PERGUNTA: Se duas pessoas têm um problema de destino a resolver, como, por exemplo, uma atrocidade cometida por uma contra a outra numa vida passada, estará o placar empatado quando a ex-vítima comete, por sua vez, uma atrocidade contra o ex-agressor? Ou será que a vítima original tem uma dívida para com o agressor original? a dívida poderia ser paga, em primeiro lugar, se o infrator original aprendesse a compreender, nesta vida, o que fez de errado em sua vida passada?
RESPOSTA: As dívidas do destino não são pagas por um processo de “olho por olho”. As dívidas de destino, que em última análise têm a ver com as relações humanas, devem ser resolvidas no amor. Simplesmente pagar um crime com outro crime representa a política do “olho por olho” da Antiga Dispensação, mas não pode satisfazer as condições da Nova Dispensação, sob a qual somos obrigados a perdoar “setenta vezes sete” e muito mais.
Perpetuar o ciclo de uma pessoa ferir outra, sendo ferida por sua vez, e assim por diante, ad infinitum, não contribuiria em nada para a evolução humana. Pelo contrário, contribuiria substancialmente para o retrocesso humano.
Devemos aprender a transmutar a vingança em compreensão e carinho e a substituir nossos egoístas motivos - contidos nas tendências atuais em prejudicar o semelhante - por ideais de ajuda e serviço.
Entender o que fizemos de errado no passado - ou num sentido mais amplo, no que se constitui um comportamento errôneo em primeiro lugar - é evidentemente parte do nosso processo de crescimento.
Certas dívidas do destino podem, de fato, ser canceladas, uma vez que compreendamos e nos arrependamos de ações indignas do passado e estejamos preparados para fazer a restituição à humanidade. Não seremos então necessariamente chamados a restituir o Ego que inicialmente ferimos. No entanto, espera-se que prestemos serviço aos nossos semelhantes conforme a necessidade surgir.
Ao servirmos, aprendemos a amar, pois não podemos dedicar-nos por muito tempo à melhoria da condição humana sem começarmos a sentir compaixão pelos muitos aflitos entre nós. A pessoa com o “exterior pouco atraente”, os traços pessoais de caráter mais questionáveis, é a que mais precisa de ajuda e amor. À medida que começamos a sentir esta verdade em nossos corações e a agir de acordo, nossas dívidas pendentes com o destino são gradualmente resolvidas.
traduzido da revista Rays from the Rose Cross de fevereiro de 1979
NOTA: Esse artigo faz parte da seção "PERGUNTAS DOS LEITORES DA RAYS" da revista "Rays from the Rose Cross" . Várias dessas perguntas foram traduzidas pela Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil e publicados na revista "Serviço Rosacruz". Se deseja divulgar, por favor mantenha os créditos. Mais perguntas veja aqui
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