por Jonas Taucci
Com certeza as pessoas
que se filiaram à Fraternidade Rosacruz, o fizeram por uma identificação com os
Ensinamentos da Sabedoria Ocidental.
Comigo não foi diferente.
Contudo houve outro fator
– determinante - para a minha frequência em suas reuniões: o clima da
verdadeira amizade e companheirismo entre seus membros.
A alegria refletida no
semblante de cada pessoa - quando do encontro entre os irmãos - era algo
extremamente fácil de ser notada. Havia uma egrégora de “estou feliz por te ver”, entre todos, e isto estendia-se
para muito além das portas da Fraternidade; as visitas entre os irmãos eram
frequentes em suas respectivas residências, para um lanche, almoço etc. e
principalmente em hospitais quando alguém adoecia.
Há uma passagem, narrada
no evangelho de Lucas (24:41), onde – após a crucificação – Cristo aparece a
seus discípulos que se manifestam “alegres
e admirados” ao vê-Lo.
Guardada as devidas (e
espirituais) proporções, era – exatamente – essa a tônica do encontro
entre os irmãos em reuniões de estudos, palestras e rituais. Ao começar a frequentar
as reuniões do Conselho Diretor, Auditor e Esotérico, presenciei também que
todas elas eram norteadas pelo “decida-se
o melhor para a Fraternidade, e não para interesses particulares”.
Irmãos visitando pessoas
enfermas em suas casas, oferecendo-lhes os votos de pronto reestabelecimento,
assim como o custeio de consultas médicas e remédios, eram praticas
corriqueiras. No início dos anos 80, houve um índice de desemprego muito
grande: vários irmãos perderam seus trabalhos e ficaram sem condições de
frequentar a Fraternidade, pelo fato de não terem dinheiro para o transporte
público, e mesmo para o combustível de seus automóveis.
Entrou em cena (mais uma
vez) a solidariedade; o “vamos juntos
à Fraternidade”: irmãos bancaram a condução de ônibus, trens, metrô
etc. fazendo possível assim a presença de todos. Às pessoas de idade avançada,
eram oferecidas caronas de automóvel.
A citação acima de Lucas,
alegres e admirados, era –
marcantemente – vivenciada pelos membros da Fraternidade, ao (re)
ver um irmão.
Uma destas pessoas era a
Sra. Antonieta Pinola.
Sempre com sorriso,
recebia as pessoas com cordialidade, incentivando-as a participarem dos rituais
e a fazerem os cursos; durante anos nunca a vi fora de uma expressão amável
para com as pessoas. Sua face revelava seu interior com certeza.
Certa vez, disse-me estar
em dúvida: no domingo seguinte faria aniversário; parentes seus iriam visita-la
– à tarde - em sua residência (bairro da Lapa, na cidade de São Paulo) para lhe
felicitar, e neste mesmo domingo haveria reunião de cura e palestra no Centro
Rosacruz de São Paulo.
Confidenciou-me a dúvida:
Deveria estar em casa, para receber os parentes, ou ir à Fraternidade? O dia e
os horários seriam os mesmos...
Fiquei curioso sobre qual
decisão iria tomar, minha querida amiga.
Não há – imagino – pessoa que desconheça o seu signo solar, ainda que desacredite na astrologia; o signo em que o Sol está localizado, no momento de seu nascimento, é conhecido por todos. Contudo, há um interessante Ensinamento Rosacruz sobre o Sol (Elmam Bacher – Estudos de Astrologia – Volumes VII e VIII), pouco conhecido, mesmo pelas pessoas que a estudam.
Tomemos como exemplo o
horóscopo #09 do livro A Mensagem das
Estrelas de Max Heindel e Augusta Foss de Heindel,
computadorizado pelo irmão Allen Edwall, abaixo.
Imaginemos agora, este
horóscopo sem as linhas das cúspides (e respectivas numerações) das casas
zodiacais. Veremos, facilmente, o símbolo do Sol: um ponto central circunscrito
por um círculo perfeito, contendo todos os planetas.
Uma meditação sobre isso
seria de enorme importância ao aspirante Rosacruz:
- O Sol (local de onde
fomos emanados) simboliza - em nosso
horóscopo -afirma o Sr. Bacher - a consciência de nossa origem divina.
Essa divindade, todos nós
– por herança espiritual – a possuímos. (“...servir
a Divina Essência neles
oculta, o que constitui a base da Fraternidade” – Ritual Rosacruz do Serviço do Templo), e a obra do aspirante
rosacruz é a de identificação com este princípio, vivenciando-o com nossos
semelhantes através de pensamentos,
palavras e ações.
ATENÇÃO! Ao
(re) traçarmos, ainda como exemplo o horóscopo #09, as linhas das cúspides no
sentido do centro para fora,
estaremos representando a Luz (espiritual) do Sol em direção a todos planetas
de nosso Sistema Solar, permeando-os.
Elmam Bacher também nos
fala da existência da FRATERNIDADE
– em oitavas superiores – entre os:
1) Logos Arqui
Galáticos.
2) Logos Galáticos.
3) Logos Solares.
Vemos aqui, a extensão, a
dimensão cósmica de FRATERNIDADE;
cabendo profunda reflexão a cada um de nós - membros da Fraternidade Rosacruz:
- Como colaboro para uma FRATERNIDADE entre a onda
de vida dos Espíritos Virginais (da qual faço parte)?
- Apenas pertenço ou vivencio uma FRATERNIDADE?
Naquele domingo (chuvoso),
final de tarde, cheguei à FRATERNIDADE
ansioso por saber qual teria sido a decisão da Sra. Antonieta Pinola.
Ela estava rodeada por
todos os membros da FRATERNIDADE,
ao lado um bolo de aniversário e também de seus parentes que – felizes - a
acompanharam ao Centro Rosacruz de São Paulo.
“Todos
alegres e admirados”
2 comments:
Muito bom, que a Fraternidade possa unir cada vez os irmãos.
Fraternalmente.
Sergio Pires-Estudante da Filosofia da Fraternidade Rosacruz Max Heidel.
Carissimo Irmão que a Sublime Rosa ilumine seu coração e que a Fraternidade vos guie em vossos pensamentos e ilumine com vossos ensinamentos em vosso blog. Amém
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