03/12/2022

NATAL DIÁRIO: Meta do Aspirante Rosacruz

Por Jonas Taucci (*)

Mais uma vez, nos aproximamos do Natal, também chamado deO Festival das Luzes” pelos primeiros cristãos.

Esta data não se trata apenas de uma efeméride tradicional de exteriores manifestações (alimentação farta, árvore de Natal, presépio, troca de presentes etc.), mas a real observância do retorno anual de Cristo à Terra, demonstrando assim seu amor por todas as ondas de vidas que em nosso planeta tem seu campo de evolução, e o indicativo de que – ainda que diminutamente - O imitemos (Ritual Rosacruz de Natal).

Por esta época – final de ano - deveríamos fazer uma mega restrospecção sobre o que pensamos, falamos e agimos no ano prestes a encerrar-se; esta prática foi orientada por antigos palestrantes rosacrucianos e constou de muitas Lição Mensal do Estudante (Oceanside). Realizada, ano pós ano, alavancará – paulatinamente – o fortalecimento de nosso Cristo-Interno.

Um dos mais profundos significativos disto, encontramos no Livro de Salmos (09:01 a 04).

“Louvar-te-ei, Senhor, de todo o meu coração; 
contarei todas as tuas maravilhas.
Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, 
ó Altíssimo, eu cantarei louvores.
Pois, ao retrocederem os meus inimigos, tropeçam e somem-se da tua presença; porque sustentas o meu direito e minha causa; 
no trono te assentas e julgas retamente”

Entendamos – primeiramente - que Senhor e Altíssimo referem-se ao nosso Eu-Superior e não está, absolutamente, relacionado a nenhum fator externo.

Ao Senhor e Altíssimo (nosso Eu-Superior), contaremos (reconheçamos) suas maravilhas (glória e luz), alegrando-nos, louvando e cantando (emitindo sons de amor aos semelhantes).

Nossos inimigos (Eu-Inferior) retrocedem (perdem espaço), tropeçam (não caminham) e somem (da presença do Eu-Superior), pois Ele dá sustentáculo ao nosso direito e causa (Corpos Denso, Vital, Desejos e Mente). No trono (realeza de nosso coração) ele assenta-se (firma-se) e julga retamente (pratica o justo discernimento).

Certamente esta obra não é fácil e a persistência torna-se um dos requisitos para isto. Não deve tornar-se motivo de decepções, eventuais erros em nossas aspirações, desde que tudo tivermos feito para alcançá-lo de uma forma amorosa e desinteressada. Nossos ideais são a medida do que podemos realizar na vida; são os planos arquitetônicos do Templo Interno da nossa existência, e muitos fracassam pois sustentam ideais mesquinhos e egoístas.


A foto acima reveste-se de duas particularidades:

I) Até onde tenho conhecimento, trata-se do primeiro registro fotográfico de uma Comemoração Natalina realizada no Brasil por um Centro Rosacruz com vínculo à nossa Sede Mundial (Oceanside). Na primeira fila, José Gonçalves Siqueira, na segunda fila, cabelos escuros, está Ana Tempera e na porta, em pé, estatura maior, Antônio Munhoz; estes foram – entre outros – os fundadores, em 1.955, dos Centros Rosacruzes de Santo André (maio) e São Paulo (setembro). Num salão alugado (foto) na cidade de Santo André, este Centro permaneceu initerruptamente, divulgando os Ensinamentos Rosacruzes de 1.955 à 1.971, quando inaugurou seu imóvel próprio num outro bairro do mesmo município.

II) Conta-se - através das décadas – que a frequência excedia a área do salão. Evidente, as senhoras tinham preferência de assentos; os homens ficavam de pé próximos à porta de entrada e – deveras curioso – faziam um rodízio nesta porta para assistirem as atividades (outros permaneciam num corredor e escada antes desta porta).

A foto de exatos 60 anos faz este maravilhoso registro.


Por estes dias que antecedem o Natal, ainda que eu falasse e repetisse suas histórias e cantasse várias de suas músicas e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou o sino que tine.

Ainda que eu recebesse numerosos presentes em dezembro, ainda que acreditasse no Festival das Luzes e não tivesse amor, de nada me serviria.

Ainda que eu distribuísse lembranças natalinas envoltos em belíssimos papéis de presentes a carentes e entregasse o meu corpo às intempéries do tempo e não tivesse amor, de nada me aproveitaria.

O Natal é paciente e benigno, o Natal não é invejoso e não trata com leviandade os seus semelhantes; o Natal não se ensoberbece.

Ele não busca seus interesses, não se irrita nem suspeita mal, não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com o Amor de Cristo manifesto no interior de cada um de nós.

Este maravilhoso Amor de Cristo derramado em toda Terra no Natal, faz com que possamos tudo sofrer, tudo crer, tudo suportar. O Natal jamais termina; é infinito. Ainda que haja árvores de Natais, estas expirarão, ainda que haja enfeites multicoloridos, estes perecerão, ainda que haja presépios, estes serão desmontados, pois estes aspectos são apenas as manifestações passageiras da alegria terrena do Natal.

Mas quando o verdadeiro Natal desabrochar no íntimo de cada um, então o que é em parte será aniquilado.

Quando somos “crianças”, falamos a respeito do Natal como “crianças”, o compreendemos como “crianças”. Mas quando nos tornarmos “adultos”, despojaremos nosso egoísmo e culto à personalidade, para efetivamente vivenciar o Natal.

Porque agora vemos apenas um pálido reflexo da beleza do Natal, mas vivenciando-o diariamente, o veremos em toda a sua plenitude e glória. Agora conhecemos em parte a significância desta Santa Estação, mas então a conheceremos como somos conhecidos.

Por ora, ficam a fé, a esperança e o amor, mas o maior destes atributos é o Amor Natalino aos nossos semelhantes, todos os dias do ano.

Quando recebermos ou endereçarmos um FELIZ NATAL a alguém, estejamos cientes da responsabilidade (um dos atributos de Capricórnio/Saturno, que nesta parte do ano, de modo mais potencializado, impregna a Terra) que este ato representa.


(*) Resumo de palestra realizada nos Centros Rosacruzes de Santo André, São Paulo e Penha, dezembro 1.982, baseada em artigo publicado na revista Serviço Rosacruz – dezembro de 1.968: “Uma paráfrase de Natal”.

Por orientação de nossa Sede Mundial (Oceanside), neste mês de dezembro oficiemos os seguintes Rituais:

1) Ritual Rosacruz de Dezembro – Dia 20.  (aqui)

2) Ritual Rosacruz de Natal (aqui) – A “zero” hora do dia 25 de dezembro, ou no horário que seja possível, próximo a ele (anterior ou posterior).

Enfatizando: sempre conscientizando-nos da importância de vivenciarmos o Natal diariamente.

3 comments:

Anônimo disse...

Boa tarde meu caro irmão Jonas.
Mais uma vez tenho de agradecer-lhe por suas postagens tão oportunas para os estudantes rosacruzes. Nunca é demais lembrar que os eventos cósmicos como Natal e Páscoa se projetam no interior do ser humano. Como é no Macro é no micro. O Cristo Interno deve nascer diariamente, pois o esforço pelo auto aperfeiçoamento deve ser um ideal diário. Gostei da foto e nela reconheci alguns dos nossos saudosos irmãos. Valeu a citação a Maria Lázara Franzini, nossa irmã e companheira de ideal, abnegada e competente.

Um fraterno abraço
Que as rosas floresçam em vossa cruz.

Gilberto

Anônimo disse...

Como sempre seus artigos nos lembra os ensinamentos da filosofia Rosacruz, com suas datas comemorativas e seus significados. Ficou muito interessante ver como as palavras do ritual se aplicam em todo contextos....um abraço fraterno.
Que as rosas floresçam em vossa cruz.

Anônimo disse...

Esqueci de assinar.....Rosana

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