03/01/2015

A Casa do Estudante Rosacruz inspirou-me

                                                              por Maria Geralda M. Santos
Chove em Campos do Jordão. Uma chuva fina, miúda e constante, umedecendo morosamente a terra. Mesmo assim, algumas árvores mais velhas não resistem e caem expondo suas raízes indefesas, Deixando-nos a lembrança da sua exuberância de antes, formosas e floridas.

Pela manhã sempre a mesma névoa envolvendo árvores e casas ocultando  a beleza natural desta bela cidade.

Como a chuva é leve, alguns sabiás vêm para o jardim e com a terra molhada se alimentam sem grande esforço de algumas minhocas e formigas.

As flores, encharcadas pela água da chuva, têm suas pétalas grudadas umas às outras, fazendo- nos lembrar o olhar humano encharcado de lágrimas.

Cozinhar é realmente uma boa opção! O aroma das geléias doces, chás e sucos quentes amenizam este tempo de involuntária reclusão. É mesmo agradável tomarmos em pequenos goles um delicioso quentão de frutas.

Todas as manhãs a primeira coisa que fazemos é abrir a janela e olhar o tempo. Temos então a surpresa prazerosa de ver que uma clara e densa névoa descia de encontro a terra como se quisesse amorosamente abraçá-la. Lembramos então do dito popular do homem do campo, de Campos do Jordão: “Névoa baixa, sol que racha”.
 primeira quinzena de dezembro de 2013
Prosa declamada na Festa de Aniversario de 59 anos da 
Fraternidade Rosacruz. (21/09/2014) pela autora.

0 comments:

Postar um comentário