"A vivência do lema Rosacruz resulta na saúde e equilíbrio de todos os nossos veículos"
(veja nota final)
..Seria oportuno que todos nós nos perguntássemos: Estou sendo realmente o governante dos corpos que Deus me deu? Meu corpo é o que o que eu desejaria que fosse? Estou satisfeito com ele? Os Evangelhos dizem uma grande verdade nesta citação: "Assim como o homem pensa em seu coração, assim ele é.” O que hoje somos, física, moral e espiritualmente, é o justo efeito da administração que temos feito desses veículos. Se cabe mudança, somente nós é que poderemos efetiva-la. Os semelhantes e os livros podem ajudar-nos (muitas vezes nos atrapalham porque não queremos ou não sabemos escolhe-los) mas a reforma interna só pode ser feita por nós mesmos. Os passos, pois, são: conhecer, convencer se, realizar e perseverar nas leis naturais da saúde, não apenas a do corpo físico, senão também, dos sentimentos e da mente: saúde global, efetiva, harmoniosa!
As regras da boa saúde tão simples e muitas delas facílimas de seguir. Aquilo que é desejável fisicamente: luz solar e ar puro, respiração correta, água pura, alimentação racional e equilibrada (base de vegetais frescos, nozes e frutas), repouso suficiente, exercício adequado e trabalho construtivo. Quanto ao corpo de desejos, vital e mental, dependem, ademais do citado (pois um corpo reflete sobre o outro, benéfica ou maleficamente) de pensamentos puros e construtivos, sentimentos nobres, ações amorosas e altruístas, em resumo, o que diz o lema rosacruz: "uma Mente pura, um coração nobre e um corpo são".
Nenhuma doença, nenhuma enfermidade, nenhuma dor ou mal-estar poderão manifestar-se num corpo limpo, vitalizado e saudável, templo de pensamentos corretos, sentimentos elevados e ações altruístas. Nenhum germe, micróbio ou vírus pode ganhar entrada e afetar o organismo em tais condições. Além disso, tal saúde global é requisito essencial para aquisição de melhores condições espirituais.
A moderna medicina pode, talvez, algumas vezes, dar a entender que o homem, mercê de seus conhecimentos e astúcia, possa iludir as leis da natureza impunemente. Todavia, como dissemos, aí estão as enfermidades de toda ordem como eloquentes testemunhos de seus desvios e da ineficácia de seus métodos antinaturais.
Os animais selvagens (guiados pela Sabedoria de seus Espíritos- Grupos) recusam comer ou beber o que lhes seja prejudicial e sabem selecionar o que realmente lhes convém. Somente o homem, tendo a mente escravizada aos seus desejos, desobedece às leis de harmonia física e espiritual, comendo ou bebendo aquilo que o prejudica, mas que gratifica artificialmente o paladar. Resultado: o homem é muito mais sujeito à enfermidade do que os animais no estado de liberdade. O primeiro desrespeita e os últimos obedecem às leis naturais.
É preciso compreender, antes de mais nada, que nosso corpo é o templo de um Deus interno, parte do Criador. Poluir esse templo, mercantiliza-lo, destruí-lo de qualquer maneira é um grande pecado (contra as leis do Universo). A indulgência para com os apetites inferiores é uma falta que trará no devido tempo a correspondente retribuição. Se semeamos maus hábitos, colheremos somente dor e enfermidades. Essa é a condição de milhões de seres humanos, escravos e falsos apetites: não souberam suprir as reais necessidades de seu corpo e hoje sofrem as consequências de seus desvios.
A lei de Consequência opera inexoravelmente para nosso bem ou sofrimento. Por isso diz Max Heindel: "o único pecado é a ignorância e a única salvação o conhecimento aplicado". Aí está a fórmula da verdadeira felicidade, baseada na saúde e construtora do mérito que nos eleva espiritualmente à condição de iniciados, aptos a orientar os semelhantes pelo exemplo e pelo amor de reais seguidores do Cristo.
Do exposto é que afirmam os Rosacruzes: propomo-nos a conciliar a ciência, a religião e a arte, a fim de possuirmos, no futuro, uma religião artística e científica; uma ciência religiosa e estética; uma arte religiosa e científica. Tudo de volta à unidade coerente.NOTA: Esse artigo é parte de um artigo de mesmo nome apresentado na revista Rays from the Rose Cross, número desconhecido. De autoria de Harold Saveson, a tradução foi realizada por José Gonçalves Siqueira
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