03/11/2024

GRATIDÃO: Caminho para o Nascimento do Cristo Interno

Por Jonas Taucci

Neste mês de novembro, observa-se o Dia de Ação de Graças, onde sua importância coloca-o como integrante do Calendário de Eventos da The Rosicrucian Fellowship

O agradecer nosso (re)nascimento na Terra, possuirmos nossos Corpos Denso, Vital, Desejos e Mente deve sempre ser exercitado; ainda que tenhamos duros percalços na vida, não nos esquecendo que na preparação de nosso renascer na Terra – sob a supervisão dos Anjos do Destino e seus Auxiliares optamos por esta vida e determinadas situações.

A gratidão também deve ser estendida pelas mais variadas direções: o alimento, agasalho, trabalho, lar, as quatro estações do ano, Natal, Páscoa, nascer e pôr do Sol, estrelas, ar que respiramos, amizades, enfim, há que se agradecer por tudo o que nos circunda, pois são fatores que nos promovem (se nos dedicarmos a isto) a uma elevação espiritual.

Ao aspirante rosacruz, fica a conscientização de que a gratidão se reveste de uma importância gigantesca, mesmo em situações que – erroneamente – podemos considerar como pequenas: agradecer gentilezas e auxílios que nos foram prestados.

Cristo, o Maior Iniciado do Período Solar, utilizou-se de pronunciar em vários parte dos Evangelhos o “Graças te dou, ó Pai”, e há no Evangelho de Lucas (17:11 a 19) o relato que após Cristo curar dez leprosos, apenas um retornou para agradecer, ao que lhe disse Cristo, após inquerir onde estavam os nove:

- Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.

Uma antiga Lição Mensal do Estudante da The Rosicrucian Fellowship aborda esta passagem bíblica dando ênfase na importância do agradecimento, informando que o “Levanta-te e vai” dito por Cristo, refere-se ao erigir e colocar em movimento a gratidão.


Futuramente esta Lição será abordada e este colaborador indica a leitura do livro “Médico de Homens e de Almas” da autora inglesa Taylor Caldwell (1900-1985) onde a vida do evangelista Lucas (Lucano) é relatada, baseada em antigas tradições que dizem ter sido ele um médico.

Nosso crescimento espiritual, o desabrochar de nossas rosas internas e o nascimento do Cristo Interno, passa pela prática do agradecer, não havendo como pular esta etapa, contudo este agradecimento deve brotar do mais íntimo de nosso ser e não como uma mera formalidade fria e despida de sentimento (palavra esta utilizada várias vezes no Ritual Rosacruz do Serviço de Cura).

É necessário – absolutamente – desprender-se das algemas do egoísmo para se conquistar as asas da gratidão. Abaixo, a 

ORAÇÃO DO DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS DE MONTE ECLÉSIA

Pai e Criador de todos nós, abençoai esta associação de aspirantes espirituais e a todos os Centros espalhados pelo mundo.

Vos damos graças pelas satisfações de nossas almas em poder participar dos Ensinamentos Rosacruzes e do privilégio que isto significa.

Vos damos graças por viver neste maravilhoso pedaço de terra;

Vos damos graças por poder viver nesta harmoniosa Fraternidade que une a todos nós para trabalhar na Grande Obra do Senhor;

Vos damos graças pela sublime paz que nos alegra hoje, pela esperança e fé para enfrentar o amanhã, pela saúde que desfrutamos, o trabalho que realizamos, o alimento vegetariano que necessitamos e pelo clima prodigioso e bendito que nos rodeia.

Por nossos amigos e companheiros de todas as partes do mundo.

Conceda-nos Pai – vos rogamos de todo coração – a graça e a fortaleza suficientes para suportar e sermos suportados. Nos dê a alegria e uma mente sempre aberta para perdoar.

Aumentai, Pai Nosso, vos rogamos de todo coração, nossa lealdade e poder amoroso, para amar e perdoar a nossos inimigos e manter firme nossa aspiração e nosso ideal. Que possamos ter a suficiente fortaleza interna para enfrentar os problemas diários.

Conceda-nos Sabedoria para auxiliar, confortar e possuir a habilidade suficiente para responder a todos os pedidos de auxílio que nos chegam.

Vosso é o Reino, o Poder e a Glória
Pelos séculos dos séculos
Amém


A Celebração do Dia de Ações de Graças, constitui-se numa data móvel, porém sempre observada na quarta quinta feira (dia regido por Júpiter) de novembro estando o Sol transitando pelo signo de Sagitário (regido por Júpiter) e neste ano de 2024, será dia 28 de novembro, sendo proferida pela The Rosicrucian Fellowship, Centros Rosacruzes e que pode também ser realizada nos lares.

Recordo-me de quando do encerramento da leitura desta Oração – no Templo – pelo Centro Rosacruz de São Paulo, algumas bandejas com frutas e chocolates aguardavam, na recepção, as pessoas presentes.

Que não eram poucas...

19/10/2024

DESCANSO: O que é e o que não é

por Diana Dupre
Muitas definições da palavra "descanso" são encontradas no dicionário. Os dois mais comuns são:

1) repouso ou refresco do corpo devido ao sono, e

2) cessação ou interrupção do movimento, esforço ou trabalho, silêncio; tranquilidade.

Uma terceira definição, que à primeira vista abrange apenas as duas anteriores, mas que também pode ser entendida num contexto de atividade, é: liberdade de tudo o que cansa ou perturba; paz de espírito.

O sono, é claro, é essencial para todos, pois é somente através do sono que os tecidos do corpo denso são reconstruídos e o ritmo corporal é restaurado. O sono, ao contrário da crença comum, é um momento de intensa atividade. O Ego leva a mente e o corpo de desejos para o Mundo do Desejo, deixando para trás os corpos denso e vital. À medida que as vibrações harmoniosas do Mundo do Desejo fluem através da mente e do corpo de desejos, o ritmo e a harmonia desses veículos são gradualmente restaurados. Os veículos superiores mergulham na essência do desejo e, quando totalmente fortalecidos, começam a trabalhar no corpo vital. Então o corpo vital, utilizando a energia solar, remove os venenos acumulados durante o dia do corpo denso e o reconstrói, fazendo com que o corpo fique fresco e vigoroso pela manhã, quando o Ego entra novamente na hora do despertar. Se essa atividade não acontecesse, nos sentiríamos tão cansados ​​ao acordar quanto no momento que adormecemos, e nosso corpo físico logo não teria mais utilidade para nós.

Uma distinção entre “descanso” e “sono” é feita no Conceito do Cosmos, onde lemos: “O mero descanso não é nada em comparação com o sono."

Quanto mais os veículos superiores estão no Mundo do Desejo, há uma suspensão total do desperdício e um influxo de força restauradora. É verdade que durante o repouso o corpo vital não é prejudicado em seu trabalho pela ruptura dos tecidos pelo movimento ativo e pelos músculos tensos, mas ainda assim ele deve enfrentar o desperdício de energia do pensamento e não recebe então a recuperação externa - força ativa do corpo de desejos como durante o sono." Assim vemos que o sono é absolutamente essencial para a própria sobrevivência de nossos corpos densos, e que nenhuma quantidade de atividade tranquila, leitura sem pressa, e coisas do gênero, é um substituto adequado.

A atividade restauradora do sono ocorre com facilidade e sucesso quando o Ego se comporta de maneira limpa, saudável e conscienciosa durante o dia. Se o Ego obedecer à lei natural e aos ditames do bom senso no cuidado de seu corpo físico; se seus pensamentos forem amorosos e bondosos; se suas ações forem úteis e altruístas e se ele for capaz de manter um certo grau de equilíbrio interior, então, os veículos superiores, rapidamente renovados, serão capazes de realizar adequadamente seu trabalho no corpo vital. Este, por sua vez, terá poucos problemas em revitalizar o corpo físico.

Se, no entanto, o Ego se entregou a uma vida desenfreada no comer e beber ou se abrigou emoções como medo, raiva, ressentimento e ódio e outras emoções inferiores, a desarmonia em todos os seus veículos será tão grande que a restauração nem sempre será completa, pois levará muito mais tempo para que os veículos mental e de desejos retornem a um estado em que estejam aptos a trabalhar no corpo vital; assim, o trabalho no corpo físico também ficará atrasado e ficará inacabado pela manhã. Mesmo que as aberrações fossem puramente físicas, os quatro veículos estão tão intimamente interligados que o que afeta um afeta todos os outros e a restauração é impedida. É por isso que o alcoólatra muitas vezes acorda com “ressaca”; ele entorpeceu tanto o seu sistema com a bebida venenosa que não foi possível aos seus veículos fazer os ajustes necessários. Por razões puramente físicas, então, bem como por razões espirituais, vemos como é importante para nós “viver a vida” – de forma moderada, pura, dedicada e compassiva – com o melhor de nossas habilidades.

No que diz respeito à segunda definição de descanso, conotando a cessação do movimento e o estabelecimento da calma e da tranquilidade, concordamos que certamente tem o seu lugar na nossa rotina diária. O trabalho físico só pode ser sustentado por um certo período, após o qual o corpo físico deve ter direito a um período de inatividade. Silêncio e tranquilidade, porém, não são sinônimos de tédio ou apatia que, por sua própria natureza, geram insatisfação. Todos conhecemos pessoas que se recusam a servir de várias maneiras – não necessariamente físicas – por motivos de “fadiga”. Ao lidar com esta fadiga, no entanto, eles não tentam dormir – o que proporcionaria qualquer recuperação necessária, mas gastam seu tempo em atividades não lucrativas, como assistir a filmes sem sentido, beber coquetéis porque são “relaxantes” ou ler publicações de mérito duvidoso (porque estou cansado demais para ler qualquer outra coisa). Essas atividades, porém, não conferem a tranquilidade desejada, embora a pessoa possa se iludir pensando que sim. A dor de cabeça resultante, a irritabilidade ou qualquer outra reação desagradável ao seu comportamento improdutivo servem, em última análise, apenas para fazê-la sentir-se pior do que antes, e muitas vezes ela fica genuinamente intrigada com o fato de que "estou tão cansado, mas não consigo dormir". Não fiz nada."

Enquanto o corpo físico descansa, os outros veículos podem ser engajados de forma útil. Às vezes, o pensamento é mais produtivo quando o corpo físico fica voluntariamente inativo após um período de movimento intenso. Muitos tipos de serviço também podem ser executados em posição sedentária. A boa literatura e a música clássica são alternativas superiores às revistas populares e à música de baixa qualidade atuando de forma mais benéfica sobre os veículos superiores e na natureza espiritual do Ego.

Da mesma forma, um esforço mental intenso também deve ser seguido por um período de relativa tranquilidade para a mente. Este período também não precisa ser improdutivo. A mente pode descansar enquanto o corpo denso se exercita nas tarefas domésticas, na jardinagem, nos esportes ao ar livre ou em uma caminhada refrescante pela floresta. O que significa descanso para um veículo muitas vezes significa estímulo necessário para outro. Assim, uma das piores coisas que podemos fazer depois de um dia sedentário de trabalho burocrático no escritório é nos envolvermos em atividades semelhantes imediatamente ao chegar em casa.

Nossos veículos exigem mudanças periódicas de ritmo, para que possa ocorrer continuamente uma interação harmoniosa entre todos eles. Para manter essa harmonia, contudo, a essência da terceira definição de descanso deve permanecer na vanguarda de tudo o que fazemos. A paz de espírito é o ingrediente essencial que deve estar subjacente a todas as nossas atividades, se quisermos realizá-las com maior sucesso. Este estado de ser pode ser correlacionado ao equilíbrio que os aspirantes espirituais são instados a cultivar. Se isto estiver em falta, o silêncio e a tranquilidade que procuramos não poderão permear totalmente nenhum dos nossos veículos. Muitas pessoas realizam atividades que acreditam erroneamente irão “relaxá-las”. Uma noite com bons amigos num restaurante onde se come uma refeição saudável pode proporcionar bons momentos de companheirismo e um interlúdio agradável e verdadeiramente repousante após um dia de trabalho árduo. Uma noite de entretenimento questionável, continuada até altas horas da manhã por aqueles que afirmam que, porque trabalham arduamente, também devem divertir-se arduamente, resulta, na melhor das hipóteses, numa eficiência reduzida no dia seguinte e certamente não é propícia para a paz interior, não importa o quanto a pessoa pense que é enquanto se diverte. Este tipo de “relaxamento”, praticado durante um longo período de tempo, resulta em danos duradouros aos veículos.

A paz de espírito não é alcançada pela inatividade; na verdade, a inatividade contribui para a condição exatamente oposta. A paz de espírito é alcançada através do envolvimento em atividades que estão em harmonia com a Lei natural, que são benéficas para os nossos semelhantes e que desenvolvem as nossas qualidades espirituais mais elevadas. Se vivermos a vida preconizada pela Filosofia Rosacruz, teremos paz de espírito, por mais ocupados que estejamos. O descanso ainda será necessário, mas será de natureza produtiva e nunca deixaremos de crescer e aprender. Além disso, desenvolveremos uma força interior da qual desconhecemos, permitindo-nos realizar feitos prodigiosos de serviço que não deixam espaço, nem necessidade, nem desejo, para os frequentes períodos de chamado "descanso" improdutivo que tantos de nós ainda acreditamos que não podemos viver sem.

Contudo, se vivermos uma vida indulgente e egocêntrica, limitando os nossos esforços àquilo que nos agrada e desconsiderando a ética espiritual e a vida superior, encontrar-nos-emos num estado perpétuo de discórdia interior, em que "altos" de aparente prazer momentâneo será invariavelmente seguido por “baixos” de angústia e insatisfação. Nenhuma quantidade de “descanso” centrado em passatempos indignos ou improdutivos irá equilibrar a saúde.

O tipo de descanso que assegura a tranquilidade espiritual, portanto, deve ser de natureza tão positiva quanto o trabalho que também leva a essa condição. Não podemos compartimentar as nossas vidas de tal forma que o nosso trabalho e lazer não tenham qualquer relação um com o outro, nem podemos esperar que o que fazemos em momentos de relaxamento possa de alguma forma ser divorciado da complexidade multifacetada que é a nossa natureza total.
traduzido da revista Rays from the Rose Cross, junho de 1984,  

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

Esse artigo faz parte de uma coleção de textos da seção "Saúde e Nutrição" da revista "Rays from the Rose Cross" . Diana Dupre, autora do artigo, foi colaboradora da referida revista por mais de uma década, a partir dos anos 70 aproximadamente. Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Veja mais como este aqui

09/10/2024

ONDE HAVEMOS DE NOS ENCONTRAR Nosso Eu Superior Falando ao Nosso Eu Inferior dentro de Nós

 Por Jonas Taucci

Na tarde do sábado, 23 de maio de ano 1981, o Centro Rosacruz de Santo André celebrou seu 26º aniversário de fundação, apresentando sua tradicional programação: Hinos Rosacruzes de Abertura, Encerramento, Signo Astrológico do mês em curso, representantes de vários Centros Rosacruzes e números musicais.Houve algo mais do que isto nesta data; um acontecimento que ficou guardado profundamente na memória de todos os presentes por vários anos.

Permitam-me reavivá-lo, pois seu conteúdo nos fornece profundas reflexões sobre nosso desenvolvimento espiritual.

O (então) menino Flávio Zangirolami Junior (filho do probacionista Flávio Zangirolami) executou ao violão belíssimas músicas condizentes com o local e o evento. Seguindo-se a isto foi convidado o representante do Centro Rosacruz de São Paulo, probacionista José Augusto Pinto Coelho que parabenizou o Centro aniversariante com palavras de incentivo, amizade e companheirismo, ressaltando que amigos e amizades estão relacionados com o signo astrológico de Aquário, o planeta Urano e a 11ª Casa Zodiacal.


Ilustração acima, Lucius Anaeus Sêneca, nascido em Córdoba (Espanha) tendo vivido em Roma nas primeiras décadas do cristianismo em gravura do pintor brabantino Peter Paul Rubens (1577-1640) a partir de uma escultura do artista holandês Lucas Vorsterman (1595-1675). A gravura se encontra no Instituto da Arte de Chicago USA). Sêneca, vegetariano e filosofo estoico, a quem o probacionista José Augusto Pinto Coelho tomou uma frase (essencialmente aquariana) emprestada para saudar o Centro Rosacruz aniversariante: “Nada constitui-se agradável de possuir, sem amigos para compartilhar”.

Quando da fundação do Centro Rosacruz de São Paulo (1955) um imóvel foi alugado à rua Asdrubal do Nascimento 196 para suas atividades e por muitos anos foram pagos – concomitantemente – os aluguéis, despesas diversas e parcelas para a sua compra. Após a quitação final do imóvel, iniciou-se - no início dos anos 80 - a grande reforma e a construção dos andares superiores, até então inexistentes.

As aptidões administrativas, financeiras e organizacionais do irmão Coelho foram fundamentais para tudo isto e nas reuniões mensais do Conselho Esotérico, ele sempre iniciava suas falas com os dizeres: “Que seja decidido e realizado o que de melhor possa ser feito pela Fraternidade, não por alguém individualmente ou interesses particulares”.

Após o término de sua alocução na tribuna (ou pensávamos que tinha terminado) ele retirou um papel do bolso de seu paletó, convidou Flávio Zangirolami Junior para executar um solo de violão de fundo musical e declamou um texto, pausando seus trechos com olhares para os presentes.

Coelho era português, possuía uma voz maravilhosa e seu sotaque proveniente da terra de Camões, aliado ao teor do que declamou, marcaram indelevelmente a todos os presentes.


Tratava-se de um artigo publicado (maio de 1972) na revista Serviço Rosacruz, do Centro de São Paulo intitulado “Onde havemos de nos encontrar – Nosso Eu Superior falando ao nosso Eu Inferior dentro de nós”, o qual apropria-se muito como tema para meditação neste mês em que o Sol ingressa no signo astrológico de Escorpião (Plutão, 8º Casa Zodiacal, a regeneração) no dia 22 de outubro às 19h:17m, horário de Brasília. Segue abaixo, na íntegra:

“Escuta-me !
 
Porque havemos de continuar estranhos um com o outro? Porque duvidas de mim, do meu amor e do meu cuidado por ti?

Aprende a ver-me e ouvir-me em tudo o que te rodeia. Sinta a minha proximidade cada vez que pulsa teu coração! Vê, estou em ti e desejo que me conheças.

Desde longo passado tens vivido em osbcuridade, separado de mim em teus pensamentos distorcidos. Não te condeno por isso: o que chamas de erro é para mim o processo pedagógico empregado pela Vida, para desenvolver-te e tornar-te conciente de minha Sabedoria, Alegria e Paz.

Condenas-me em muitas coisas porque não vês nem compreendes o objetivo com que tudo faço. Quando veres como vejo, não mais me condenarás, pois todas as coisas agem conjuntamente com o Bem, consoante minha Vontade.

Se pudesses encontrar-me agora, condenar-me-ias severamente por muitas coisas. Mas quando puderes encontrar-me, já não o farás, porque tua mente se iluminará. Por ora, procura não ofender-me nem condenar-me: é-te tão conveniente, para que não sejas medido com a medida que medires. Sê prudente, a fim de não prejudicares teu normal desenvolvimento anímico.

Sou amor e te amo. Não compreendo porque tu deturpaste o sentido de amar. Teu amor é egoísta, o meu é perfeito.

Vejo que sofres e não te livro disso porque é o único meio de desenvolver-te por enquanto.

A ignorância não te permite concordar comigo: tuas blesfêmias não me comovem. Não há outra forma, até que aprendas, te ilumines e te unas a mim. Tu criates as trevas dentro de minha Luz, o desânimo dentro de minha Vontade, o sofrimento dentro de minha Harmonia.

Permito isto para que aprendas a conquistar e a viver concientemente na Luz. Sabes que em nenhum outro lugar, tantos me encontraram como na câmara do sofrimento, no leito da aflição e numa profunda obscuridade?

Assim, enquanto não estiveres preparado, terei de manter-te nestes lugares para que neles me encontres.

Não podes prescendir de mim, porque sou tua vida e meu reclamo é tal que não terás sossego enquanto não me encontrares.

Procuro porque te amo.

Marque nosso encontro na tristeza, sofrimento e escuridão, embora fujas dele com desespero. E como não te mantens tranquilo ali, não me podes encontrar para liberar-te de vez. Como faremos então, se ainda os únicos lugares de encontro são os que consideras maus?

Onde desejas encontra-me não posso estar, pois na prosperidade e alegria mundana teu “eu” ocupa o teu trono e não me dás oportunidade de manifestação.

Vês como tenho razão?

Aceita pois, voluntariamente, o lugar de encontro, até que tenhas condições de encontrar-me nos momentos felizes. Então, sim! Eu e tu – nós – tornaremo-nos unos. Poderemos, assim, nos encontrar em todos os lugares e condições, pois deixarás de ser o “eu” para seres EU SOU. Passando para o lado real da vida , teu “eu” perderá a realidade que possuia no lado oposto o dos sentidos.”


Após o encerramento da referida Programação de Aniversário, muitas pessoas procuraram o irmão Coelho solicitando uma cópia do que tinha sido lido, o que ele atendeu nos dias subsequentes: todos receberam em suas residências – pelo Correio – cópia do texto. Também palestras foram realizadas nos Centros Rosacruzes de São Paulo, Santo André, Penha, Lapa e São José dos Campos, sobre o referido tema, com identica distribuição do texto.

UM POUCO DE HISTÓRIA DO CENTRO ROSACRUZ DE SANTO ANDRÉ: Em tempos da inexistência dos atuais meios digitais de comunicação, este Centro publicou semanalmente, nas edições dominicais e por muitos anos, suas atividades em jornais da referida cidade, divulgando seu endereço e os Ensinamentos Rosacruzes (foto). Dominicalmente, milhares de lares recebiam estes jornais; isto resultou numa grande procura por parte da população deste município e de outros próximos (São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), por palestras e cursos. As celebrações de aniversário e Natal do Centro Rosacruz de Santo André eram também divulgadas antecipadamente, fazendo com isto que as respectivas reuniões comportassem sua lotação máxima, inclusive pessoas ficando de pé.

Ainda que desgastada pelas décadas, a publicação jornalística acima (março de 1982) fica como um maravilhoso registro histórico.

 


22/09/2024

Relacionamentos Humanos: Lições ou Destino?


PERGUNTA
: Como podemos saber, quando conhecemos outras pessoas, se elas estão cruzando o nosso caminho pela primeira vez para nos ensinar lições ou se a atração ou repulsa que sentimos por elas tem a sua base numa vida passada e num destino presente?

RESPOSTA: A capacidade de reconhecer alguém com quem nos associamos numa vida passada depende em grande parte do nosso desenvolvimento espiritual, particularmente da nossa intuição. Se o relacionamento fosse próximo, o reconhecimento, é claro, seria mais fácil.

A oração e a concentração podem ajudar nesse sentido, assim como a astrologia. Os planetas de um indivíduo na décima segunda casa do outro são uma indicação importante de contato anterior. Isto é particularmente verdadeiro no caso do Sol e da Lua. Os aspectos apresentados indicariam a natureza do destino a ser traçado.

Cada pessoa que contatamos, porém, seja pela primeira vez ou não, nos dá oportunidades de aprender lições.

Se o relacionamento for desagradável, impulsionando a antipatia mútua (ou unilateral), o objetivo da lição é óbvio: aprender a gostar e eventualmente amar a outra pessoa. Se o relacionamento for agradável no início, ambas as partes poderão obter muito crescimento adicional na estrutura de uma amizade firme e satisfatória.

Assim, em ambos os casos, trata-se de transmutação ou de aprendizagem. Se quisermos fazer progresso espiritual, devemos ter em mente que estamos aqui para nos tornarmos semelhantes a Cristo e que isso envolve aprender a pensar, sentir e agir para com todos de acordo com os preceitos de Cristo Jesus.
traduzido da revista Rays from the Rose Cross de fevereiro de 1979

NOTA: Esse artigo faz parte da seção "PERGUNTAS DOS LEITORES DA RAYS"  da revista "Rays from the Rose Cross" . Várias dessas perguntas foram traduzidas pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz".  Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Mais perguntas veja aqui

Terapia Criativa e a Saúde


Um canal eficaz para a Força de cura é um interesse absorvente pela atividade criativa. Tanto as crianças como os adultos que se concentram em qualquer uma das artes, seja um trabalho com cores, com formas ou até mesmo a confecção de um grande mural, direcionam sua consciência para a criação terapêutica ficando longe da doença.

Na livre coordenação da mente com a mão aplicada a um meio criativo adequado ao paciente (no caso de crianças hiperativas podem ser vários meios) o Espírito é liberado para fluir ritmicamente. É então capaz de acelerar a cura, muitas vezes precipitando-a além das expectativas.

Para a criança doente, um fornecimento de materiais variados para criar objetos coloridos que possam ser úteis, ornamentais ou apenas divertidos e, acima de tudo, originais, revelar-se-á um instrumento eficaz na terapia. Para uma criança normalmente ativa, será uma aventura ocasional do Espírito que poderá ser de valor inestimável na sua apreciação e compreensão de toda a criação, bem como um canal para a saúde.

A simplicidade do projeto trará os maiores benefícios, pois somente a satisfação completa da criança no menor tempo possível oferecerá a oportunidade de absorver o interesse tão necessário à terapia criativa. A imaginação deve ser capturada imediatamente.

Um meio de expressão criativa que costuma invariavelmente cativar as mentes das crianças é o papel colorido de gramatura suficiente para ser modelado. Tendo bastante desse material fascinante em várias cores, tesoura e cola e uma variedade de padrões para traçar - círculos, quadrados, triângulos – praticamente toda criança responderá com uma incrível exibição de verdadeiro talento, que irão contribuir em grande medida na melhora do apetite, disposição e saúde.

traduzido da revista Rays from the Rose Cross, julho de 1985,  

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

Esse artigo faz parte de uma coleção de textos sobre cura da seção "Healing" da revista "Rays from the Rose Cross" .Muitos deles foram traduzidos pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz". São distribuídos gratuitamente a todos os que se inscrevem no Serviço de Cura seja Estudantes ou não. Portanto são públicos. Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Veja mais como este aqui

08/09/2024

MEDITAÇÃO E PODER ESPIRITUAL - Uma Jornada Interior - Libra: O Equilíbrio

Imagem: Revista Rays from the Rose Cross (veja nota final)

 Por Jonas Taucci
Neste mês de setembro, dia 22 (09h45m horário de Brasília) o Sol ingressa no signo zodiacal de Libra, nos convidando a uma profunda reflexão sobre o equilíbrio entre mente e coração.

Possa o artigo abaixo, nos trazer subsídios para isto.

Max Heindel (Conceito Rosacruz do Cosmos, capítulo XVII – Método para adquirir conhecimento direto) nos orienta a sete exercícios: concentração, retrospecção, meditação, observação, discernimento, contemplação e adoração.

Dois deles: meditação e concentração foram temas de palestras realizadas nos Centros Rosacruzes de São Paulo e Santo André, no mês de setembro (Sol em Libra) do ano de 1982, pelos irmãos probacionistas Antônio Munhoz e José Gonçalves Siqueira, baseado na Lição Mensal do Estudante (The Rosicrucian Fellowship) de fevereiro do mesmo ano, intitulada “Meditação e Poder Espiritual”.


A meditação consiste no método de obter-se, por meio do Poder Espiritual, conhecimentos de fatos com os quais ordinariamente não estamos familiarizados, sendo esta definição encontrada na obra Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Volume II - pergunta #135 de Max Heindel.

O principal objetivo da meditação e concentração é o de entrar em comunicação com Deus e seus Mensageiros, objetivando que a Vida e a Luz Divina possam nos ser derramadas, nos iluminando e permitindo que possamos crescer à sua imagem e semelhança.

Estaremos em íntima sintonia com Deus, canalizando nossa memória, sentidos, emoções e mente consciente para Vida Interna e suas realidades. A partir disto, aprenderemos a formar vívidas imagens em nosso interior e finalmente, quando tivermos aprendido por meio da concentração a evocar uma imagem tão real e animada como algo do mundo físico, começaremos a ter entendimento desta imagem mediante a meditação.

O desenvolvimento de nossas capacidades imaginativas não será obtido facilmente, contudo Max Heindel nos exorta que a persistência – sempre ela – triunfará finalmente.

Se levarmos em conta que quando obtivermos êxito neste quesito iremos ter acesso à maior biblioteca do mundo (Memória da Natureza) isto nos auxiliará a conseguirmos a determinação necessária para prosseguir durante meses, anos, se tal for o tempo requerido para o desenvolvimento das nossas aptidões para a concentração.

Finalmente chegará o tempo em que poderemos imaginar um objeto de modo que nos venha nítido para nos ensinar e, nesta ocasião, necessitaremos a mesma vigilância que devemos possuir no plano físico.

Nossa memória deve ser robusta e exata se desejarmos recordar o que aprendemos e nosso Corpo de Desejos deve estar isento do egoísmo, caso contrário, iremos apenas flutuar passivamente num mundo de “agradáveis fantasias”.

Max Heindel nos informa que todo pensamento se reveste de material de desejos, de acordo com sua natureza; isto aplica-se nos pensamentos formados na concentração e expressados na oração, assim como nas imagens de pensamentos-forma investigados na meditação. Caso os pensamentos sejam egoístas, atraem a si mesmos uma envoltura composta da substância das regiões inferiores do Mundo de Desejos. Contudo, se forem nobres (altruísmo e amor desinteressado aos semelhantes) vibram com o Superior Diapasão das Regiões Luminosas.

Facil a dedução que – espiritualmente - torna-se extremamente benéfico investigar assuntos e objetos que promovem o bem-estar comum e ao servir a humanidade; a consciência pictórica meditativa pode ser comparada a consciência pictórica jupiteriana citada por Max Heindel.

Desde já, podemos utilizar nosso próprio Poder Espiritual para projetar ideias provenientes da Memória da Natureza para nossas mentes com o propósito de aprender sobre o objeto desejado que tenhamos imaginado. Algumas vezes teremos uma melhor capacidade de aprendizado se imaginarmos que estamos dizendo a alguém o relativo à nossa experiência meditativa de aprendizagem: isto podemos realizar, imaginando que estamos falando com alguém em voz alta, nesta experiência.

Devido a nossa vida ser uma fonte produtiva do aprendizado, abaixo descreveremos uma meditação de exemplo que pode ser utilizada por qualquer pessoa, com o intuito de nos lapidarmos espiritualmente e conseguirmos – paulatinamente – o equilíbrio entre e mente e coração.

Vamos imaginar – vivamente – um enorme corpo humano deitado com as costas para o chão, sobreposto pelo Tabernáculo do Deserto (do mesmo tamanho deste corpo humano) e com os pés voltados no sentido leste e a cabeça no sentido oeste. Assim:

Imaginemo-nos adentrando pelos pés do Tabernáculo/Corpo, sendo recebido por dois Sacerdotes que sublima nosso Eu Inferior no Altar de Sacrifícios (órgãos reprodutores), sacrificando nossos desejos egoístas em favor do altruísmo e posteriormente estes mesmos dois Sacerdotes nos conduz mais adiante, até o Lavabo da Purificação, onde somos banhado na Luz: esta parte da meditação relaciona-se com o exercício noturno da retrospecção que em sua realização fervorosa e constante nos capacita no auxílio da formação do Dourado Manto Nupcial.

O irmãos Munhoz ressaltou, em sua palestra, que podemos representar estes dois Sacerdotes, como sendo nossas glândulas endócrinas Pineal e Pituitária.

Uma experiência como esta, pode tornar-se intensa e há que lembrar-se da necessidade de permanecermos abertos para assimilarmos os conhecimentos que se supõe iremos aprender.

A menos que perguntemos – a nós mesmo – qual o significado disto para mim, continuaremos a realizar a referida meditação até que possamos estarmos suficientemente desprendidos para que tenhamos uma resposta através do ver, ouvir ou sentir uma ideia que nos informe como podemos nos melhorar; podemos meditar a respeito do Altar de Sacrifícios e o Lavabo da Purificação várias vezes antes de continuar nossa viagem meditativa até a Sala do Serviço.

Quando adentramos pela porta do aposento oriental do Tabernáculo/Corpo, notamos que o braço que temos a nossa esquerda, corresponde ao Candelabro de Sete Braços que representa o conhecimento adquirido mediante os Sete Mensageiros Planetários de nosso Sistema Solar (Diagrama 06 do Conceito Rosacruz do Cosmos) e também os Sete Períodos (Saturno, Solar, Lunar, Terrestre, Júpiter, Vênus e Vulcano) no Diagrama 08 da mesma obra.

O braço que temos a nossa direita, representa os Pães da Proposição, e a meditação de como podemos SERVIR em cada uma das Doze Casa Zodiacais de nosso Tema Natal (horóscopo) pode produzir conhecimentos do que necessitamos para efetivamente expressar este SERVIR.

Intuitivamente podemos ser enviados para a Luz ou vibração planetária que pode nos auxiliares na sublimação de nossas vidas. Mediante a contemplação da natureza e essência de cada planeta, pode-se aflorar nossa intuição para que possamos aprender qual deles pode nos auxiliar (nosso Tema Natal concede subsídios para isto, portanto a meditação sobre o Tabernáculo/Corpo, apesar de ser descrita aqui a todos, torna-se individual, como individual é nosso horóscopo).

Próximo da garganta, há o Altar de Incenso e representa a “fragrância” que exalamos como resultado do serviço prestado. Como canais mais eficientes – auxiliando verdadeiramente os necessitados - nossa voz tornar-se-á acrescida da referida “fragrância” e nossas palavras serão mais agradáveis e permeadas de Luz, para nós e demais pessoas.

Um correlato disto vem do Evangelho de João (10:27): “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem”.

O resultado desta parte da meditação será o de proferirmos palavras menos ofensivas aos nossos semelhantes e num futuro – ainda que longínquo – vivenciarmos os primeiros versículos do primeiro capítulo do mesmo Evangelhos de João:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava com princípio do Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito de fez. A vida estava nele a vida era a luz dos homens, A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”.

Prosseguindo em nossa viagem meditativa, quando estivermos na Sala Oeste (cabeça), imaginemos a Arca da Aliança (crâneo): sabemos que dentro dela há “três órgãos de energia espiritual”, que correspondem:

- Tábua das Leis, a parte exterior do Tabernáculo, as leis terrenas.

- O Dourado Pote do Maná, o Corpo Alma, nossa identidade espiritual e origem divina.

- A Vara de Arão, corresponde a abertura de doze nervos cranianos que – se desenvolvidos – proporcionam visão e intuição espiritual, simbolizados pela Sala Oeste do Tabernáculo.

Concluindo sobre esta jornada meditativa no Tabernáculo/Corpo: Ela refere-se a um método de aprendizado direto dos Planos Internos e por meio dela poderemos acesso a Memória da Natureza, que contém a história da vida na Terra.

Neste Ciclo de Palestras, os irmãos probacionistas Munhoz e Siqueira utilizaram (nos Centros Rosacruzes de São Paulo e Santo André) de uma lousa e giz, para desenhar o Tabernáculo/Corpo, e houve a distribuição – gratuita – da obra “Iniciação Antiga e Moderna” de Max Heindel, para pessoas que visitaram os referidos Centros Rosacruzes pela primeira vez, visto que no referido livro, o Tabernáculo no Deserto é amplamente detalhado e estudado.


Importante informação ao final desta Lição da TRF: O aprendizado pela meditação não significa – absolutamente – a Iniciação, mas um passo importante para alcançá-la e um poderoso método de usar nosso Poder Espiritual para nos automelhorarmos e principalmente, SERVIR AMOROSA E DESINTERESSADAMENTE NOSSOS SEMELHANTES.


CELEBRAÇÃO NATALINA - foto acima:  Sábado à tarde, 22 de dezembro do ano 1990, Centro Rosacruz de São Paulo. Na primeira fila, os probacionistas Antônio Munhoz (gravata) e José Gonçalves Siqueira que – somados os anos de prestação de serviços de ambos na divulgação dos Ensinamentos Rosacruzes - perfaz quase um século. Estes irmãos (também) foram os fundadores dos Centros Rosacruz de São Paulo, Santo André e Lapa. No final da fila, fazendo anotações Maria Lázara Franzini.

Nesta Celebração Natalina, sempre iniciadas as quatro horas da tarde, oficiou-se o Ritual Rosacruz de dezembro (com Hinos Rosacruzes de Abertura, Encerramento e Signo Astrológico do mês), e a programação incluiu, intercaladamente, saudações dos representantes de vários Centros e Grupos Rosacruzes, poesias e músicas alusivas ao Natal (não faltando “Noite Feliz” cantado por todos os presentes, num Coral maravilhoso).

Recordo-me que numa destas Celebrações, antes de passar a programação para Antônio Munhoz (apresentador do cerimonial), a probacionista Maria Lázara Franzini dirigiu-se aos presentes, informando que haveria a necessidade de uma pessoa ocupar a tribuna e representar dois ou três Centros ou Grupos Rosacruzes, pois de outra forma “nossa Celebração Natalina terminará por volta das oito horas da noite, tal a quantidade de representantes, pessoas declamando poesias e executando números musicais. Parabéns a toda Comunidade Rosacruz pela irmanada participação!“

Clique aqui para o Ritual Rosacruz de setembro, que por orientação da The Rosicrucian Fellowship, será oficiado no dia 21 de setembro nos Centros Rosacruzes, podendo também ser realizado nos lares.


NOTA: Imagem da revista "RAYS" utilizada como cabeçalho da seção ATIVIDADES DOS CENTROS E GRUPOS  durante a década de 1940 e esporadicamente em outras seções. 

29/08/2024

Força Solar e Saúde

Templo de Cura - The Rosicrucian Fellowship
Durante o dia, o corpo vital especializa o fluido solar incolor, que absorve através da contraparte etérica do baço. Esta vitalidade permeia todo o corpo denso. Quando a pessoa está com boa saúde, o fluido solar irradia em linhas retas em todas as direções, carregando consigo os micróbios que são inimigos da boa saúde. Durante a doença, o corpo vital fica atenuado e não é capaz de atrair para si a mesma quantidade de força solar. Além disso, quando a força vital está fraca, as emanações ficam curvadas para baixo sendo incapazes de eliminar prontamente os germes da doença.

O Sol é a força que cria a vida e, como tal, tem um valor inestimável na manutenção da saúde e da vitalidade. Quanto mais raios vivificantes do Sol pudermos absorver, maior será a probabilidade de termos aquela vitalidade exuberante que é uma das melhores salvaguardas contra doenças e contra pensamentos e emoções negativas. As pessoas cuja vitalidade é constitucionalmente baixa necessitam particularmente deste agente fortalecedor fornecido tão livremente pelos raios solares.

A luz do sol é um potente destruidor de germes causadores de doenças. Também fornece vitamina D, altamente valiosa, que ajuda a prevenir as enfermidades que acompanham a baixa vitalidade. Quando exposta diretamente aos raios solares - em horários e tempo adequados - a pele absorve um elemento que mais tarde se transforma em vitamina D na corrente sanguínea.

Espiritualmente, podemos formar uma aura protetora ao nosso redor, vivendo uma vida de amor e serviço e atraindo assim para nós os dois éteres superiores que compõem o corpo anímico dourado. Fisicamente, podemos, de maneira um tanto semelhante, munir-nos de vitalidade protetora, reservando tempo para absorver a força benéfica do Sol.
raduzido da revista Rays from teh Rose Cross, junho de 1976,  

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

Esse artigo faz parte de uma coleção de textos sobre cura da seção "Healing" da revista "Rays from the Rose Cross" .Muitos deles foram traduzidos pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz". São distribuídos gratuitamente a todos os que se inscrevem no Serviço de Cura seja Estudantes ou não. Portanto são públicos. Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Veja mais como este aqui

15/08/2024

Resolvendo Dívidas do Destino


PERGUNTA
: Se duas pessoas têm um problema de destino a resolver, como, por exemplo, uma atrocidade cometida por uma contra a outra numa vida passada, estará o placar empatado quando a ex-vítima comete, por sua vez, uma atrocidade contra o ex-agressor? Ou será que a vítima original tem uma dívida para com o agressor original? a dívida poderia ser paga, em primeiro lugar, se o infrator original aprendesse a compreender, nesta vida, o que fez de errado em sua vida passada?

RESPOSTA: As dívidas do destino não são pagas por um processo de “olho por olho”. As dívidas de destino, que em última análise têm a ver com as relações humanas, devem ser resolvidas no amor. Simplesmente pagar um crime com outro crime representa a política do “olho por olho” da Antiga Dispensação, mas não pode satisfazer as condições da Nova Dispensação, sob a qual somos obrigados a perdoar “setenta vezes sete” e muito mais.

Perpetuar o ciclo de uma pessoa ferir outra, sendo ferida por sua vez, e assim por diante, ad infinitum, não contribuiria em nada para a evolução humana. Pelo contrário, contribuiria substancialmente para o retrocesso humano.

Devemos aprender a transmutar a vingança em compreensão e carinho e a substituir nossos egoístas motivos - contidos nas tendências atuais em prejudicar o semelhante - por ideais de ajuda e serviço.

Entender o que fizemos de errado no passado - ou num sentido mais amplo, no que se constitui um comportamento errôneo em primeiro lugar - é evidentemente parte do nosso processo de crescimento.

Certas dívidas do destino podem, de fato, ser canceladas, uma vez que compreendamos e nos arrependamos de ações indignas do passado e estejamos preparados para fazer a restituição à humanidade. Não seremos então necessariamente chamados a restituir o Ego que inicialmente ferimos. No entanto, espera-se que prestemos serviço aos nossos semelhantes conforme a necessidade surgir.

Ao servirmos, aprendemos a amar, pois não podemos dedicar-nos por muito tempo à melhoria da condição humana sem começarmos a sentir compaixão pelos muitos aflitos entre nós. A pessoa com o “exterior pouco atraente”, os traços pessoais de caráter mais questionáveis, é a que mais precisa de ajuda e amor. À medida que começamos a sentir esta verdade em nossos corações e a agir de acordo, nossas dívidas pendentes com o destino são gradualmente resolvidas.

traduzido da revista Rays from the Rose Cross de fevereiro de 1979

NOTA: Esse artigo faz parte da seção "PERGUNTAS DOS LEITORES DA RAYS"  da revista "Rays from the Rose Cross" . Várias dessas perguntas foram traduzidas pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz".  Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Mais perguntas veja aqui

10/08/2024

O Valor do Pensamento Otimista


A Fe é de grande valor se tivermos solicitado a Cura, mas há outro fator que também deve ser considerado seriamente. Temos que construir dentro de nós os recursos para receber a Força de Cura que pedimos. A menos que estejamos preparados para responder à ajuda que os Auxiliares Invisíveis nos podem dar, não seremos capazes de utilizar este dom espiritual daqueles que estão tão dispostos a servir.

Eles estão dispostos a derramar a Fonte de Cura onde ela é mais necessária, pois estão cheios de compaixão pela humanidade sofredora. Mas aquele a ser curado deve estar pronto com espírito de submissão e confiança, pois se estiver sob o efeito do medo e apreensões, ficará desvitalizado a tal ponto que não poderá reagir favoravelmente ao poder de cura. O medo tem um efeito muito prejudicial para qualquer paciente. Sabemos que os pensamentos são coisas e torna-se nosso dever manter a atitude mental mais otimista possível sob qualquer circunstância.

A Força de Cura vem de nosso Pai Celestial, que é o Grande Médico. Podemos nos imaginar como receptores de onda após onda de Energia Divina projetada do Sol Invisível, que é a manifestação do Pai, mas a raiva, o medo e a preocupação interferem em nossa recepção da Força Solar.

Todos nós devemos nos educar para não responder tão prontamente às vibrações saturninas de tristeza e melancolia, pois elas têm o efeito de congelar nossos corpos de desejos. Devemos tentar conscientemente cultivar e nutrir pensamentos de otimismo que estão sob a regência do Sol.

Se conseguirmos cultivar a paz interior e o contentamento, seremos capazes de aproveitar o poder que vem com isso, nomeadamente o funcionamento adequado dos processos do nosso corpo. Também a mente é afetada beneficamente por essa paz e tranquilidade interior, pois mantem-se flexível e elástica durante um longo período de tempo.


“Tu conservarás em perfeita paz aquele cuja mente está firme em ti, porque em ti confia.” – Isaías, 26:3.

Traduzido da revista Rays from teh Rose Cross, julho de 1958,  por Rosacruz e Devoção

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

Esse artigo faz parte de uma coleção de textos sobre cura da seção "Healing" da revista "Rays from the Rose Cross" .Muitos deles foram traduzidos pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz". São distribuídos gratuitamente a todos os que se inscrevem no Serviço de Cura seja Estudantes ou não. Portanto são públicos. Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Veja mais como este aqui

03/08/2024

THE ROSICRUCIAN FELLOWSHIP 115º Aniversário de Fundação (1909 - 2024) Considerações sobre o número Nove

Por Jonas Taucci

Max Heindel (Conceito Rosacruz do Cosmos) nos informa ser nove o número raiz do nosso presente estágio de evolução e que, em nosso Sistema Solar, ele possui um significado que nenhum outro número possui, sendo interessante notar que esta informação de Max Heindel ocorre no Capítulo XVIII (1+8=9) da referida obra.

Juan-Eduardo Cirlot em sua extraordinária obra Dicionário de Símbolos, nos fala que a Verdade está representada pelo numeral nove, possuindo também a característica de que se multiplicado por si mesmo, se reproduz (9x9=81 e 8+1=9).

Veremos neste artigo, algumas relações deste algarismo com a Fraternidade Rosacruz, que se constituem em algo longe de coincidências, neste 115º aniversário de fundação da The Rosicrucian Fellowship.

Em maio deste ano, foi comemorado o bicentenário de uma das mais belas e apreciadas composições musicais já realizadas pelo homem na Terra: A Sinfonia nº 9 em Ré Menor, opus 125 – também conhecida como Coral ou Nona, do alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827).

Raro selo de correio francês datado de 1963, homenageando o raro talento musical de Beethoven.

Este notável compositor – dentre sua vasta criação musical – outorgou-nos nove sinfonias, sendo a citada acima a única que possui vozes humanas, advindas de um poema (“Na Die Freude” - Ode a alegria, em tradução livre) do poeta, filósofo, médico e escritor também alemão Friedrich Schiller (1759-1805), devido a isto, esta obra também ser conhecida como Coral. Relatar detalhes – musicais e históricos – sobre estas Nove Sinfonia, demandaria volume de livros.

A Nona de Beethoven teve sua estreia no dia 7 de maio do ano 1824 (07+05+1+8+2+4=27, 2+7=9), no Kärntnertortheatre em Viena, Áustria, com dedicatória do compositor a Frederico Guilherme III da Prússia e ela divide-se em quatro movimentos (partes):

1) Allegro ma non troppo, un poco majestoso.

2) Molto vivace

3) Adágio molto cantabili, andante moderato (utilizado na preparação do ambiente, nos ofícios do Templo, nas reuniões de vários Centros Rosacruzes).

4) Finale, Presto.

Pouco depois da fundação (setembro de 1955) do Centro Rosacruz de São Paulo, o Conselho Esotérico sugeriu escolher o Terceiro Movimento (com duração aproximada de 15’48’’) da 9ª Sinfonia de Beethoven, como preparação musical do ambiente antes da execução dos trabalhos e ofícios no Templo.

Sugestão prontamente aprovada e com as felicitações enviadas pela The Rosicrucian Fellowship por tão criteriosa escolha, que também foi adotada pelos Centros Rosacruzes de Santo André, Penha, São José dos Campos e Lapa posteriormente.

O probacionista Antônio Munhóz (falecido no sábado, 26 de abril de 1997), foi um dos fundadores do Centro Rosacruz de São Paulo e certa vez disse, numa palestra (O Equilíbrio de Libra) realizada por ele no Centro Rosacruz de Santo André, na noite de quarta-feira, 28 de setembro do ano 1983, com referência a esta estupenda obra musical, e a relação das artes musicais com Vênus, regente de Libra:

- Ela deveria ter um subtítulo: Sinfonia nº 9 em Ré Menor Opus 125 – O Júbilo da Onda de Vida dos Espíritos Virginais.

Munhóz não exagerou...


A revista Serviço Rosacruz, editada entre outubro de 1958 a dezembro de 1990 pelo Centro Rosacruz de São Paulo, constituiu-se num marco na divulgação dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental: tratava-se de uma revista impressa que circulou em grande parte de sua existência de forma mensal (posteriormente bimensal) contendo 32 páginas e seções tais como: Editorial, Amigos e Notícias, Devocional, Astrologia, Seção Infantil, Nutrição e Saúde, Bíblia, Filosofia Rosacruz e também muitas traduções da revista Rays From Rose Cross realizadas pela Equipe Permanente de Tradutores Probacionistas do Centro Rosacruz de São Paulo.

Esta revista foi publicada – initerruptamente – por 33 anos diferentes (3x3=9).

Há uma frase, atribuída a Platão, que diz:

- Deus geometriza!


A The Rosicrucian Fellowship foi fundada em 08 de agosto do ano 1909 às 03 horas (PM - Horário Padrão do Pacífico) na cidade de Seattle (estado de Washington - USA). (clique aqui para ver seu Tema Natal)

Sua Carta Natal, erigida e minunciosamente interpretada, foi publicada na revista Rays from The Rose Cross (agosto de 1984, por ocasião do 75º aniversário da TRF) num maravilhoso artigo assinado pelo probacionista Robert Jacobs, sendo também palestrada nos Centros Rosacruzes de São Paulo, Penha, Santo André e Lapa no ano 1985, pelo saudoso probacionista José Gonçalves Siqueira (falecido em 14 de janeiro do ano 2007).

Seu ascendente constitui-se no 9º Signo Zodiacal (Sagitário), e seu regente (Júpiter) está localizado na 9ª Casa Zodiacal.

Siqueira referia-se a esta Carta Natal como:

- “Nosso segundo horóscopo, pois trata-se de nossa filiação espiritual”.


O igualmente saudoso probacionista e incansável operário em serviços prestados à Fraternidade Rosacruz, Antônio Pereira, num “Ciclo de Palestras sobre a Páscoa”, realizada na Semana Santa (março/abril - 1994), proferiu uma alocução ao final de cada uma destas exposições sobre esta importante efeméride, nos Centros Rosacruzes de Santo André (Quarta-Feira Santa, 30 de março), Penha (Sábado de Aleluia, 02 de abril) e São Paulo (Domingo de Páscoa, 03 de abril):

“O Mar da Galileia (na verdade um lago de água doce), também conhecido Tiberíades, Kinneret ou Genesaré, ao norte de Israel, possui uma área de aproximadamente 167 km quadrados, sendo o Rio Jordão seu principal afluente.

Cristo percorreu várias localidades nos entornos do Mar da Galileia, realizando milagres, curando os enfermos, levando conforto aos desassistidos e pregando seu Evangelho do Amor; ali o Sermão da Montanha foi proferido.

Fato certo que Cristo caminhou pela Latitude 33º Norte (próximo ao norte do referido mar), facilmente comprovado por mapas geográficos.

Fato certo a cidade de Oceanside (USA), onde localiza-se a TRF e consequentemente o Templo de Cura – estar muito próxima desta mesma Latitude 33º Norte, facilmente comprovado pelos mesmos mapas geograficos.

Fato certo ser 3x3=9, facilmente comprovado pela matemática.

Fato certo que deve haver um significado esotérico e oculto nisto.

Fato certíssimo que isto não agregará absolutamente nada ao aspirante rosacruz, se este não tomar as atitudes de vivenciar os Ensinamentos de Cristo...”.