por Gilberto Silos
Peter Russel, em sua obra O
BURACO BRANCO NO TEMPO, faz uma interessante reflexão sobre a evolução da
humanidade, estabelecendo um paralelo com a evolução de uma estrela. Afirma que
nos dois casos há um padrão acelerado de desenvolvimento.
No caso de uma estrela, é a
força da gravidade que mantém unida e coesa a matéria que a compõe. Já na raça
humana, o que lhe garante a evolução espiritual é a busca de um estado interior
mais pleno. Nossa mente gravita para a harmonia e paz interior.
A consciência da maioria
dos seres humanos está mais voltada ao exterior, à conquista do mundo material,
na busca obsessiva por tudo aquilo que ele pode lhes oferecer em termos de
conforto e segurança. Isso lhes bloqueia a percepção do que realmente consiste
nosso verdadeiro objetivo enquanto habitantes deste lindo planeta azul.
Mesmo sem perceber,
gravitamos para o nosso próprio centro. Com o passar do tempo e ajuda das
experiências que vivenciamos, torna-se claro que, no fundo, o que estamos
procurando é paz interior e amor. É no recôndito do nosso ser que podemos
encontrar a única segurança possível. E, quanto mais reconheçamos nosso real
objetivo, com mais celeridade caminharemos em sua direção. Estamos nos tornando
conscientes não apenas do mundo à nossa volta, mas também do mundo dentro de
nós, da nossa realidade interna e da consciência que a ilumina.
Em alguns aspectos podemos identificar pontos comuns entre
gravidade e amor. A gravidade é a atração da massa para si mesma, uma força que
atrai o Universo físico para sua unidade original. Por outro lado, o amor pode
ser como uma atração da vida para si mesma, o desejo por uma união consciente
com a nossa própria fonte, com a essência do que nós somos.
Para o visionário
Buckminster Fuller, o amor é a gravidade da metafísica. É ele que nos inspira à
reconexão com nosso estado original de ´´graça interior``, depois de
peregrinarmos pelos escuros labirintos da vida. E, como o E.T. do maravilhoso
filme de Spielberg, nós só queremos voltar ao nosso ponto de origem.
Somos filhos pródigos de
nós mesmos.
2 comments:
Belo artigo!
Perfeito!!!
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