Segundo as Santas Escrituras, o homem foi criado no Jardim do Éden,
no sexto dia da criação, correspondente ao Período Terrestre.
Sabemos que o homem foi criado espírito e desde então
vivemos — como Espíritos Virginais — desenvolvendo-nos física e mentalmente, até
encontrarmo- nos agora dotados de um corpo maravilhoso e uma mente admiravelmente
sensível. Temos vindo como crianças, renascendo e desencarnando inúmeras vezes.
Tal como a noite precede o dia, assim sucedem-se, alternativamente, nascimento e
morte. Quando ocorre esta última, o espírito retorna ao seu lar celeste para
renovar-se e poder regressar ao mundo terrestre, a grande escola experimental
da vida. Mas, sempre revestido de nova personalidade, recordando-se raríssimas vezes
de sua anterior existência.
E como ocorre comumente em toda escola, sempre há estudantes cujo
aproveitamento é maior do que o dos demais. Alcançam então um grau de desenvolvimento
espiritual, a ponto de não regressar ao mundo material. Encontram-se prontos a prosseguir
sua jornada em esferas mais elevadas ou celestiais. Entre eles, alguns optam
por deter-se em sua caminhada, com o objetivo de ajudar a humanidade menos
evoluída. Doze deles são chamados de "Irmãos Maiores", um dos quais exerce
especial influência em nosso Serviço de Cura, no Templo da Fraternidade Rosacruz.
Os Auxiliares Invisíveis são Probacionistas da Fraternidade
Rosacruz. Cada noite, enquanto seus corpos descansam adormecidos, eles atendem
aos enfermos sob o cuidado e orientação dos Irmãos Maiores. Vale acrescentar,
que podem fazê-lo quando tornam-se merecedores de tal privilégio por terem
vivido durante o dia conforme as Leis Divinas.
Solicita-se ao paciente assinar a chamada "carta
semanal" com tinta lavável, porque desta forma o eflúvio de seu corpo
impregna o papel, proporcionando aos Auxiliares Invisíveis indicações precisas
sobre seu estado de saúde. Recomenda-se fazê-lo cada semana, nas datas
indicadas como sendo de cura, porque esta é a chave que eles podem utilizar para
trabalhar sobre o corpo do paciente. Por conseguinte, o ato da assinatura
constitui uma verdadeira solicitação de ajuda, dirigida diretamente aos Auxiliares
Invisíveis. Portanto se o enfermo compreender isso, jamais o fará
mecanicamente, nem se esquecerá de fazê-lo nas datas indicadas. Este deve ser
um ato sincero, simples, pleno de fé e profunda devoção.
Para encerrar, esclarecemos que não adoramos aos Irmãos Maiores,
nem aos Auxiliares Invisíveis, pois eles são seres humanos. Só a Deus devemos
reverenciar e dirigir nossas preces, invocando sempre o nome de Cristo-Jesus.
da Revista Serviço Rosacruz, outubro, 1974
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