Cristo orando no Getsêmani depois da Última Ceia enquanto os discípulos dormem. Pintura do artista franco-alemão Martin Schongauer (1448-1491). |
Por Jonas Taucci
Uma das passagens relatadas no evangelho de Mateus (26: 36 a 46) informa onde - no Getsêmani e por três vezes - Cristo encontrou seus discípulos dormindo (“porque seus olhos estavam pesados”) após ter dito a eles que iria orar.
Com certeza nestes últimos dois milênios há quem possa ter afirmado (!) que jamais dormiria estando Cristo por perto, tão sublime companhia.
Esta passagem orienta o aspirante rosacruz a que não esteja dormindo aos sofrimentos de seus irmãos, que não fiquemos deitados nas apenas informações obtidas. O conhecimento que possuímos dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, se não focado a mitigar os pesares alheios, nos fará dormir (olhos pesados).
Ao afirmar que jamais dormiríamos perto da tão sublime companhia (Cristo), deveríamos nos conscientizar de que os necessitados são sublimes companhias, e é imperioso estarmos despertos para elas, prestando auxílio.
Uma das mais belas páginas escritas sobre este assunto, foi retratada no Editorial da revista Serviço Rosacruz de maio, ano 1982, publicada pelo Centro Rosacruz de São Paulo (abaixo reproduzida parte) e que foi tema de várias palestras nos Centros Rosacruzes de Santo André, São Paulo, Lapa e Penha, nos anos seguintes por ocasião da Páscoa, conjuntamente com a Lição Mensal do Estudante da The Rosicrucian Fellowship de Abril - ano 1981 - intitulada “O significado da Páscoa”.
“A literatura rosacruz nos oferece-nos fascinantes temas para estudos e meditações, mas nem os elogios estampados nos mais famosos jornais da época, muito menos as expressões entusiásticas dos leitores, afastavam Max Heindel da realidade: de pouco valor seriam os Ensinamentos Rosacruzes, se lograssem apenas informar ou enriquecer cabedais de cultura, sem entretanto, sensibilizar o íntimo de cada leitor.
Isto, diante dos mais elevados objetivos da Ordem, seria um fracasso lamentável.
Que as revelações das obras rosacruzes empolgam, não há como duvidar, todavia, abstenha-se o aspirante rosacruz de permanecer nesse estágio; se configurada tão somente como alimento intelectual, esta vasta literatura não cumpriria com sua edificante finalidade.
Os Ensinamentos Rosacruzes quando nas mãos de diletantes, constituem pérolas atiradas aos porcos. Infelizmente algumas pessoas são conduzidas às portas da Fraternidade Rosacruz por mero diletantismo intelectual, não lhes sobrando nenhuma motivação de ordem espiritual. Sua curiosidade, entretanto, não lhes ensejará mais que tímidos passos na Senda; buscam novidades. Mas, não há novidades, e sim verdades antigas em novas roupagens, em vestimentas desconhecida do grande público. As novidades não se encontram em inusitadas formas de apresentação exigidas pela época, mas sim na constante descoberta interna daquilo que o aspirante rosacruz vive.
Cabe a ele encontrar nas entrelinhas das obras rosacruzes, o “evangelho do serviço”.
Ainda que seja apropriado – nesta época do ano - dedicarmos uma meditação sobre a Páscoa e o sacrifício de Cristo pela humanidade, também será correto participarmos das alegrias e júbilos desta Santa Estação, desde que nos prontifiquemos a sermos - na prática - colaboradores conscientes do Cristo na elevação da Onda de Vida dos Espíritos Virginais.
“Para os iluminados, a Páscoa simboliza o amanhecer de um alegre dia em que toda a humanidade, como Cristo, será permanentemente liberada dos apertados confins da materialidade para converter-se em colunas e fortalezas na Casa do Pai, do qual não sairão mais”. (Max Heindel, frase inserida na Lição Mensal do Estudante, da The Rosicrucian Fellowship – citada acima).
“Para os iluminados, a Páscoa simboliza o amanhecer de um alegre dia em que toda a humanidade, como Cristo, será permanentemente liberada dos apertados confins da materialidade para converter-se em colunas e fortalezas na Casa do Pai, do qual não sairão mais”. (Max Heindel, frase inserida na Lição Mensal do Estudante, da The Rosicrucian Fellowship – citada acima).
Tralci foi – na essência e âmago da palavra – um AMIGO.
Desta forma, munidos de lanches vegetarianos, sucos naturais e frutas, num domingo pela manhã ensolarada, vários automóveis partiram do Centro Rosacruz de São Paulo em direção a um marco localizado na Rodovia Anhanguera, onde todos puderam degustar os lanches, terem edificantes conversas sobre os Ensinamentos Rosacruzes e lerem a inscrição deste marco.
Com o decorrer dos anos o marco (indicativo geográfico idealizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) passou por várias mudanças em seu visual, mas o que permanece até os dias hoje é o exemplo da amizade exercida e o trabalho deixado pelo AMIGO Tralci.
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