28/07/2013

O Perdão Dos Pecados


Pecado é uma ação contrária à Lei. São Pedro afirmou "O que o homem semear isso mesmo ele colherá". Não obstante, do ponto de vista oculto nem sempre o homem sofre o efeito das faltas que cometeu, porquanto o perdão dos pecados é uma realidade. Há, porém, pré-requisitos para que ele opere e um deles é a vontade aliada à iniciativa, através do ARREPENDIMENTO, REFORMA E RESTITUIÇÃO.

Arrependimento é uma mudança do coração e da mente em relação ao ato considerado pecaminoso, como resultado de uma insatisfação ou remorso.

Reforma significa restauração, renovação do caráter, transformação da consciência Envolve discernimento. é uma prova de valor e paciência. Quando o indivíduo se transforma internamente tudo se modifica em sua vida

Restituição é a compensação devida a alguém que de alguma forma prejudicamos Se não pudermos restituir ao ofendido podemos fazê-lo servindo outra pessoa.

O indivíduo se liberta dos pecados quando, em sua consciência, admite ter errado e propõe-se a não mais repetir a falta A evolução é fundamentalmente uma questão de consciência. O desenvolvimento dessa consciência ocorre principalmente através do exercício de retrospecção o qual oferece uma visão objetiva de nós mesmos. Isso evita o sofrimento purgatorial pois acaba limpando o átomo-semente.

Se o indivíduo se conscientizar de seus erros, partindo para o arrependimento, reforma e restituição, demonstrará ter aprendido as lições nesta encarnação, não necessitando fazê-lo futuramente. Isso é o "perdão dos pecados".

O ensinamento alusivo ao karma, disseminado pelas Escolas Orientais, não satisfaz completamente as necessidades humanas. Os ensinamentos cristãos, por sua vez, abrangem tanto a lei de causa e efeito como o perdão dos pecados.

Essa reforma interior, esse ato volitivo, começa com o corpo vital. No Pai Nosso temos uma oração exclusiva para o corpo vital: "Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido". Através da repetição forma-se a alma intelectual, importante no processo de criação de bons hábitos. Um bom hábito é não reagir emocionalmente diante de uma situação ou circunstância desequilibrante ou de uma provocação. Se não reagirmos emocionalmente não estaremos implicados na questão e em suas consequências.

Portanto, todo ser humano tem a prerrogativa de erigir seu destino futuro.
 publicado no ECOS da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil, Maio, 1991

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