30/09/2024

O Livre Arbítrio na Cura


Quando buscamos saúde devemos lembrar da existência do livre arbítrio. Ele nos assegura a possibilidade de melhorar nossa condição física por meio do pensamento e da ação. Podemos tomar medidas que favorecerão a saúde se quisermos fazê-lo.

Enquanto estamos sob compulsão para cumprir com as condições que criamos, podemos modificar muito o efeito de causas passadas por uma mudança em nós mesmos. Embora nossos pensamentos e ações passadas ​​sejam os materiais dos quais nosso destino presente é feito, nunca devemos esquecer que estamos criando um novo destino agora. Cada pensamento, cada ato que realizamos, cada reação às experiências da vida diária depende de nossa escolha.

Não podemos escapar da responsabilidade de formar nosso ponto de vista interno e o ambiente externo. Precisamos estudar nossos erros e rastreá-los até sua fonte. Se as reparações forem necessárias, devemos fazê-las o melhor possível.

Como os pensamentos têm vida, darão frutos mental e fisicamente falando, induzindo tendências psicológicas e físicas. Hábitos destrutivos de pensamento eventualmente produzirão doenças físicas. A raiva, o medo e o ódio, se alimentados por um longo período, estão fadados a resultar em um corpo doente. Por outro lado, hábitos mentais construtivos trarão harmonia ao veículo físico.

Amor, confiança, felicidade e gentileza criam padrões nos mundos invisíveis que são materializados em um corpo mais perfeito. Nunca devemos impedir o processo de cura por uma atitude de resignação aos males corporais. Temos livre arbítrio para mudar a nossa condição!

Nosso Espírito, um aspecto do qual é a Vontade, é imaculado e tenta nos direcionar para tudo o que é belo e bom. Ele nos aconselha, se ouvirmos, a nos alimentarmos, pensarmos e agirmos da forma que será melhor para nós, de acordo com a Lei Divina. Temos livre arbítrio para ouvir e seguir este conselho.

O Poder que governa o universo pode controlar nossas vidas pessoais. Podemos invocar esse Poder e aprender a viver no espírito de "Seja feita a Tua vontade". Este é o uso mais elevado desse poder divino dentro de nós, e deve, em última análise, nos abençoar com saúde.

traduzido da revista Rays from the Rose Cross,maio de 1986,  

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

Esse artigo faz parte de uma coleção de textos sobre cura da seção "Healing" da revista "Rays from the Rose Cross" .Muitos deles foram traduzidos pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz". São distribuídos gratuitamente a todos os que se inscrevem no Serviço de Cura seja Estudantes ou não. Portanto são públicos. Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Veja mais como este aqui

28/09/2024

Por que é necessária a nossa passagem por esta existência física?


PERGUNTA
:
 Por que é necessária a nossa passagem por esta existência física? Não poderíamos aprender as mesmas lições sem estarmos aprisionados e limitados pelas densas condições do mundo material?

RESPOSTA: O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego, e a palavra Logos significa tanto o verbo quanto o pensamento que precede o verbo, de maneira que quando João nos diz, no primeiro capítulo do seu Evangelho: ― "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus", podemos também traduzir aquele versículo como: No princípio era o pensamento, e o verbo estava com Deus, e Deus era o verbo. Tudo existe em virtude daquele fato (o verbo). Naquilo está a "vida".

Tudo que existe no universo foi primeiro um pensamento. Então, aquele pensamento manifestou-se através de uma palavra, um som, que construiu todas as formas, sendo ele próprio a manifestação da vidadentro daquelas formas. Esse é o processo da criação, e o homem, que foi feito à imagem de Deus, cria, até certo ponto, da mesma forma. Ele tem a capacidade de pensar; ele pode exprimir seus pensamentos e, assim, quando não for capaz de executar sozinho suas idéias, pode conseguir o auxílio de outros para realizá-las. Mas, aproxima-se o tempo em que criará diretamente através da palavra emitida pela sua própria boca. Atualmente, ele está aprendendo a criar por outros meios, mas quando estiver capacitado a usar sua palavra para criar diretamente, ele saberá como fazê-lo. Este treino é absolutamente necessário. No momento presente ele cometeria muitos erros. Além disso, ainda não é suficientemente bom – poderia dar forma à criações demoníacas.

Nos primórdios, quando o homem esboçava os seus primeiros esforços, ele usou os sólidos; a força muscular era o único meio do qual dispunha para executar seu trabalho. Com ossos e pedras colhidos no solo, produziu os primeiros instrumentos grosseiros com os quais manipulou objetos. Em seguida, numa rude canoa feita de um tronco de árvore, aventurou-se às águas, um líquido, e a roda d‘água foi o seu primeiro maquinário. O líquido é bem mais poderoso que o sólido. Uma onda destruirá completamente o convés de um navio, arrancará os mastros e torcerá as mais sólidas barras de ferro como se fossem um fino arame; mas a potência da água é uma força estacionária, portanto, restrita a trabalhar em sua adjacência Imediata. Quando o homem aprendeu a usar a força ainda mais sutil que chamamos ar, conseguiu erigir moinhos de vento para trabalhar por ele em qualquer lugar, e embarcações à vela estabeleceram a comunicação pelo mundo afora. Portanto, o passo seguinte do homem em seu desenvolvimento foi realizado pelo uso de uma força ainda mais sutil que a água e mais universalmente aplicável do que aquele elemento. O vento era inconstante e não se podia depender unicamente dele. Em conseqüência, o avanço realizado, até então, pela civilização humana tornou-se insignificante quando o homem descobriu como utilizar um gás ainda mais sutil chamado vapor; o qual pode ser produzido em qualquer e em todos os lugares, e o progresso do mundo tem sido considerável desde esse advento. O seu emprego, no entanto, requer um maquinário de transmissão de força, o que representa uma desvantagem. Mas esta foi praticamente eliminada pelo uso de uma força ainda mais sutil, mais facilmente transmissível, a eletricidade, que é, ao mesmo tempo, invisível e intangível.

Vemos que o progresso do homem no passado dependeu da utilização de forças de sutileza crescente, cada força conseguindo maior capacidade de transmissão que as outras antes disponíveis. Assim, podemos perceber facilmente que um progresso futuro dependerá da descoberta de forças ainda mais refinadas e mais facilmente transmissíveis. Sabemos que a telegrafia sem fio é realizada até sem o uso de fios. Mas, mesmo esse sistema não é o ideal, pois depende da energia gerada numa usina central, que é estacionária. Envolve o emprego de um maquinário de custo elevado e está, portanto, fora do alcance da maioria. A força ideal seria uma força gerada vinda do próprio homem no momento que desejasse e sem maquinário.

Algumas décadas atrás, Julio Verne fez-nos vibrar ao fazer aparecer magicamente o subviagem ao redor da Terra em oitenta dias etc., estimulando, assim, a nossa imaginação. Hoje, todas as idéias concebidas por ele concretizaram-se, superando até a sua imaginação. Chegará o dia em que teremos à nossa disposição uma fonte de força igual àquela sobre a qual falamos acima. Bulwer Lytton, no seu "Raça do Futuro" (Coming Race), descreveu-nos uma força chamada "Vril‖", que certos seres imaginários possuem e podem usar para locomover-se sobre a terra, através do ar e de outras várias maneiras. Tal força está latente em cada um de nós e, por vezes, referimo-nos a ela como emoção. Sentimos seu poder de longo alcance como temperamento quando desencadeado, e dizemos: "aquele homem perdeu o autocontrole". Nenhum trabalho, por mais cansativo que seja, pode esgotar o corpo físico e prejudicá-lo tão seriamente quanto a enorme energia do corpo de desejos quando está solta num acesso de raiva. Atualmente, esta força enorme está, em geral, adormecida, e é bom que continue assim até que tenhamos aprendido a usá-la por meio do pensamento, que é uma força ainda mais sutil. Este mundo é uma escola que nos ensina a pensar e sentir corretamente, e assim tornar-nos aptos à usar estas duas forças sutis – o poder do pensamento e o poder da emoção.

Uma ilustração tornará claro como este mundo serve àquele propósito. Um inventor tem uma idéia. A idéia não é ainda um pensamento. É quase como um lampejo que ainda não tomou forma. Mas, gradualmente, ele a visualiza dentro da sua mente. Ele concebe em seu pensamento uma máquina, e diante da sua visão mental aparece aquela máquina com as rodas girando, conforme a necessidade requerida para a realização do trabalho. Em seguida, começa a esboçar o projeto da máquina, e mesmo no estágio de concretização surgirá certamente a necessidade de fazer modificações. Deste modo, vemos que as condições físicas mostrarão ao inventor em que ponto o seu pensamento não estava correto. Ao construir a máquina com material apropriado para a realização do trabalho, geralmente mais modificações serão necessárias. Ele poderá ver-se obrigado a inutilizar a primeira máquina, reformular inteiramente seu conceito e construir uma nova máquina. Deste modo, as condições físicas concretas permitirão detectar a falha do seu raciocínio; elas o forçarão a fazer primeiramente as modificações necessárias em seu pensamento original para concluir a máquina requerida. Se existisse apenas o Mundo do Pensamento, ele não chegaria a saber que havia cometido um engano, mas as condições físicas concretas mostram-lhe onde o seu pensamento estava errado.

O Mundo Físico ensina o inventor a pensar corretamente, e suas bem sucedidas máquinas são a corporificação do pensamento correto.

Nos empreendimentos comerciais, sociais ou filantrópicos, confirma-se o mesmo princípio. Se as nossas idéias concernentes aos vários assuntos da vida são errôneas, elas são corrigidas quando aplicadas nas chamadas experiências empíricas. Conseqüentemente, este mundo é uma necessidade absoluta para ensinar-nos como manipular o poder do pensamento e do desejo, sendo atualmente estas forças controladas, em grande parte, pelas nossas condições materiais. Mas, com o passar do tempo, e à medida que aprendermos a pensar corretamente iremos adquirindo um tal poder mental que seremos capazes de emitir o pensamento correto imediatamente, em todos os casos, sem ter que passar pela experiência, e seremos também capazes de expressar o nosso pensamento através de uma manifestação real, como uma ação. Houve um tempo, num passado bem longínquo, em que o homem era ainda um ser espiritual e as condições da Terra mais moldáveis. Então, ele foi ensinado diretamente pelos Deuses a usar a palavra como meio de criação, e assim trabalhava formativamente sobre os animais e as plantas.

A Bíblia diz-nos que Deus trouxe os animais para o homem e este os nomeou. Esta designação não se limitava simplesmente a chamar um leão de leão, mas era um processo formativo que conferia ao homem um poder sobre aquilo que ele nomeava, e foi só quando o egoísmo, a crueldade e o ódio desenfreado tornaram-no incapaz de exercer o domínio correto, que a palavra do poder, sobre a qual falam os maçons, perdeu-se. Quando a santidade tomar novamente o lugar da profanação, a palavra será reencontrada e tornar-se-á o poder criativo do homem divino numa era futura.

Do livro A Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas. Perg. 3. Edição da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil

NOTA: Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Mais perguntas veja aqui

22/09/2024

Relacionamentos Humanos: Lições ou Destino?


PERGUNTA
: Como podemos saber, quando conhecemos outras pessoas, se elas estão cruzando o nosso caminho pela primeira vez para nos ensinar lições ou se a atração ou repulsa que sentimos por elas tem a sua base numa vida passada e num destino presente?

RESPOSTA: A capacidade de reconhecer alguém com quem nos associamos numa vida passada depende em grande parte do nosso desenvolvimento espiritual, particularmente da nossa intuição. Se o relacionamento fosse próximo, o reconhecimento, é claro, seria mais fácil.

A oração e a concentração podem ajudar nesse sentido, assim como a astrologia. Os planetas de um indivíduo na décima segunda casa do outro são uma indicação importante de contato anterior. Isto é particularmente verdadeiro no caso do Sol e da Lua. Os aspectos apresentados indicariam a natureza do destino a ser traçado.

Cada pessoa que contatamos, porém, seja pela primeira vez ou não, nos dá oportunidades de aprender lições.

Se o relacionamento for desagradável, impulsionando a antipatia mútua (ou unilateral), o objetivo da lição é óbvio: aprender a gostar e eventualmente amar a outra pessoa. Se o relacionamento for agradável no início, ambas as partes poderão obter muito crescimento adicional na estrutura de uma amizade firme e satisfatória.

Assim, em ambos os casos, trata-se de transmutação ou de aprendizagem. Se quisermos fazer progresso espiritual, devemos ter em mente que estamos aqui para nos tornarmos semelhantes a Cristo e que isso envolve aprender a pensar, sentir e agir para com todos de acordo com os preceitos de Cristo Jesus.
traduzido da revista Rays from the Rose Cross de fevereiro de 1979

NOTA: Esse artigo faz parte da seção "PERGUNTAS DOS LEITORES DA RAYS"  da revista "Rays from the Rose Cross" . Várias dessas perguntas foram traduzidas pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz".  Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Mais perguntas veja aqui

Terapia Criativa e a Saúde


Um canal eficaz para a Força de cura é um interesse absorvente pela atividade criativa. Tanto as crianças como os adultos que se concentram em qualquer uma das artes, seja um trabalho com cores, com formas ou até mesmo a confecção de um grande mural, direcionam sua consciência para a criação terapêutica ficando longe da doença.

Na livre coordenação da mente com a mão aplicada a um meio criativo adequado ao paciente (no caso de crianças hiperativas podem ser vários meios) o Espírito é liberado para fluir ritmicamente. É então capaz de acelerar a cura, muitas vezes precipitando-a além das expectativas.

Para a criança doente, um fornecimento de materiais variados para criar objetos coloridos que possam ser úteis, ornamentais ou apenas divertidos e, acima de tudo, originais, revelar-se-á um instrumento eficaz na terapia. Para uma criança normalmente ativa, será uma aventura ocasional do Espírito que poderá ser de valor inestimável na sua apreciação e compreensão de toda a criação, bem como um canal para a saúde.

A simplicidade do projeto trará os maiores benefícios, pois somente a satisfação completa da criança no menor tempo possível oferecerá a oportunidade de absorver o interesse tão necessário à terapia criativa. A imaginação deve ser capturada imediatamente.

Um meio de expressão criativa que costuma invariavelmente cativar as mentes das crianças é o papel colorido de gramatura suficiente para ser modelado. Tendo bastante desse material fascinante em várias cores, tesoura e cola e uma variedade de padrões para traçar - círculos, quadrados, triângulos – praticamente toda criança responderá com uma incrível exibição de verdadeiro talento, que irão contribuir em grande medida na melhora do apetite, disposição e saúde.

traduzido da revista Rays from the Rose Cross, julho de 1985,  

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

Esse artigo faz parte de uma coleção de textos sobre cura da seção "Healing" da revista "Rays from the Rose Cross" .Muitos deles foram traduzidos pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz". São distribuídos gratuitamente a todos os que se inscrevem no Serviço de Cura seja Estudantes ou não. Portanto são públicos. Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Veja mais como este aqui

08/09/2024

MEDITAÇÃO E PODER ESPIRITUAL - Uma Jornada Interior - Libra: O Equilíbrio

Imagem: Revista Rays from the Rose Cross (veja nota final)

 Por Jonas Taucci
Neste mês de setembro, dia 22 (09h45m horário de Brasília) o Sol ingressa no signo zodiacal de Libra, nos convidando a uma profunda reflexão sobre o equilíbrio entre mente e coração.

Possa o artigo abaixo, nos trazer subsídios para isto.

Max Heindel (Conceito Rosacruz do Cosmos, capítulo XVII – Método para adquirir conhecimento direto) nos orienta a sete exercícios: concentração, retrospecção, meditação, observação, discernimento, contemplação e adoração.

Dois deles: meditação e concentração foram temas de palestras realizadas nos Centros Rosacruzes de São Paulo e Santo André, no mês de setembro (Sol em Libra) do ano de 1982, pelos irmãos probacionistas Antônio Munhoz e José Gonçalves Siqueira, baseado na Lição Mensal do Estudante (The Rosicrucian Fellowship) de fevereiro do mesmo ano, intitulada “Meditação e Poder Espiritual”.


A meditação consiste no método de obter-se, por meio do Poder Espiritual, conhecimentos de fatos com os quais ordinariamente não estamos familiarizados, sendo esta definição encontrada na obra Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Volume II - pergunta #135 de Max Heindel.

O principal objetivo da meditação e concentração é o de entrar em comunicação com Deus e seus Mensageiros, objetivando que a Vida e a Luz Divina possam nos ser derramadas, nos iluminando e permitindo que possamos crescer à sua imagem e semelhança.

Estaremos em íntima sintonia com Deus, canalizando nossa memória, sentidos, emoções e mente consciente para Vida Interna e suas realidades. A partir disto, aprenderemos a formar vívidas imagens em nosso interior e finalmente, quando tivermos aprendido por meio da concentração a evocar uma imagem tão real e animada como algo do mundo físico, começaremos a ter entendimento desta imagem mediante a meditação.

O desenvolvimento de nossas capacidades imaginativas não será obtido facilmente, contudo Max Heindel nos exorta que a persistência – sempre ela – triunfará finalmente.

Se levarmos em conta que quando obtivermos êxito neste quesito iremos ter acesso à maior biblioteca do mundo (Memória da Natureza) isto nos auxiliará a conseguirmos a determinação necessária para prosseguir durante meses, anos, se tal for o tempo requerido para o desenvolvimento das nossas aptidões para a concentração.

Finalmente chegará o tempo em que poderemos imaginar um objeto de modo que nos venha nítido para nos ensinar e, nesta ocasião, necessitaremos a mesma vigilância que devemos possuir no plano físico.

Nossa memória deve ser robusta e exata se desejarmos recordar o que aprendemos e nosso Corpo de Desejos deve estar isento do egoísmo, caso contrário, iremos apenas flutuar passivamente num mundo de “agradáveis fantasias”.

Max Heindel nos informa que todo pensamento se reveste de material de desejos, de acordo com sua natureza; isto aplica-se nos pensamentos formados na concentração e expressados na oração, assim como nas imagens de pensamentos-forma investigados na meditação. Caso os pensamentos sejam egoístas, atraem a si mesmos uma envoltura composta da substância das regiões inferiores do Mundo de Desejos. Contudo, se forem nobres (altruísmo e amor desinteressado aos semelhantes) vibram com o Superior Diapasão das Regiões Luminosas.

Facil a dedução que – espiritualmente - torna-se extremamente benéfico investigar assuntos e objetos que promovem o bem-estar comum e ao servir a humanidade; a consciência pictórica meditativa pode ser comparada a consciência pictórica jupiteriana citada por Max Heindel.

Desde já, podemos utilizar nosso próprio Poder Espiritual para projetar ideias provenientes da Memória da Natureza para nossas mentes com o propósito de aprender sobre o objeto desejado que tenhamos imaginado. Algumas vezes teremos uma melhor capacidade de aprendizado se imaginarmos que estamos dizendo a alguém o relativo à nossa experiência meditativa de aprendizagem: isto podemos realizar, imaginando que estamos falando com alguém em voz alta, nesta experiência.

Devido a nossa vida ser uma fonte produtiva do aprendizado, abaixo descreveremos uma meditação de exemplo que pode ser utilizada por qualquer pessoa, com o intuito de nos lapidarmos espiritualmente e conseguirmos – paulatinamente – o equilíbrio entre e mente e coração.

Vamos imaginar – vivamente – um enorme corpo humano deitado com as costas para o chão, sobreposto pelo Tabernáculo do Deserto (do mesmo tamanho deste corpo humano) e com os pés voltados no sentido leste e a cabeça no sentido oeste. Assim:

Imaginemo-nos adentrando pelos pés do Tabernáculo/Corpo, sendo recebido por dois Sacerdotes que sublima nosso Eu Inferior no Altar de Sacrifícios (órgãos reprodutores), sacrificando nossos desejos egoístas em favor do altruísmo e posteriormente estes mesmos dois Sacerdotes nos conduz mais adiante, até o Lavabo da Purificação, onde somos banhado na Luz: esta parte da meditação relaciona-se com o exercício noturno da retrospecção que em sua realização fervorosa e constante nos capacita no auxílio da formação do Dourado Manto Nupcial.

O irmãos Munhoz ressaltou, em sua palestra, que podemos representar estes dois Sacerdotes, como sendo nossas glândulas endócrinas Pineal e Pituitária.

Uma experiência como esta, pode tornar-se intensa e há que lembrar-se da necessidade de permanecermos abertos para assimilarmos os conhecimentos que se supõe iremos aprender.

A menos que perguntemos – a nós mesmo – qual o significado disto para mim, continuaremos a realizar a referida meditação até que possamos estarmos suficientemente desprendidos para que tenhamos uma resposta através do ver, ouvir ou sentir uma ideia que nos informe como podemos nos melhorar; podemos meditar a respeito do Altar de Sacrifícios e o Lavabo da Purificação várias vezes antes de continuar nossa viagem meditativa até a Sala do Serviço.

Quando adentramos pela porta do aposento oriental do Tabernáculo/Corpo, notamos que o braço que temos a nossa esquerda, corresponde ao Candelabro de Sete Braços que representa o conhecimento adquirido mediante os Sete Mensageiros Planetários de nosso Sistema Solar (Diagrama 06 do Conceito Rosacruz do Cosmos) e também os Sete Períodos (Saturno, Solar, Lunar, Terrestre, Júpiter, Vênus e Vulcano) no Diagrama 08 da mesma obra.

O braço que temos a nossa direita, representa os Pães da Proposição, e a meditação de como podemos SERVIR em cada uma das Doze Casa Zodiacais de nosso Tema Natal (horóscopo) pode produzir conhecimentos do que necessitamos para efetivamente expressar este SERVIR.

Intuitivamente podemos ser enviados para a Luz ou vibração planetária que pode nos auxiliares na sublimação de nossas vidas. Mediante a contemplação da natureza e essência de cada planeta, pode-se aflorar nossa intuição para que possamos aprender qual deles pode nos auxiliar (nosso Tema Natal concede subsídios para isto, portanto a meditação sobre o Tabernáculo/Corpo, apesar de ser descrita aqui a todos, torna-se individual, como individual é nosso horóscopo).

Próximo da garganta, há o Altar de Incenso e representa a “fragrância” que exalamos como resultado do serviço prestado. Como canais mais eficientes – auxiliando verdadeiramente os necessitados - nossa voz tornar-se-á acrescida da referida “fragrância” e nossas palavras serão mais agradáveis e permeadas de Luz, para nós e demais pessoas.

Um correlato disto vem do Evangelho de João (10:27): “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem”.

O resultado desta parte da meditação será o de proferirmos palavras menos ofensivas aos nossos semelhantes e num futuro – ainda que longínquo – vivenciarmos os primeiros versículos do primeiro capítulo do mesmo Evangelhos de João:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava com princípio do Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito de fez. A vida estava nele a vida era a luz dos homens, A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”.

Prosseguindo em nossa viagem meditativa, quando estivermos na Sala Oeste (cabeça), imaginemos a Arca da Aliança (crâneo): sabemos que dentro dela há “três órgãos de energia espiritual”, que correspondem:

- Tábua das Leis, a parte exterior do Tabernáculo, as leis terrenas.

- O Dourado Pote do Maná, o Corpo Alma, nossa identidade espiritual e origem divina.

- A Vara de Arão, corresponde a abertura de doze nervos cranianos que – se desenvolvidos – proporcionam visão e intuição espiritual, simbolizados pela Sala Oeste do Tabernáculo.

Concluindo sobre esta jornada meditativa no Tabernáculo/Corpo: Ela refere-se a um método de aprendizado direto dos Planos Internos e por meio dela poderemos acesso a Memória da Natureza, que contém a história da vida na Terra.

Neste Ciclo de Palestras, os irmãos probacionistas Munhoz e Siqueira utilizaram (nos Centros Rosacruzes de São Paulo e Santo André) de uma lousa e giz, para desenhar o Tabernáculo/Corpo, e houve a distribuição – gratuita – da obra “Iniciação Antiga e Moderna” de Max Heindel, para pessoas que visitaram os referidos Centros Rosacruzes pela primeira vez, visto que no referido livro, o Tabernáculo no Deserto é amplamente detalhado e estudado.


Importante informação ao final desta Lição da TRF: O aprendizado pela meditação não significa – absolutamente – a Iniciação, mas um passo importante para alcançá-la e um poderoso método de usar nosso Poder Espiritual para nos automelhorarmos e principalmente, SERVIR AMOROSA E DESINTERESSADAMENTE NOSSOS SEMELHANTES.


CELEBRAÇÃO NATALINA - foto acima:  Sábado à tarde, 22 de dezembro do ano 1990, Centro Rosacruz de São Paulo. Na primeira fila, os probacionistas Antônio Munhoz (gravata) e José Gonçalves Siqueira que – somados os anos de prestação de serviços de ambos na divulgação dos Ensinamentos Rosacruzes - perfaz quase um século. Estes irmãos (também) foram os fundadores dos Centros Rosacruz de São Paulo, Santo André e Lapa. No final da fila, fazendo anotações Maria Lázara Franzini.

Nesta Celebração Natalina, sempre iniciadas as quatro horas da tarde, oficiou-se o Ritual Rosacruz de dezembro (com Hinos Rosacruzes de Abertura, Encerramento e Signo Astrológico do mês), e a programação incluiu, intercaladamente, saudações dos representantes de vários Centros e Grupos Rosacruzes, poesias e músicas alusivas ao Natal (não faltando “Noite Feliz” cantado por todos os presentes, num Coral maravilhoso).

Recordo-me que numa destas Celebrações, antes de passar a programação para Antônio Munhoz (apresentador do cerimonial), a probacionista Maria Lázara Franzini dirigiu-se aos presentes, informando que haveria a necessidade de uma pessoa ocupar a tribuna e representar dois ou três Centros ou Grupos Rosacruzes, pois de outra forma “nossa Celebração Natalina terminará por volta das oito horas da noite, tal a quantidade de representantes, pessoas declamando poesias e executando números musicais. Parabéns a toda Comunidade Rosacruz pela irmanada participação!“

Clique aqui para o Ritual Rosacruz de setembro, que por orientação da The Rosicrucian Fellowship, será oficiado no dia 21 de setembro nos Centros Rosacruzes, podendo também ser realizado nos lares.


NOTA: Imagem da revista "RAYS" utilizada como cabeçalho da seção ATIVIDADES DOS CENTROS E GRUPOS  durante a década de 1940 e esporadicamente em outras seções.