por Maria Geralda M. Santos
Chove
em Campos do Jordão. Uma chuva fina, miúda e constante, umedecendo morosamente
a terra. Mesmo assim, algumas árvores mais velhas não resistem e caem expondo
suas raízes indefesas, Deixando-nos a lembrança da sua exuberância de antes,
formosas e floridas.
Pela
manhã sempre a mesma névoa envolvendo árvores e casas ocultando a beleza
natural desta bela cidade.
Como
a chuva é leve, alguns sabiás vêm para o jardim e com a terra molhada se
alimentam sem grande esforço de algumas minhocas e formigas.
As
flores, encharcadas pela água da chuva, têm suas pétalas grudadas umas às
outras, fazendo- nos lembrar o olhar humano encharcado de lágrimas.
Cozinhar
é realmente uma boa opção! O aroma das geléias doces, chás e sucos quentes
amenizam este tempo de involuntária reclusão. É mesmo agradável tomarmos em
pequenos goles um delicioso quentão de frutas.
Todas
as manhãs a primeira coisa que fazemos é abrir a janela e olhar o tempo. Temos
então a surpresa prazerosa de ver que uma clara e densa névoa descia de encontro
a terra como se quisesse amorosamente abraçá-la. Lembramos então do dito
popular do homem do campo, de Campos do Jordão: “Névoa baixa, sol que racha”.
primeira quinzena de dezembro de 2013
Prosa
declamada na Festa de Aniversario de 59 anos da
Fraternidade Rosacruz.
(21/09/2014) pela autora.
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