26/09/2011

Nove Passos para a Cura Espiritual (I)

De autoria de Frieda Mader, colaboradora da Sede Mundial, nas décadas de 19790-1980, este artigo foi publicado na Rays from the Rose Cross de Julho/Agosto de 1982, e de Setembro/Outubro de 1995, tendo sido utilizado em seminários e exposições. A tradução abaixo é de irmãos da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e foi publicada na revista Serviço ROSACRUZ durante os anos de 1986 -1988  - Imagens do original inglês de Setembro/Outubro de 1995

Como aspirantes a um modo de vida mais espiritual, tendo dominado os mais básicos elementos da natureza humana, confrontamo-nos com as mais sutis, mas igualmente perigosas, formas de transgressões tais como: orgulho espiritual, auto-justiça, imposições indiscriminadas de "serviço" sobre um nosso companheiro, intolerância, falsos julgamentos, crítica severa, impaciência e egoísmo - a lista parece interminável. O caminho para a obtenção da cura nunca está livre da tentação de pecar e, a cada tentação que caímos, mais suscetíveis às doenças ficamos. A dor e a doença são causadas pela transgressão às Leis da Vida - este é o Ensinamento Rosacruz. É também o que aprendemos através da própria experiência e o que precisamos aprender para reconhecer, evitar e transformar de maneira efetiva estes sofrimentos, que nada mais são do que a negligência às Leis de Deus.

 Consideremos o primeiro passo, que é a PUREZA. Foi dito que o Evangelho de Cristo não poderia jamais ser anunciado por alguém que estivesse doente. Do mesmo modo, é certo que os milagres de cura realizados por Cristo-Jesus não teriam sido consumados por alguém que estivesse doente. Toda cura resulta da aplicação da força divina de cura que vem do Pai, dos Curadores, dos Auxiliares Invisíveis e de to­dos que, com devoção, cuidam dos doentes e oram por eles. No Serviço de Cura da Fraternidade Rosacruz, é - nos ensinado que uma força de cura pura e forte não pode ser enviada a menos que mantenhamos nossas mentes e corpos limpos e puros. Quer seja esta força de cura impessoalmente dirigida para onde ela for mais necessária, como acontece durante o Serviço de Cura, ou quer seja dirigida a um indivíduo específico., o instrumento através do qual ela passa deve ser puro. Um instrumento manchado com impurezas diluirá parte do poder inerente à força de cura, do mesmo modo que uma lente suja não pode reproduzir uma imagem perfeita.
O mais puro e perfeito instrumento terreno foi o de Jesus. Somente em um veículo tão casto é que o sublime Espírito de Cristo poderia realizar Sua missão de divulgar o Evangelho de Amor e Fraternidade e de Curar os enfermos. Somente um veículo tão casto poderia resistir às vibrações rarefeitas do pensamento superior, da sabedoria, da força espiritual e do amor trazido à Terra por este Ser sublime. Somente um veículo tão casto poderia transmitir a divina força de cura com tal intensidade que causou os milagres de cura de Jesus Cristo. Nós, também, um dia seremos capazes de usar a mesma medida de força no grande trabalho de curar, realizando os mesmos tipos de cura que hoje parecem tão impossíveis. Isto somente ocorrerá quando nossa pureza interior, assim como a exterior, venha a tornar-se semelhante àquela de nosso ideal: CRISTO-JESUS.

Vamos agora dar o segundo passo, o da COOPERAÇÃO. Se pedimos ajuda aos Auxiliares Invisíveis, precisamos ter em mente que o processo de cura não tem um único lado. Precisamos estar preparados para cooperar com a força de cura que está sendo dirigida a nós. Há coisas específicas que podemos fazer e coisas que não devemos fazer para que os processos de cura sejam os mais benéficos possíveis.

Muitas pessoas, atualmente, estão começando a entender que certos alimentos não são saudáveis e que um longo período sem dormir pode causar danos significativos. Geralmente, damos pouca atenção aos efeitos de nossos pensamentos e emoções sobre a saúde. Depois de termos pago um tributo de sofrimento, não temos dificuldade em perceber que a dor de cabeça surgiu devido a um acesso de choro que tivemos, e que aquela dor de estômago que nos afligiu veio depois de termos ficado zangados.
 
Se constantemente enviamos pensamentos de crítica, intolerância, ódio e vingança, nós nos vamos prejudicar muito mais do que prejudicamos aos outros. A atividade que nos induz a tais pensamentos tende a enrijecer nossos veículos mais sutis - uma condição que, por sua vez, age adversamente sobre a saúde física. Obviamente, cooperar com a força de cura irradiando os mais ele­vados pensamentos em todos os momentos é tão importante quanto comer de maneira apropriada e dormir o suficiente. Cooperar com a força de cura é cooperar com o Cristo e com o Pai, de quem, na realidade, nos vem a cura. Cristo-Jesus nos disse por palavras e exemplos o que devemos fazer. Devemos olhar para Sua vida na Terra e fazer o esforço de viver de forma que nossas próprias vidas sejam preenchidas com o amor e a tolerância que Ele trouxe ao mundo. Quando aprendemos a fazer isto automática e consistentemente, estamos cooperando com a forca de cura antes de termos necessidade dela, pois, teremos aprendido a viver corretamente, assegurando, assim, boa saúde.

FIDELIDADE é o terceiro passo para a cura espiritual. O dicionário diz que ser fiel é ser constante e leal. Sugere qualidades de estabilidade, devoção e firmeza. Tiago (5-15) diz que: "a prece, com fé, salvará o enfermo". Vemos, então, que lealdade, devoção e fidelidade ao que mais de superior conhecemos, pesará muito na balança da cura. O que significa esta fidelidade? Significa viver atentos àquilo que pensamos, dizemos e fazemos a todo momento. Fielmente escolhamos nossos pensamentos e nossas palavras; lealmente certifiquemo-nos que elas sejam positivas e amorosas, firmemente tratemos os outros como gostaríamos de ser tratados; constantemente tentemos não bisbilhotar e criticar.

Sabemos que pensamentos e ações negativas agem adversamente sobre o corpo. Na verdade, enfraquecem e destroem células e tecidos, evitando sua restauração e substituição com material saudável. Tiago (5-16), diz para "orarmos uns pelos outros" que seremos curados. Quando o desejo de ajudar e servir ao próximo é tão forte que esquecemos de nós próprios em benefício dos outros, descobrimos que nós, também, nos beneficiamos de nossa prece. É impossível prestar "serviço" aos outros com amor e caridade sem, de alguma maneira, colher o bem em nossas vidas. Gradualmente, à medida que crescemos em força, para viver mais próximos ao superior que conhecemos, descobriremos que também temos a força para ajudar o próximo mais efetivamente, pois, Tiago(5-16) também nos diz que "a oração fervorosa e eficaz de um homem justo vale muito". Ao prosseguirmos o caminho para a pureza estaremos cada vez mais ávidos para desenvolver, dentro de nós, a fidelidade segura e firme ao Cristo Interno. Desenvolveremos aquela lealdade e fidelidade que brilhará através de nós, iluminando nossas vidas e encorajando outros a se tornarem fiéis ao superior interno.

 

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