por Max Heindel
Cristo deu a Seus discípulos dois mandamentos quando lhes disse: “Pregai o Evangelho e Curai o enfermo". Vimos, na lição do mês passado, como o ministério de um guia espiritual está estreitamente ligado à cura das doenças físicas, pois, anda que a imediata e aparente causa da enfermidade possa ser física, numa análise final, todas as doenças são devidas à transgressão das Leis de Deus, que chamamos geralmente de "Leis da Natureza" em nossos intentos materiais de eliminar o Divino. Bacon, com rara percepção espiritual, disse: "Deus e a Natureza diferem entre si como o sinete e a impressão”. Como o flexível lacre é moldado pelas linhas rígidas do sinete, assim também a Natureza se ajusta passivamente às leis imutáveis do seu divino Criador. Portanto, a saúde e a condição de livre-arbítrio são a regra nos reinos inferiores. Quando o estágio humano foi alcançado, quando a individualidade se desenvolveu e começamos a transgredir as Leis de Deus e, invariavelmente, esta transgressão leva ao sofrimento.
Existe um lado da Lua que nunca vemos, não obstante, sabemos que ele existe, e é precisamente esse lado oculto que é um fator importante para a formação das marés, como o é a parte visível da Lua que está mais próxima de nós. Também no homem existe um lado oculto que é tão ativo como o ser físico que contemplamos. As transgressões às leis divinas nos planos de ação mental e moral, são tão responsáveis pelos transtornos físicos, como o é o lado oculto da Lua na formação das marés.
Se o que antecede fosse compreendido, os médicos deixariam de ficar perplexos com o fato que enquanto uma certa dose de um determinado medicamento produz a cura em um caso, pode ser absolutamente ineficaz em outro. Um número crescente de médicos está acreditando que a Lei do Destino é um fator importante na manifestação das doenças e na demora de sua cura, não obstante não acreditarem na falácia de um destino inexorável. Reconhecem que Deus, por Sua vontade, não nos faz sofrer, nem tampouco pretende punir o transgressor. Reconhecem que a dor e o sofrimento são destinados a ensinar-nos lições que não aprenderíamos ou não poderíamos aprender por qualquer outro meio. As estrelas mostram o período mais propício para recebermos a lição, não obstante, nem mesmo Deus pode determinar o tempo exato, nem qual o sofrimento necessário; nós mesmos temos essa prerrogativa, pois somos divinos. Se avaliarmos as nossas transgressões e começarmos a obedecer às leis antes que a aflição estelar cesse, curar-nos-emos de nosso mal, seja ele mental, físico ou moral; mas, se persistirmos até ao final de uma aflição estelar sem termos aprendido a lição necessária, seremos forçados, mais tarde, a passar por uma configuração ainda mais adversa.
Por isso, afirmamos que um curador dotado de uma mente espiritual pode prestar, frequentemente, serviços eficazes e diminuir o período de sofrimento do paciente ao indicar-lhe a causa de sua aflição. No entanto, mesmo quando ele se sinta incapaz de sanar a doença, pode encorajar o paciente durante uma crise de inevitável sofrimento, dando-lhe esperanças de alívio para quando essa determinada hora passar. No meu atendimento aos doentes nestes últimos anos, tem sido frequente o meu privilégio de poder mostrar os sinais da Estrela da Esperança e, até onde eu me lembre, as minhas predições sobre as melhoras, em um prazo determinado, realizaram-se sempre e, algumas vezes, quase de maneira milagrosa, pois as estrelas são o Relógio do Destino e são sempre exatas.
Pelo que expusemos acima, podemos entender porque, sob o ponto de vista espiritual, devemos estudar astrologia. Na lição do próximo mês, espero expor algo mais definitivo quanto à Panaceia Espiritual.
Do livro CARTAS AOS ESTUDANTES (carta 06) de Max Heindel
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