07/03/2019

Tratado Esotérico sobre a Geladeira

Elias e a viúva de Serapta ( I Reis,17), 1630, Bartholomeus Breenbergh

por Jonas Taucci
Os Ensinamentos Rosacruzes estão alicerçados no Cristianismo Esotérico, onde não devemos nos esquecer – por mais conhecimentos e informações que possamos obter – as palavras do Cristo:

“Aquele que quiser ser o maior entre vós, seja o servo de todos”

Evangelho de Lucas (04:21 a 30), palavras de Cristo:

- No tempo do profeta Elias, não choveu por muito tempo, houve fome e muitas viúvas em Israel. Porém apenas uma viúva, em Serapta (Sidônia), recebeu a visita de Elias, que a alimentou. (I Reis Capítulo 17)

- No tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, contudo nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, de nacionalidade síria. (II Reis Capítulo 05).

A fome (espiritual) e a cura ao leproso (purificação/iluminação), vieram às pessoas que não pertenciam à comunidade judaica, nem a Israel. Possuir o “carimbo” de pertencermos a uma religião, doutrina, filosofia, seita etc. não significa – em termos de avanço evolutivo espiritual - absolutamente nada.


Naamã banhando-se no Jordão (II Reis, 5:10-14). Gravura, autor desconhecido. 
Fonte Wikimmedia Commons

Das palavras de Cristo acima, tira-se uma das lições mais importantes (senão a mais...), para o aspirante rosacruz:

Pertencermos à Fraternidade Rosacruz e sabermos – sobejamente - seus livros, cursos, textos, palestras etc., não se constitui numa garantia de crescimento e desenvolvimento espiritual. Com certeza, há pessoas muito mais dimensionadas dentro da escala evolutiva, que, por praticar - talvez ainda que inconscientemente - os Ensinamentos Rosacruzes, avançaram mais na Senda, não conhecendo absolutamente nada sobre estes ensinamentos...

Pode surgir a retórica:

- Procuro estudar e aprender estes Ensinamentos Rosacruzes, para os colocar em prática, conscientemente.

Surge a réplica:

- Estamos realmente fazendo isso, ou apenas cultuando e idolatrando nossos conhecimentos, pensando em si próprio?

Tudo o que nos pertence, por excesso, pertence (ou deveria pertencer...) aos necessitados.

*** A quantas andam as roupas em nossos armários?

*** Como está o abastecimento de nossa geladeira?

*** Temos remédios que perderam o prazo de validade?

***Quanto tempo dedico a meu próximo, efetivamente, visitando pessoas enfermas e necessitadas?

Há um outro fator – importantíssimo, atrelado a este princípio:

Atualmente fala-se muito de desapego. Desapego não significa abster-se das coisas físicas, na verdade significa estas coisas não possuírem as pessoas.

No informativo de nossa Sede Mundial (Oceanside), bimestre janeiro/fevereiro deste ano de 2.019, há uma admoestação (literalmente, e sem trocadilhos) CRUCIAL:

- ... não se chega à iniciação sentado numa poltrona dando conselhos ou falando da vida alheia. Se valorizamos o que aprendemos, pratiquemos essas verdades, tornando-se canais autoconscientes para o bem e esforcemo-nos em fazer a diferença em nossa vida, comunidade e mundo.

Muitos sonham em visitar o Templo Rosacruz (etérico).

Poucos possuem um lampejo ao semelhante, ao visitar sua geladeira...

4 comments:

Unknown disse...

Não entendi a comparação com a geladeira

Unknown disse...

Perfeita analogia. Parabéns

Ademir Bispo disse...

Muito boa leitura
Grande reflexão

Paz profunda.

Amanhecer Nativo disse...

Amanhecernativo. Bom dia carissimo irmão Jonas Tauci
Tens algum texto sobre a Simbologia da cricificação de Jesus Cristo e os dois ladrões.
Parabéns irmão sempre trazendo mais Luz para a Busca Espiritual de cadairmão e irma da FRMH- 08-03-2019

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