01/05/2018

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”

por Jonas Taucci
Durante uma viagem que realizei, de trem, entre Roma (Itália) e Barcelona (Espanha), pude ver - em vários trechos - o espetacular Mar Mediterrâneo. O trem subiu pela costa oeste italiana, antes de entrar em território francês, e posteriormente a Espanha. Fui agraciado, em dado momento, com um maravilhoso e inesquecível pôr do sol.

Custou-me acreditar que esta cena – a enorme e portentosa bola de fogo a deitar majestosamente no horizonte mediterrâneo – fosse palco de uma das batalhas mais sangrentas da história: As Guerras Púnicas, acontecidas a mais de dois milênios.

RESUMIDAMENTE: AS GUERRAS PÚNICAS

***Foram batalhas, em número de três, entre Roma e Cartago (cidade estado do norte da África), sendo que na primeira, o conflito bélico naval foi horrível nas águas do famoso mar.

***Entraram em guerra pelo controle marítimo do Mar Mediterrâneo; rota importantíssima de comércio e também área vital militar.

***Estas três Guerras Púnicas ocorreram entre os anos 264 AC e 146 AC, com vitória romana, que passou a chamar este mar de Mare Nostrum (mar nosso), sendo fator importante para a consolidação do posterior Império Romano (27 AC à 470 DC, aproximadamente).

***Durante mais de um século o ódio imperou entre cartagineses e romanos, em terríveis batalhas navais e terrestres.

Estas informações constam em livros de história, contudo há um lado oculto (e posterior) a isso, informado por Max Heindel, em sua obra Ensinamentos de um Iniciado – capítulo IX – Luz mística sobre a guerra mundial (1914-1918) – Parte I – Fontes Secretas;

***Os cartagineses renasceram na Prússia (Alemanha) e os romanos renasceram em Albion (como também é conhecida as Ilhas Britânicas); o ódio entre ambos continuou, agora como palco a 1ª Grande Guerra Mundial.

Aqui um ponto importante para o aspirante rosacruz: a morte não aplacou a belicosidade entre estes espíritos, que se envolveram em novas (contudo antigas...) batalhas, por volta de dois mil anos depois das Guerras Púnicas. O ódio perdurou, ainda que em época e nacionalidades diferentes.

Max Heindel, em Cartas aos Estudantes # 47 (Os Auxiliares Invisíveis e o Seu Trabalho nos Campos de Batalha), escrita em outubro de 1.914 (em plena 1ª Guerra Mundial), solicitou a todos que orassem pela paz mundial: as espadas sendo fundidas em arados. Atualmente, não temos uma guerra mundial propriamente dita, contudo existem seriíssimos conflitos étnicos, religiosos, políticos etc. ao redor do planeta, causando muitos sofrimentos e mortes.

Nossa Sede Mundial (Oceanside), nos orienta a meditarmos pela paz mundial, quando a Lua transita pelos signos de água (Câncer, Escorpião e Peixes).

 Os Signos aquosos estão  relacionados com o aspecto sentimento, afetividade, coração e devoção

Cristo, no evangelho de João (14:27) diz:
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não a dou como a dá o mundo”.

À LUZ DOS ENSINAMENTOS ROSACRUZES:

***Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou.  (a paz do Cristo Interno de cada um de nós).

***Não a dou como a dá o mundo. (paz temporária, externa, governamental, política).

Não devemos entender esta passagem, como Cristo transferindo a SUA paz a cada ser humano.  Evidente que todos os anos, Ele nos visita, abençoando-nos com seu infinito amor, contudo a paz a que Ele se refere, é a paz interna de cada um de nós, conquistada pelo aspirante, resultante do desabrochar do Cristo Interno. Procuremos ler e meditar esta passagem, calmamente, do evangelho de João, como sendo os dizeres de nosso Cristo Interno.

Iremos nos maravilhar.

O Sr. Heindel, em Iniciação Antiga e Moderna (capítulo II – O Altar de Bronze e o Lavado) é enfático: Não é o Cristo externo que salva, mas o Cristo Interno”.

E no Ritual Rosacruz de Dezembro, voltado ao Natal, lemos ao final:

É um fato sublime nós sermos Cristos em formação; quanto mais cedo nos convencermos que devemos dar nascimento ao Cristo Interno antes de podermos ver o Cristo exterior, mais depressa chegará o dia da nossa iluminação espiritual. Cada um de nós será, oportunamente, conduzido pela Estrela até ao Cristo, mas é necessário acentuar, que não seremos conduzidos a um Cristo exterior, mas ao Cristo que esta no Interior”.   

A paz, particular de cada um de nós, fermentada pelo nosso Cristo Interno, quando conquistada por um número significativo da humanidade, irá abolir todo vestígio de guerras na Terra.

Nesta e em vidas futuras...

2 comments:

Amanhecer Nativo disse...

Carissimo irmão de jornada. Que a PAZ do Filho de Deus Vivo, Nosso Senhor Jesus Cristo permaneça em vós e todos Irmãos e Irmãs e simpatizantes que acompanham vosso Blog. Amém. Sergio Pires -Estudante do Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz.

Rosacruz e Devoção disse...

Caro irmão Sérgio agradecemos seu comentário e sua participação no blog. Nosso abraço fraterno e Que as rosas floresçam em vossa cruz.

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