devoção, de conquista interior, do coração. E nosso avião ameaça despencar e arruinar sua tripulação. É urgente desenvolvamos esta asa pequena e estabeleçamos o equilíbrio de nossos voos evolutivos. De nada valem as asas de cera, porque logo se derretem no desafio da subida e nos precipita abaixo.

As asas de cera são os superficiais conhecimentos que adquirimos e não chegamos a vivenciar. Diletantismo espiritual. Curiosidade ocultista de fenômenos que não conduzem ao fim mais alto. É preciso dirigir nossos esforços à realização autêntica para formar a asa pequena. Assim, devidamente apoiados na verdade espiritual, podemos conduzir todas as nossas conquistas para os propósitos evolutivos em vez de subordiná-los aos interesses mesquinhos da personalidade falsa

O homem - esse desconhecido - é a Esfinge, que compõe os quatro signos zodiacais de natureza fixa: o Touro, o Leão, a Águia (escorpião) e Aquário (o homem que engloba os três animais). A esfinge de nossa natureza continua a desafiar-nos: OU ME DECIFRAS, OU TE DEVORO! E os homens se devoram porque não se conhecem: devoram-se pelos infartos, pelos derrames, pela diabetes, úlceras, cânceres e neuroses, que são a consequência inequívoca de suas ignorantes transgressões à Lei da Natureza.

Através da Rosacruz (uma das Sete Escolas), os Irmãos Maiores - aqueles que foram na frente, que chegaram ao cume da Realização e depois voltaram para ensinar o caminho e prevenir os alpinistas sobre os perigos da escalada - oferecem suas mãos, a sua inteligência, o seu amor – pelos Cursos gratuitos por correspondência, de Filosofia Rosacruz, de Astrologia Esotérica, de Bíblia e Cristianismo Esotérico, a todos os interessados.

Somos os seus canais e estendendo a mão direita: chamamo-los IRMÃOS, pelo reconhecimento de que todos somos filhos de um Pai comum - O pai Celestial! Mais que irmãos, preferimos chamá-los AMIGOS!.
Parte I: aqui

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