14/07/2019

O AMOR E O MEDO

 

O capítulo 6 do Evangelho de Mateus encanta-nos pela atualidade de sua mensagem. Nunca o homem andou tão ansioso como agora. Nunca ansiedade sobressaltou tanto a alma como nesses primeiros tempos do Terceiro Milênio.

No âmago da questão encontramos o temor de que as necessidades básicas da humanidade não sejam atendidas.

Em última análise, todos os sentimentos humanos podem se resumir em dois pontos: amor e medo. Entre um e outro trava- se a luta pelo equilíbrio emocional e espiritual que tanto bem nos faz.

A grafita é a mesma substância, quimicamente, que o diamante, apesar da aparência diferente. Diz-se que são formas alotrópicas do carbono. Alegria, motivação, sensação de êxito, realização, apreciação da arte, coragem, são formas alotrópicas do amor.

O amor é construtivo, ele faz o corpo, prolonga a vida, traz inspiração, abre caminhos em mil direções, encoraja, supera qualquer obstáculo.

O medo destrói o corpo, bloqueia a inspiração, provoca o ressentimento, a prepotência, a timidez, o egoísmo e a insegurança.

O amor é uma força harmonizadora: “aquietai-vos e sabei que sou Deus”, canta o salmista. Para nos livrarmos definitivamente do medo, necessitamos de uma visão objetiva de nós mesmos, descobrindo e conhecendo nossa verdadeira identidade. Quem somos nós? Alguma vez já nos fizemos essa pergunta? Provavelmente poucos, pois muitos confiam enganosamente em sua identidade material. Talvez respondam: sou brasileiro, casado, comerciante, residente à rua tal, número tal. Trata-se apenas de uma autoimagem.

O homem é assim um ser tão limitado? Não, o ser humano é parte da auto expressão de Deus. Deus canta uma canção e essa canção é o homem. Cumpri-nos, então, transformar a imagem limitada que vemos da Verdade gloriosa que conhecemos. E, essa verdade gloriosa não conhece o medo. É isso verdadeiro significado do Capítulo 6 de Mateus.

“ ...se você não crer em algo maior que si próprio, então não está vivendo, mas apenas existindo. Ser bem-sucedido depende do grau de crescimento. E você cresce na medida em que se torna uma pessoa mais sábia, mais útil e mais segura. Nós vivemos para aprender e por esse processo aprendemos a viver”. Manly P.Hall.

Publicado em ECOS da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil. setembro, 2006

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