O capítulo 6 do Evangelho
de Mateus encanta-nos pela atualidade de sua mensagem. Nunca o homem andou tão
ansioso como agora. Nunca ansiedade sobressaltou tanto a alma como nesses
primeiros tempos do Terceiro Milênio.
No âmago da questão
encontramos o temor de que as necessidades básicas da humanidade não sejam
atendidas.
Em última análise, todos os
sentimentos humanos podem se resumir em dois pontos: amor e medo. Entre um e
outro trava- se a luta pelo equilíbrio emocional e espiritual que tanto bem nos
faz.
A grafita é a mesma
substância, quimicamente, que o diamante, apesar da aparência diferente. Diz-se
que são formas alotrópicas do carbono. Alegria, motivação, sensação de êxito,
realização, apreciação da arte, coragem, são formas alotrópicas do amor.
O amor é construtivo, ele
faz o corpo, prolonga a vida, traz inspiração, abre caminhos em mil direções,
encoraja, supera qualquer obstáculo.
O medo destrói o corpo,
bloqueia a inspiração, provoca o ressentimento, a prepotência, a timidez, o
egoísmo e a insegurança.
O amor é uma força
harmonizadora: “aquietai-vos e sabei que sou Deus”, canta o salmista. Para nos
livrarmos definitivamente do medo, necessitamos de uma visão objetiva de nós
mesmos, descobrindo e conhecendo nossa verdadeira identidade. Quem somos nós?
Alguma vez já nos fizemos essa pergunta? Provavelmente poucos, pois muitos
confiam enganosamente em sua identidade material. Talvez respondam: sou
brasileiro, casado, comerciante, residente à rua tal, número tal. Trata-se
apenas de uma autoimagem.
O homem é assim um ser tão
limitado? Não, o ser humano é parte da auto expressão de Deus. Deus canta uma
canção e essa canção é o homem. Cumpri-nos, então, transformar a imagem
limitada que vemos da Verdade gloriosa que conhecemos. E, essa verdade gloriosa
não conhece o medo. É isso verdadeiro significado do Capítulo 6 de Mateus.
“ ...se você não
crer em algo maior que si próprio, então não está vivendo, mas apenas
existindo. Ser bem-sucedido depende do grau de crescimento. E você cresce na
medida em que se torna uma pessoa mais sábia, mais útil e mais segura. Nós
vivemos para aprender e por esse processo aprendemos a viver”. Manly P.Hall.
Publicado em ECOS da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil. setembro, 2006
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