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13/03/2021

Uma Pergunta - Uma Resposta

Pergunta: Qual o ponto de vista dos Rosacruzes sobre o direito do voto feminino?

Resposta: O espírito não é masculino, nem feminino. Manifesta-se alternadamente como homem e mulher, de forma que, considerando o voto feminino de um ponto de vista mais amplo, seria vantajoso para os homens de hoje conceder às mulheres o que na realidade é seu direito — uma total e completa igualdade em todos os setores. O duplo comportamento social através do qual, atualmente, um homem pode cometer pecados sem ser condenado ao ostracismo, precisaria acabar, O trabalho da mulher deveria ser remunerado da mesma forma que o é o trabalho do homem e, em todo caso, as linhas formuladas tão admiravelmente no romance de Edward Bellamy, “Olhando Para Trás”, deveriam ser seguidas.


A conveniência desse acordo social equitativo ficará evidente se considerarmos a vida, não do ponto de vista de uma única vida, mas de uma entre muitas, e de que nascemos alternadamente como homens e mulheres. Mas há outras razões pelas quais deveria conceder-se à mulher o direito de voto. No homem, o corpo denso é positivo e as forças positivas do homem são especificamente focalizadas na Região Química do Mundo Físico. Ele está mais interessado no que pode pesar, medir, analisar e produzir na sua vida diária. Seu desenvolvimento segue paralelamente à concepção materialista, moldando a ter­ra e tudo que ela encerra, adaptando-a à sua fantasia, mas tomando pouco ou nenhum caso no aspecto espiritual das coisas.


Por outro lado, a mulher tem o corpo vital positivo e, como resultado, está intuitivamente em contato com as vibrações espirituais do universo. Ela é mais idealista e imaginativa, tendo um grande interesse em tudo que se relacione à elevação moral da raça. Como é somente através do crescimento moral e espiritual que a humanidade poderá evoluir, a mulher é realmente o fator essencial para essa evolução. Seria um enorme benefício para o mundo se lhe fosse conferido, em todos os campos, um direito igual ao do homem. Somente assim, poderemos esperar reformas que unirão realmente a humanidade. Por analogia, podemos observar um lar, onde a mulher é o pilar central em torno do qual o marido e os filhos se agrupam. De acordo com a sua capacidade, ela torna a casa um verdadeiro lar, ela é a influência que cimenta e pacifica. O pai pode morrer ou abandonar o lar, os filhos irem embora, mas enquanto a mãe estiver presente, o lar permanece. Mas quando a mãe morre, o lar desfaz-se simultaneamente.


Alguns podem rebater: “Sim, mas se ela for atraída por questões políticas, o lar certamente se dissolverá”. Não devemos temer isso. Durante o estágio de transição, enquanto as mulheres tiverem que lutar pelos seus direi­tos, possivelmente, durante algum tempo até que se tenham ajustado, poderá haver alguns casos de negligência no lar. No entanto, as que já passaram por essa prova, não tiveram seus lares desfeitos e muita coisa boa foi concedida, pois sempre podemos contar com as mulheres para apoiar qualquer movimento relativo à moralidade. Embora as leis sejam apenas temporárias, tentando conduzir a humanidade a um plano mais elevado onde cada um seja uma lei em si mesmo, agindo corretamente sem coação, ainda subsiste a necessidade de que tais re­formas sejam efetuadas por meio da legislação.

PERGUNTA 185 do livro: FILOSOFIA ROSACRUZ EM PERGUNTAS E RESPOSTAS, VOL. I, MAX HEINDEL

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