Tudo que o homem faz ou pensa associa-se à satisfação de suas necessidades primárias: saciar a fome, abrigar-se, vestir-se, defender-se, constituir família, etc. O sentimento e o desejo são as molas propulsoras de todas essas realizações. Mas, por óbvio que isso pareça, surge ainda uma questão: quais os sentimentos e necessidades que levaram a humanidade ao pensamento religioso e à fé?
Os ensinamentos rosacruzes indicam o temor, o interesse, o amor e o dever como sendo quatro formas básicas de relacionamento do homem com Deus. Nos povos primitivos o fator que desperta ideias religiosas é o medo: medo da fome, de animais bravios, das enfermidades, da morte. Como o nível de consciência desse homem primitivo é incipientíssimo, forja um ser que a ele se assemelha, ser mais poderoso, capaz de submetê-lo e destruí-lo.
A segunda etapa desse relacionamento, a do interesse, está muito ligada ao atendimento das necessidades coletivas. E típica dos povos onde se nota uma certa organização social. O desejo de orientação diante das dificuldades, a satisfação das necessidades do grupo estimula uma concepção social de Deus. A divindade rege os passos daquele povo em particular, protegendo-o, decidindo seus problemas, recompensando-o ou punindo. Para conquistar as boas graças desse deus, oferecem-lhe sacrifícios ou agem conforme os princípios ou tradições da raça. Aspiram, em troca, ver sua colheita mais abundante, o rebanho mais numeroso, a prole sadia, os inimigos prostrados a seus pés. É uma relação de barganha.
Essa forma de religião consolida-se pelo surgimento de uma casta sacerdotal, mediadora entre o povo e a divindade. Essa casta, obviamente privilegiada, logra uma posição de poder, muitas vezes superior ao poder temporal. Trata-se de uma religião do medo, porém, é possível dialogar com Deus e obter -lhe compensações.
O terceiro passo evidencia-se quando a religião do medo se transforma na religião moral. A divindade conforta a tristeza, o desejo insatisfeito, protege as almas dos mortos. A moral e o apreço para com o semelhante constituem a tônica desse pensamento religioso. O Cristianismo popular e outros credos são um exemplo típico dessa fase do relacionamento do homem com Deus. Não se deve, entretanto, considerar as formas religiosas primitivas como exclusivamente religiões do medo, nem as dos povos civilizados como estritamente morais. Há pontos comuns a ambas, principalmente o caráter antropomórfico da ideia de Deus.
Pouquíssimos indivíduos encontram-se no quarto nível de experiência religiosa. Não é fácil conceituá-lo de uma forma clara por não estar associado a uma ideia antropomórfica de Deus, nem a um dogma. Daí, o indivíduo experimenta a totalidade da existência como uma unidade, guiado pelo conhecimento esotérico, pela arte, pela ciência e pela intuição. Para ele a religião tem, ao mesmo tempo, um sentido cósmico e interior. O universo é o templo onde se cultua o Ser Absoluto como também o íntimo do ser humano. Esse sentido cós- mico da religião é percebido por uns poucos iluminados, cujas vidas servem de estímulo a que outros, por seus próprios meios, busquem a Senda da Luz.
Os ensinamentos rosacruzes indicam o temor, o interesse, o amor e o dever como sendo quatro formas básicas de relacionamento do homem com Deus. Nos povos primitivos o fator que desperta ideias religiosas é o medo: medo da fome, de animais bravios, das enfermidades, da morte. Como o nível de consciência desse homem primitivo é incipientíssimo, forja um ser que a ele se assemelha, ser mais poderoso, capaz de submetê-lo e destruí-lo.
A segunda etapa desse relacionamento, a do interesse, está muito ligada ao atendimento das necessidades coletivas. E típica dos povos onde se nota uma certa organização social. O desejo de orientação diante das dificuldades, a satisfação das necessidades do grupo estimula uma concepção social de Deus. A divindade rege os passos daquele povo em particular, protegendo-o, decidindo seus problemas, recompensando-o ou punindo. Para conquistar as boas graças desse deus, oferecem-lhe sacrifícios ou agem conforme os princípios ou tradições da raça. Aspiram, em troca, ver sua colheita mais abundante, o rebanho mais numeroso, a prole sadia, os inimigos prostrados a seus pés. É uma relação de barganha.
Essa forma de religião consolida-se pelo surgimento de uma casta sacerdotal, mediadora entre o povo e a divindade. Essa casta, obviamente privilegiada, logra uma posição de poder, muitas vezes superior ao poder temporal. Trata-se de uma religião do medo, porém, é possível dialogar com Deus e obter -lhe compensações.
O terceiro passo evidencia-se quando a religião do medo se transforma na religião moral. A divindade conforta a tristeza, o desejo insatisfeito, protege as almas dos mortos. A moral e o apreço para com o semelhante constituem a tônica desse pensamento religioso. O Cristianismo popular e outros credos são um exemplo típico dessa fase do relacionamento do homem com Deus. Não se deve, entretanto, considerar as formas religiosas primitivas como exclusivamente religiões do medo, nem as dos povos civilizados como estritamente morais. Há pontos comuns a ambas, principalmente o caráter antropomórfico da ideia de Deus.
Pouquíssimos indivíduos encontram-se no quarto nível de experiência religiosa. Não é fácil conceituá-lo de uma forma clara por não estar associado a uma ideia antropomórfica de Deus, nem a um dogma. Daí, o indivíduo experimenta a totalidade da existência como uma unidade, guiado pelo conhecimento esotérico, pela arte, pela ciência e pela intuição. Para ele a religião tem, ao mesmo tempo, um sentido cósmico e interior. O universo é o templo onde se cultua o Ser Absoluto como também o íntimo do ser humano. Esse sentido cós- mico da religião é percebido por uns poucos iluminados, cujas vidas servem de estímulo a que outros, por seus próprios meios, busquem a Senda da Luz.
editorial da revista Serviço Rosacruz de fevereiro de 1985
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