Pergunta: Sendo um corpo sadio necessário para o desenvolvimento
espiritual, o que oferecem os Ensinamentos Rosacruzes a alguém que não esteja
em perfeitas condições físicas no presente momento? Será a saúde perfeita o
resultado do estudo desta filosofia? Se o ensinamento for praticado,
proporcionará uma boa saúde à pessoa?
Resposta: O consulente começa com um equívoco, isto é, que um corpo sadio é necessário
ao verdadeiro desenvolvimento espiritual. Esqueceu, também, a diferença entre “sadio
e “sensível”. Muitas pessoas com pouco desenvolvimento têm um corpo
físico dos mais sadios e saudáveis, mas não são sensíveis às vibrações
espirituais. Uma ilustração elucidará isso: O autor possuiu um despertador, um
relógio barato, já há um certo número de anos. Muitas vezes foi colocado e
comprimido numa grande mala manipulada por carregadores, porteiros, etc., de
uma maneira excessivamente descuidada, assim mesmo, ao ser tirado da mala
depois de todos os solavancos e do mau trato, funcionava ainda marcando as
horas, isto é, se a pessoa não se importar com uma variação de alguns minutos
para frente ou para trás. Tal relógio é resistente e sólido, mas
não exato.
Por outro lado, um
cronômetro usado a bordo dos navios é um relógio excessivamente
delicado. Repousa sobre uma balança que o mantém numa posição horizontal e é
compensado ao mínimo movimento do navio para que possa funcionar
perfeitamente, pois, muitas vezes, milhares de vidas dependem da extrema
precisão desse instrumento. Um capitão que se lança a navegar no oceano, sabe a
que distância está na direção leste ou oeste de Greenwich, Inglaterra, através
desse relógio preciso o cronômetro. Ao calcular a diferença entre o horário do
meio dia no local onde se encontra e o tempo marcado pelo cronômetro, possui um
critério concreto da sua localização, um critério ao qual ele confia a vida de
todos os seus passageiros e os milhões de dólares que valem a propriedade que
está sob seus cuidados. Uma comparação entre o cronômetro sensível e o
despertador impreciso e disponível, ilustra a diferença entre “sensível” e
“sólido”.
À medida que entendemos as
filosofias mais elevadas e que vivemos a vida ensinada por elas, o nosso corpo
torna-se extremamente sensível e deve receber mais cuidados que o corpo
de um hindu ou de um negro nos desertos da África. Eles não têm um sistema
nervoso delicadamente organizado como o da raça branca. Os que estão
interessados nas linhas do desenvolvimento espiritual encontram-se
particularmente tensos; portanto, à medida que progredimos, torna-se necessário
cuidar cada vez mais deste instrumento. Aprendemos também as leis da sua
natureza e como adaptar-nos a elas. Se aplicarmos o nosso conhecimento, é
possível manter um instrumento sensível e conservá-lo em saúde relativa.
Há casos, no entanto, em
que uma doença é necessária para causar certas mudanças no corpo, que são
precursoras de um grau mais elevado no desenvolvimento espiritual e, sob tais
condições, a doença torna-se uma bênção e não uma maldição. Podemos dizer que o
estudo da mais alta filosofia tenderá sempre a melhorar a saúde de alguém,
porque “conhecimento é poder”, e quanto mais soubermos, mais capazes seremos de
enfrentar todas as condições, contanto que ponhamos o nosso conhecimento em
prática e vivamos a vida, Não sejamos meros ouvintes da palavra, mas
agentes também, pois nenhum ensinamento nos beneficiará se não estiver
integrado nas nossas vidas diárias.
Max Heindel em "A Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas - vol. I, perg. 144
0 comments:
Postar um comentário