Pergunta: Em novembro de 1917, na revista “Rays from the
Rose Cross” foi publicada uma história intitulada: “Defronte ao Pelotão e
Fuzilamento”, contando como um espião fora colocado contra o muro e fuzilado. Imediatamente
após o ato, ele, em plena posse de sua consciência, conversa com um Rosacruz e,
em sua companhia, viaja por milhares de milhas para visitar a sua irmã. Isto
não é contrário ao que se ensina na Filosofia Rosacruz? Nela afirma-se que
depois que o átomo-semente no coração removido e o cordão prateado rompido,
segue-se um período de inconsciência que dura aproximadamente três dias e meio,
período em que os espírito revê o panorama da sua vida passada.
Resposta: Sim,
isso é afirmado no “Conceito Rosacruz do Cosmos” e vale para todas as
circunstâncias normais. No entanto, a lei da mortalidade infantil também
explica que, quando uma pessoa falece sob circunstancias difíceis e trágicas,
tais como um incêndio, um acidente ferroviário, ou subitamente de uma queda do
alto de um edifício ou de uma montanha, num campo de batalha, ou ainda quando
as lamentações dos parentes a redor da cama do recém-falecido tornam impossível
a sua concentração no panorama da vida, então, o registro nos dois éteres
superiores, o éter de luz e o refletor, e sua amalgamação com o corpo de
desejos não ocorre. Nesses casos, a pessoa não perde a consciência, e como não
há registro nos veículos superiores, como deveria normalmente acontecer, ela
não passa pela fase purgatorial, isto é, não colherá o que semeou, não haverá o
sofrimento consequente das suas más ações, nem a sensação de alegria e amor
resultantes do bem praticado. Os frutos da vida perderam-se. Para compensar
esse desastre considerável, o Espírito, ao entrar na sua nova vida terrena,
morrerá na infância, no tocante ao corpo físico, mas o corpo vital, o de
desejos e a mente, que não nascem antes que o corpo denso tenha atingido
respectivamente os sete, quatorze e vinte e um anos de idade, permanecem com o
Espirito que desencarna, pois o que não viveu não pode morrer. Então, no
Primeiro Céu, o Espírito permanece de um a vinte anos, e aí será orientado e
receberá instruções e lições objetivas sobre o que teria aprendido através do
panorama da sua vida passada, se não tivesse sido interrompido pelo acidente
que lhe causou a morte. Por isso renasce pronto a assumir o seu próprio lugar
no caminho da evolução.
Isso
proporciona um manancial imenso em que pensar. A grande porcentagem anual de
mortalidade infantil tem sua origem nas guerras passadas. As perdas de vida
eram comparativamente pequenas, embora as taxas das baixas registradas nas
lutas nacionais devam ter aumentado consideravelmente devido às mortes
ocorridas também em duelos, rixas e disputas comuns, onde foram usadas armas
mortíferas. Não obstante, a soma total destas perdas parece insignificante se a
compararmos com a carnificina incrível que ocorre hoje em dia. Se esta tiver de
ser corrigida da mesma maneira, uma futura geração colherá certamente uma safra
de lágrimas devido às epidemias que assolarão os lares de seus filhos. Mas,
como já apontamos antes, cada lágrima vertida pela perda de algum ente querido
está eliminando as trevas de nossos olhos, até o dia que enxergarmos com
bastante clareza para poder penetrar o véu que agora nos separa do que chamamos
erroneamente de mortos, mas que está na realidade muito mais vivos do que nós.
Nessa altura, a vitória sobre a morte será total, e poderemos clamar:
“Oh Morte, onde está teu aguilhão? Oh Tumba, onde está a sua vitória? ”
PERGUNTA N° 15 DO LIVRO FILOSOFIA ROSACRUZ EM PERGUNTAS E RESPOSTAS –VOL II
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