07/12/2016

Do Natal e do Nosso Cristo Interno

 por Jonas Taucci
"A Adoração dos Pastores” (detalhe) da pintora Josefa de Ayala Figueira (Espanha 1.630 – Portugal 1.684), mais conhecida como Josefa de Óbidos - Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa.

“Ainda que Cristo possa nascer mil vezes em Belém, se não nascer dentro de ti, tua alma continuará extraviada”.

A frase do polonês, místico cristão, filósofo, jurista, poeta e médico Angelus Silesius (nascido Johannes Scheffler – 1.624/1.677) possui uma relevância enorme para o aspirante Rosacruz; ela é citada no Conceito Rosacruz do Cosmos (Cristo e Sua Missão) e no Ritual de Dezembro.

Abaixo, homenagem a este místico por excelência, que se encontra na cidade do seu nascimento e falecimento; Wroclaw (Breslávia em português).

Foi concebida para exprimir a ideia de um espirito alado”.

Veladamente, Silesius refere-se nesta frase acima, ao nascimento de nosso Cristo Interno, uma Obra que devemos edificar internamente e que possui dois atributos - simultâneos - e aparentemente paradoxais:

***Uma Obra individual; pessoal de cada um de nós.

***Nunca iremos realizá-la sozinha: sem auxiliar nosso semelhante, fracassaremos totalmente.

Toda missão que Cristo realizou (e anualmente realiza), está baseada no amor ao próximo, amor este vivenciado em
Atos e Ações

Max Heindel, em Coletâneas de um Místico – capítulo XVII, nos fornece valiosas informações sobre este assunto, vejamos algumas;

*** No dia do Juízo Final, Cristo não disse “... bem fizeste em conhecer a bíblia, a cabala, o Conceito e todas as literaturas misteriosas, mas disse: bem fizeste bom e fiel servo, pois estive com fome e me destes de comer, com sede e me destes de beber, não há menção alguma à palavra conhecimento. Toda ênfase está na fidelidade e no serviço”.

Numa análise superficial isto pode chocar, contudo não resulta em absolutamente nada apenas termos conhecimento sobre os Ensinamentos Rosacruzes. Vive-los é o fator determinante!

*** O serviço constrói o Corpo Alma.

Não será através do que sabemos, mas do que fazemos, que iremos alavancar o nascimento de nosso Cristo Interno.

*** Aquele que assim aprende sobre Deus, sabe mais do que tudo o que está contido nos livros do mundo.

Max Heindel, não diz para abolirmos a leitura de livros; ele mesmo foi autor de vários, e o Conceito Rosacruz do Cosmos é o passo inicial rumo ao probacionismo. Contudo uma pergunta cabe a cada um de nós; qual nosso objetivo em procurarmos conhecimento através dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental?

*** Mas precisamos pregar através da prática.

Novamente a importância de colocarmos em prática o que sabemos. O que fazemos, qual a efetiva prática de sabermos os Períodos, Épocas, Leis do Renascimento e Causa/Efeito? Estamos utilizando tudo isto para auxilio de nosso semelhante?

*** Não, não é essencial saber essas coisas. Esse conhecimento quando usado adequadamente é uma vantagem, mas pode ser, também, uma desvantagem evidente no caso dos que possuem um pequeno conhecimento. Existem muitos que estão sempre meditando sobre o “Eu Superior” enquanto se esquecem completamente dos muitos “egos inferiores” gemendo de miséria em suas portas.

No próximo dia 21 de dezembro, por volta das 07h45m, horário de Brasília e não considerando o Horário de Verão, o Sol ingressa no signo Zodiacal de Capricórnio. É quando O AMOR DO CRISTO chega – obedecendo aos diversos fusos horários espelhados pelo mundo – ao centro de nosso planeta.

O Natal está próximo!

Possamos estar receptivos a estas vibrações, ofertando aos nossos semelhantes – assim como os três Reis Magos ofertaram a Jesus recém-nascido – os nossos presentes”.

Assim como naquele 17 de dezembro de 1.972 - que com um calor quase insuportável e dependências completamente lotadas, o Centro Rosacruz da cidade paulista de São José dos Campos, realizou a comemoração do Natal.

Oficiamento do Ritual Rosacruz do Serviço do Solstício de Dezembro, músicas, poesias e mensagens (programação totalmente referente ao nascimento de Jesus), constaram da celebração, não faltando a tradicionalíssima Árvore de Natal.



Nota: Na carta 25 do livro Cartas aos Estudantes de Max Heindel lemos: ..."O costume de tocar o sino quando a vela acende sobre o altar, foi iniciado por videntes espiritualmente iluminados para demonstrar a unidade cósmica da Luz e do Som.  O badalo metálico do sino traz a mensagem mística de Cristo à humanidade, tão claramente hoje como da primeira vez que Ele anunciou o amoroso convite:   “Vinde a Mim todos os que estão cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei”.  Assim, o sino é um símbolo de Cristo.  “A Palavra”, quando nos chama do trabalho à devoção ante o altar iluminado, vem ao nosso encontro como “A Luz do Mundo”. (veja carta completa aqui)

Mais sobre o Natal  (aqui)

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