por Ann Burkhurst (veja nota final 1)
Os Auxiliares Invisíveis são reunidos em grupos, de acordo com seus temperamentos e habilidades, sob a orientação de outros Auxiliares que são médicos. O trabalho global dos grupos está sob a direção dos Irmãos Maiores, os espíritos propulsores da Equipe.
Max Heindel nos instruiu sobre os dois graus de Auxiliares Invisíveis: os conscientes, e os inconscientes. Estes últimos são os que trabalham inconscientemente nos mundos Invisíveis enquanto seus corpos dormem. A experiência de um Auxiliar Invisível Inconsciente pode ser comparada a um sonho que não é recordado ao despertar. Contudo, é uma experiência perfeitamente real e, como tal, forma parte do panorama da vida e é presenciada pelo Ego quando, no estado post-mortem, revive sua existência inteira. (veja mais informações aqui);
Toda evolução, incluindo a iniciação é um problema de consciência. A lagarta rasteja ao longo do galho, transforma-se em crisálida e finalmente emerge na borboleta alada, fendendo o espaço azul. São três realidades num mesmo mundo. Contudo, sob o ponto de vista de consciência a vida-borboleta passou através de três mundos diferentes. Da mesma forma o Espirito Virginal, existe somente num mundo, o Universo de Deus em sua infinita manifestação. Somos uma ideia espiritual na Mente de Deus, uma criação eternamente perfeita, que foi, é e será. No entanto, à medida que a consciência se desenvolve no caminho da evolução, parecemos passar por vários planos de mundos cada qual representando um estado particular de consciência. De cada plano, como Egos, apreendemos uma infinita variedade de sensações. Sob um aspecto vemos o Mundo de Deus à semelhança do Universo Físico que, aos cinco sentidos, parece algo inerte, sujeito à impiedosa ação das leis naturais e domínio de inteligências cruéis.
Nesse plano físico estamos envoltas no casulo da materialidade, um corpo inerte. Podemos facilmente imaginar como nele fica cego o espirito, pela facilidade como nos afundamos na inconsciência do sono. Uma das últimas expansões de consciência é aquela que nos dá domínio sobre as horas sombrias da alma, quando o corpo dorme sobre o leito.
E a expansão de consciência, diz Max Heindel, vem pela prática dos preceitos.
Desnecessário é dizer que a consciência do Auxiliar Invisível, de modo algum é idêntica à do Iniciado. Todavia, é um dos aspectos subsidiários do desenvolvimento ascendente. Não se trata de uma consciência definida. Porém, já é algo maravilhoso para ser grandemente desejado por todo Aspirante a esferas mais amplas de serviço. O Auxiliar Invisível é um aspecto do esforço pelo qual a borboleta emerge com as asas pintadas do casulo da materialidade. Nesse grau temos uma noção de nosso lugar no caminho, percebendo o grau em que a luz se manifesta nos lugares sombrios da alma, durante o sono.
A consciência do Auxiliar Invisível é comparável ao Arco-Íris pelo qual os heróis ancestrais cavalgam para atingir o Valhala (vide nota no final), pois representa uma transição para a consciência espiritual e não a consciência integral em si mesma.
Há também na consciência do Auxiliar Invisível certa gradação de conhecimento, que poderá ser avaliada quando comparada com a consciência ordinária de vigília. Observe o leitor, fisicamente, como se dá o despertar diário. Um indivíduo se desperta completamente o logo se situa em seu ambiente, reconhecendo-se perfeitamente distinto de tudo que o rodeia. Esse é um extremo. O outro é um completo despertar de consciência noturna do Ser. O Ego fica completamente desperto e consciente durante o sono, podendo observar e raciocinar, conversar com outros Seres Invisíveis, mais ou menos conscientes do que ele mesmo. Pode investigar trechos da superfície Terrena, ver a história em formação no outro lado do mundo.
Esta última consciência é corno a completa consciência de vigília no mundo físico, porém, em ambiente diferente. "Lá", as leis da natureza nos aparecem como reflexos de nossa própria alma, são fenômenos psíquicos e não fenômenos materiais objetivos. Contudo, operando nesse estado de consciência o neófito está apto a relacionar-se com acontecimentos materiais e viajar para países estrangeiros e mesmo produzir impressões sobre o mundo da matéria. Eis porque o mundo integral da matéria é meramente um efeito de causas operantes nos mundos superiores.
Max Heindel compara o relacionamento de causa e efeito a uma imagem lançada sobre uma tela, por um estereoscópio. Se você muda o "slide", a imagem da tela automaticamente se muda. É inútil tentar mudar a Imagem sem previamente mudar o "slide", porque o "slide'', em tal caso, é o arquétipo ou a causa da Imagem projetada na tela. Ora, as coisas e circunstâncias deste mundo são as Imagens da tela. Por isso devemos aprender a primeiramente olhar o que temos na mente. Ali é que devemos mudar o arquétipo mental. Os mínimos resultados seguirão os efeitos daquela causa. Se o "slide" que introduzimos na consciência é uma imagem do mal e do sofrimento, a imagem, na tela material é correspondente. Esse é o segredo do Auxiliar Invisível a Chave da Iniciação e da Libertação final.
Max Heindel compara o relacionamento de causa e efeito a uma imagem lançada sobre uma tela, por um estereoscópio. Se você muda o "slide", a imagem da tela automaticamente se muda. É inútil tentar mudar a Imagem sem previamente mudar o "slide", porque o "slide'', em tal caso, é o arquétipo ou a causa da Imagem projetada na tela. Ora, as coisas e circunstâncias deste mundo são as Imagens da tela. Por isso devemos aprender a primeiramente olhar o que temos na mente. Ali é que devemos mudar o arquétipo mental. Os mínimos resultados seguirão os efeitos daquela causa. Se o "slide" que introduzimos na consciência é uma imagem do mal e do sofrimento, a imagem, na tela material é correspondente. Esse é o segredo do Auxiliar Invisível a Chave da Iniciação e da Libertação final.
A consciência do Auxiliar Invisível varia de acordo com o desenvolvimento das qualidades anímicas citadas em "O Conceito Rosacruz do Cosmos: Vida Anímica, Luz Anímica e Poder Anímico (planos superiores do Mundo do Desejo".(Veja Conceito Rosacruz do Cosmos - Cap.I subtítulo: O Mundo do Desejo) .Isso é assim explicado para atender à tendência de separação, de acordo com os conceitos de espaço e tempo que nos limitam neste mundo. Mas, as coisas espirituais têm um sentido global; e é por essa razão que, sempre que possível, o estudo da matemática e da metafísica deveriam ser cultivados.
Quando tenhamos conquistado um completo despertar nos planos internos, não haverá má compreensão a respeito. Mas até lá será comum ocorrer muita confusão e semi despertamentos poderão ser confundidos com verdadeiras experiências conscientes. Embora pareça incrível, é verdade. Muitos Probacionistas, no início de seus trabalhos, não veem a diferença entre um “sonho comum”, um “sonho consciente ou real”, isto é, a experiência de um "passeio" anímico. Certa vez foi feita uma pergunta a uma probacionista sobre seu trabalho nos planos internos, a noite. A descrição que ela fez foi a de um sonho comum ou a de um sonho real (passeio anímico?)
-“Oh, era real. eu sei que era”, - exclamou ela veementemente. - "porque depois fiz uma verificação"
A questão era saber se ela havia estado consciente quando o sonho se realizou, pois, sua descrição era de um sonho real. Mas verificamos que ela não estava consciente nessa ocasião e nem em outras ocasiões, embora conhecesse teoricamente bem estas questões.
-“Oh, era real. eu sei que era”, - exclamou ela veementemente. - "porque depois fiz uma verificação"
A questão era saber se ela havia estado consciente quando o sonho se realizou, pois, sua descrição era de um sonho real. Mas verificamos que ela não estava consciente nessa ocasião e nem em outras ocasiões, embora conhecesse teoricamente bem estas questões.
A respeito de sonhos, esclarece-nos Max Heindel: (veja aqui a continuação)
NOTA 1- Ann Burkhurst colaboradora da revista Rays from the Rose Cross em vários artigos. Este foi apresentado em duas partes na referida revista nos meses de setembro e outubro de 1943 Tradução da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil publicada na revista Serviço Rosacruz de novembro de 1966 e fevereiro de 1967. Revisão e atualização da ortografia por Rosacruz e Devoção. Aqui apresentado em reês partes.
Nota 2 -Valhala, Walhala - a muralha citada em O Anel dos Deus que você pode ler no Cap. IX do livro Mistérios das Grandes Óperas (online, veja aqui) ou adquirir o livro impresso aqui ou ainda se você é Estudante, reveja a lição 29 do Curso Suplementar de Filosofia ( O Anel dos Deuses)
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