21/02/2020

Resultados da Morte Súbita

Pergunta: Em novembro de 1917, na revista “Rays from the Rose Cross” foi publicada uma história intitulada: “Defronte ao Pelotão e Fuzilamento”, contando como um espião fora colocado contra o muro e fuzilado. Imediatamente após o ato, ele, em plena posse de sua consciência, conversa com um Rosacruz e, em sua companhia, viaja por milhares de milhas para visitar a sua irmã. Isto não é contrário ao que se ensina na Filosofia Rosacruz? Nela afirma-se que depois que o átomo-semente no coração removido e o cordão prateado rompido, segue-se um período de inconsciência que dura aproximadamente três dias e meio, período em que os espírito revê o panorama da sua vida passada.

RespostaSim, isso é afirmado no “Conceito Rosacruz do Cosmos” e vale para todas as circunstâncias normais. No entanto, a lei da mortalidade infantil também explica que, quando uma pessoa falece sob circunstancias difíceis e trágicas, tais como um incêndio, um acidente ferroviário, ou subitamente de uma queda do alto de um edifício ou de uma montanha, num campo de batalha, ou ainda quando as lamentações dos parentes a redor da cama do recém-falecido tornam impossível a sua concentração no panorama da vida, então, o registro nos dois éteres superiores, o éter de luz e o refletor, e sua amalgamação com o corpo de desejos não ocorre. Nesses casos, a pessoa não perde a consciência, e como não há registro nos veículos superiores, como deveria normalmente acontecer, ela não passa pela fase purgatorial, isto é, não colherá o que semeou, não haverá o sofrimento consequente das suas más ações, nem a sensação de alegria e amor resultantes do bem praticado. Os frutos da vida perderam-se. Para compensar esse desastre considerável, o Espírito, ao entrar na sua nova vida terrena, morrerá na infância, no tocante ao corpo físico, mas o corpo vital, o de desejos e a mente, que não nascem antes que o corpo denso tenha atingido respectivamente os sete, quatorze e vinte e um anos de idade, permanecem com o Espirito que desencarna, pois o que não viveu não pode morrer. Então, no Primeiro Céu, o Espírito permanece de um a vinte anos, e aí será orientado e receberá instruções e lições objetivas sobre o que teria aprendido através do panorama da sua vida passada, se não tivesse sido interrompido pelo acidente que lhe causou a morte. Por isso renasce pronto a assumir o seu próprio lugar no caminho da evolução.


Isso proporciona um manancial imenso em que pensar. A grande porcentagem anual de mortalidade infantil tem sua origem nas guerras passadas. As perdas de vida eram comparativamente pequenas, embora as taxas das baixas registradas nas lutas nacionais devam ter aumentado consideravelmente devido às mortes ocorridas também em duelos, rixas e disputas comuns, onde foram usadas armas mortíferas. Não obstante, a soma total destas perdas parece insignificante se a compararmos com a carnificina incrível que ocorre hoje em dia. Se esta tiver de ser corrigida da mesma maneira, uma futura geração colherá certamente uma safra de lágrimas devido às epidemias que assolarão os lares de seus filhos. Mas, como já apontamos antes, cada lágrima vertida pela perda de algum ente querido está eliminando as trevas de nossos olhos, até o dia que enxergarmos com bastante clareza para poder penetrar o véu que agora nos separa do que chamamos erroneamente de mortos, mas que está na realidade muito mais vivos do que nós. Nessa altura, a vitória sobre a morte será total, e poderemos clamar: 
“Oh Morte, onde está teu aguilhão? Oh Tumba, onde está a sua vitória? ”

PERGUNTA N° 15 DO LIVRO FILOSOFIA ROSACRUZ EM PERGUNTAS E RESPOSTAS –VOL II


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