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O perigo consiste em os grupos de egos se segregarem e se prenderem em um único ideal nacional, filosófico, religioso ou étnico, retardando assim suas experiências.
Há grande perigo quando o indivíduo se mantém dentro de conceitos limitados da verdade e sua devoção a uma religião ou filosofia se converte em cego fanatismo conducente a guerras religiosas ou ódios internacionais.
Max Heindel contrapõe a esse espírito separatista seu belo poema "Credo ou Cristo": "Todas as religiões são dádivas abençoadas de Deus. Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida, por Deus mandado para aliviar o que leva pesado fardo e dar paz ao triste, ao pecador e ao que luta. Eis que o Espírito Universal veio a todas as igrejas, não a uma apenas. No dia de Pentecostes uma lingua de chama, como um halo, brilhou sobre todos os apóstolos".
Os grandes mensageiros sempre estiveram em sabedoria e amor muito além daqueles a quem ensinaram. Tiveram que transformar conceitos espirituais abstratos em ensinamentos simples e acessíveis ao povo.
Como o tempo, os discípulos, apóstolos, sacerdotes e escribas começaram a interpretar, analisar, comentar esses ensinamentos simples, até que sua original simplicidade desapareceu, dando lugar a confusões e divisões. Dessa maneira,as religiões institucionais, exotéricas, acabaram por ocultar a luz dos verdadeiros ensinamentos.
Cada buscador da verdade ao invés de criticar, procura despojar as religiões que o antecederam e os revelou em um nível mais elevado da espiral ascendente. Ele nos legou a oração perfeita e exemplos vivos de pureza, compaixão e amor.
As sagradas escrituras não só ensinam o universalismo dos princípios cristãos, como também atestam a universalidade do próprio espírito. Todas as divisões, portanto, não partem do Eu superior, mas da transitória personalidade.
Editorial do ECOS da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil, Julho/Agosto 92
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